Lobo

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Enrolei o máximo que consegui, saí da torre apenas quando a paleta de cores do amanhecer apareceu nos céus.

Deixei os remédios e ensinei Sasuke o necessário para cuidar do irmão, sobre a forma de fazer o curativo nele e os horários dos remédios antes do Sasuke praticamente me empurrar para fora do quarto.

Minha mente estava anestesiada apesar de todas as coisas que eu descobri nas últimas horas. Não sabia se era um mecanismo de defesa do meu emocional, só sabia que eu não estava nem um pouco ansioso para a noite, quando minha cabeça finalmente teria tempo de processar tudo O que aconteceu.

Enquanto eu corria pelas ruas ainda adormecidas de Linteis, tentava ignorar a ansiedade de deixar Itachi sozinho, a curiosidade pela sua história e a sensação de estar sendo seguido desde que entrei na rua de casa.

Eu olhei ao redor, buscando a fonte do meu incômodo e quando me vi sozinho no meio da neve, fiquei repetindo que era apenas cansaço pela noite agitadas. 

Minha mãe confiava mais em Shikamaru, só que eu sabia que o moreno estaria dormindo e seria impossível o acordar, então eu fui direto para a casa do Gaara.

Pulei a cerca baixa e corri para o seu quarto, no fundo da casa. Ele tinha o costume de dormir com a janela aberta, mesmo em noites frias, e isso facilitou em muito a minha missão de entrar na sua casa sem acordar seus irmãos.

Encontrei o ruivo totalmente coberto na cama, formando uma bolinha completamente enrolado nos cobertores.

Apesar de toda confusão, eu amo implicar com ele. O mais silencioso e discreto que consegui, deitei ao seu lado, descobrindo sua cabeça devagar. Quando vi sua nuca exposta, colei o meu nariz gelado nele e sua reação foi imediata e exagerada, ao meu ver.

Gaara pulou e acertou o cotovelo contra meu estômago e o punho contra minha virilha. Eu me encolhi numa bolinha e resmunguei pela dor.

-Porra, acho que fiquei estéril - Gemi entre os dentes cerrados.

-Você é gay, idiota - Gaara resmungou ao se sentar, coçando os olhos verdes.

-E só por isso não posso pensar em ter filhos? Inseminação artificial e barriga de aluguel, cherry.

-Desgraçado, você sabe que eu odeio esse apelido! Quando você entrou aqui?

-Acabei de entrar.

Eu puxei seu cobertor vinho para entrar embaixo, puxando seu corpo para me esquentar. Gaara resmungou mas logo voltou a dormir.

Mal fechei os olhos e peguei no sono repleto de cores e névoa. Não sei dizer quanto tempo eu dormi, só acordei quando a porta do seu quarto foi aberta com rudeza e uma Kushina irritada entrou.

-Naruto! Por que você não está dormindo na sua cama, cretino?

-Desculpe tia Kushi, a culpa foi minha.

Gaara falou antes que eu pudesse me pronunciar. O ruivo tinha um dom de acalmar minha mãe que eu não sabia explicar, só sei que no tempo que eu levei para piscar, sua expressão se suavizou para um belo sorriso.

-Não precisa se desculpar, cherry. Naruto, na próxima vez me avise, filhote idiota.

Sua voz doce mudou para raivosa, num caminho inverso à sua expressão.

-Me desculpe mamãe, Eu vou embora daqui a pouco.

-Hunf.

Minha mãe saiu tão agitada quanto entrou, fechando a porta com força extra. Eu tentei não me incomodar pela diferença de tratamento entre nós.

RavenmasterWhere stories live. Discover now