Capítulo 44

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Caio

Abri meus olhos lentamente e logo senti minha bochecha latejar, estava ardendo, William me deu um soco bem dado, e um chute que quase arrancou minha alma fora do corpo. Sentei na beirada da cama e suspirei, passei a mão no cabelo, olhei para o relógio e já marcava 19:00 da noite, o que será que ele estaria fazendo agora? O Lou já estaria em casa?

Senti que iria chorar novamente, na verdade é a única coisa que eu faço desde que consegui convencer minha mãe que foi uma briga com um pessoal da escola.

" Will foi para o quintal e disse que não queria me ver lá, levantei e busquei minha bolsa e algumas coisas dentro e logo segui para minha casa, andei até o ponto de ônibus mais próximo e logo estava indo, pensei alguma desculpa no caminho, mas a única coisa que rondava meus pensamentos era o fato de o Will ter me batido.

Por mais que eu tivesse errado, ele não poderia ter partido para a agressão, isso fez eu pensar que toda vez que tivermos um problema ele irá querer bater como se fosse a solução? Forcei minha mente para tentar lembrar o que realmente havia acontecido, mas tudo não passava de um borrão cinza na minha cabeça.

Queria que ele tivesse me escutado, que tivesse deixado eu me explicar, mas ele não fez isso.

Suspirei e olhei para fora da janela, o dia já estava um pouco iluminado pelo sol, assim que desci no ponto, caminhei até a porta da minha casa e dei três toques na porta.

Assim que a fechadura foi destrancada, minha mãe surgiu com uma roupa de dormir engraçada, sorri para ela, e a primeira coisa que ela olhou foi o machucado na minha cara.

— Oh meu Deus, o que foi isso? E o que você faz tão cedo assim na rua? Vem entra — Entrei e segui para sala jogando a mochila no sofá, e me sentado no mesmo em seguida.

— Então pode me contar — Minha mãe diz desconfiada.

— Ah mãe, eu tô vindo do Will, tipo ele fez a festa de dezoito rolou uma confusão e eu vim pra cá, pra não ter problemas, e ele acabou com a festa também — Ela me olha por uns instantes, sabendo que estou mentindo mas não fala nada.

— Vocês dois não aprendem mesmo não é? Aposto que esse machucado no rosto foi por causa disso. Você tá com o semblante cansado filho, não quer dormir? — Minha mãe indaga e assinto com a cabeça desejando descansar.

— Adoraria mãe, mas antes queria comer alguma coisa, porque tenho certeza que assim que eu deitar eu vou demorar pra acordar — Digo feliz por ela ter acreditado na minha desculpa.

— Vou fazer café para gente, aproveita e toma banho meu anjo.

Assenti com a cabeça e subi para meu quarto, tirei minhas roupas e entrei no box, analisei o meu abdômen que tinha uma marca meio roxa, e minha bochecha que tava com um pequeno corte. Tomei meu banho com lentidão, minha cabeça doía e eu só queria dormir, pensei no que aconteceu e chorei silenciosamente embaixo do chuveiro.

Assim que terminei sai e vesti uma roupa confortável, peguei umas das pantufas de coelho rosa que mamãe vivia usando e desci para a cozinha.

— Fiz um copo de leite para você, café só vai adiar teu sono, e tem aquele pãozinho com aquela sementinha em cima — Assenti.

— Obrigado mãe — Disse dando um beijo em sua bochecha.

Me sentei e comecei a comer em silêncio, assim que terminei me despedi da minha mãe e fui para meu quarto, tranquei a porta e me joguei na minha cama.

Levantei e abri um pouco a cortina e logo vi o céu escuro, acho que Lou já deveria estar em casa, peguei meu celular e destravei a tela e tinha uma mensagem dele.

Um Amor Proibido (Obra Reescrita)Where stories live. Discover now