Um Amor Proibido (Obra Reescrita)

Capítulo 57

William

Estávamos bem animados ao som de baby boy da cantora Beyonce, dirigia com tranquilidade aquele momento, além do mais demorei uns dois dias pra me adaptar no volante do carro, e eu realmente amei meu carro. Na escola pouca coisa mudou, notas fechadas, nos três passamos de ano, Caio e eu ainda esperávamos respostas dos times para decidir o que fazer, Lou estava animado para seu próximo ano, mas também estava um pouquinho estranho.

Ultimamente ele tem estado meio distante, pensativo demais como se algo o afligisse de maneira silenciosa, tento confrontar, mas ele sempre desvia do assunto, então apenas resolvi respeitar seu espaço.

O dia estava bem calmo, nuvens acidentadas no céu e o inverno estava próximo, nosso caminho naquela manhã era a loja de ternos, estávamos a uma semana do baile de formatura, após vermos alguns modelos pela Internet hoje seria a prova, Lou chamou o Ícaro também e provavelmente ele já estaria lá, ele era bem ajustado em questão de horário e raramente se atrasava quando a gente marcava algo.

Assim que chegamos, estacionei e logo segui os dois para dentro da loja, tinha muitos manequins com ternos bonitos e bem alinhados, e eu estava muito curioso pra ver como o Lou ficaria num terno, a cor que nós decidimos foi preto. Mas se tratando de terno, parece existir mais de um tom de preto, e vários modelos de preto, o que era bizarro porque alguns eram extremamente feios e outros bem elegantes, eu só queria algo simples e que me deixasse gostoso.

Um homem nos atendeu e estava usando um terno azul escuro, a loja era meio estranha, tinha uns lustres cheios de detalhes, muitos cabides para todo lado, alguns homens provando ternos e era isso, nada demais.

— Bom dia, foram vocês que fizeram o cadastro e as reservas no site? — Perguntou nos analisando.

— Sim, bom as reservas foram mais por curiosidade, mas se tiver alguma sugestão, será aceita — Ele assentiu e nos guiou para perto das araras que continham alguns ternos.

Lou observava tudo com atenção, enquanto Caio ficava encarando ele da mesma forma que eu fazia agora, avistei Ícaro com um terno azul royal, ficou bom nele, realçava a pele clara e o cabelo loiro que estava gigante e fofo, e acredito que ele optaria por aquele mesmo, diretamente ao ponto.

O homem que o nome era Jeff saiu e nos deixou à vontade, ficamos sentados nos bancos de madeira bem entalhados com arabescos, Lou estava com uma carinha de sono tão adorável, essa carinha foi porque ele dormiu tarde jogando vídeo game, e como teve que acordar cedo estava só o farelo.

Ícaro se aproximou e nos cumprimentou e deu um abraço no Lou, ele já tinha escolhido o terno dele, era azul royal e era bem bonito na verdade. Quando Jeff voltou nós três fomos provar nossos ternos, por sorte podemos ficar sozinhos nos provadores na área direita da loja. Entrei na cabine e comecei me despir, e em seguida vesti uma calça social preta, uma camisa social da mesma cor que ficou justa e bem alinhada no meu corpo, e sinceramente pra mim aquilo foi o necessário não queria o blazer. Acompanhando tinha um cinturão de couro preto, era fino bem discreto e os sapatos sociais, odiava usar sapato social, mas como seriam por poucas horas não tinha problema.

Abri a porta e bati na porta do Lou e entrei em seguida, a cara que ele fez foi cômica, e antes de eu entrar Ícaro me olhou com um olhar de "Você é uma vagabunda William", sorri ao ver o Lou de terno, porra era tão lindo e maravilhoso, ele estava corado talvez por eu ficar encarando tanto o corpo dele. Ele estava com uma calça preta social, um colete social preto com uma renda bonita, por baixo havia uma camisa social também preta, e na gravata ele parecia ter se enrolado.

— Você está lindo — Sorri me aproximando dele, e o beijei bem devagar, ele sorriu entre o beijo e virou para o espelho, estávamos lindos.

Bati na parede da cabine do Caio, e logo abri a porta pra ele entrar, o dele era um terno preto com paletó preto, blusa social preta e calça também preta. Não sei porque, mas a cor preta nos favoreceu melhor que qualquer outra.