Thor: Ragnarök

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Quando terminamos o trabalho, além de exaustos, estávamos orgulhosos, fedendo e famintos.

Pintamos o quarto de branco, a parede onde estava minha cama é a única de um tom claro de laranja. Trocamos a lâmpada por uma de luz fria e descarregamos minhas coisas.

Agora, no closet antigo minhas roupas estavam arrumadas - graças ao Gaara e sua mania de organização. Trouxemos minha mesa, e ela estava agora com meu notebook e uma luminária. Eu trouxe também meus livros e meu amado pôster amarelo - apesar das reclamações do Shikamaru.

-Ficou até que bom - Shikamaru comentou com preguiça.

-Pena que não vai durar uma semana - Gaara desdenhou.

Eu estava cansado demais para reclamar, só me joguei no tapete fofinho que minha mãe me deu e olhei para a janela, congelando quando vi o corvo parado na grade da sacada, a cabeça inclinada e atento a mim.

-Itachi - Minha voz saiu em um sopro.

-O que foi que disse? 

Gaara, que estava deitado na minha cama, tombou a cabeça e a apoiou no meu ombro.

-Nada, só que eu estou com fome.

Ele riu e beijou minha bochecha, concordando que precisávamos encontrar algo para comer. No breve segundo que eu demorei para voltar para a janela, Itachi já tinha ido embora.

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Depois que eu deixei os dois nas casas deles, meus pais me trouxeram de volta para minha nova casa.

-Bom, é isso. Tem certeza que trouxe tudo?

-Sim, obrigado pela carona, pai.

Soltei o fecho do cinto e abri a porta, e meus pais desceram junto comigo. Mal fechei a porta e minha mãe grudou no meu pescoço.

-As regras continuam as mesmas mocinho. Nada de dormir tarde ou viver só de Lamen, ouviu?

-Sim, senhorita - Eu precisei me afastar do dedo dela apontado no meu rosto.

-Não deboche de mim! - Apesar da raiva na voz, ela tinha sinal de lágrimas nos olhos.

-Eu não debochei! Vou sentir saudades de você, mamãe raposa.

Minha mãe franziu a testa e me abraçou, chorando baixinho. Quando eu fui para o exército ela teve a mesma reação e eu quase perdi meu voo tentando lhe consolar.

-Me deixa despedir dele também, Kushi.

Felizmente, meu pai conseguiu afastar minha mãe chorosa de mim, e ela foi pisando duro até entrar no carro. Eu abracei meu pai brevemente e ele bagunçou meu cabelo.

-Se cuide, meu filho. Voltamos em um mês.

-Aproveitem - Bati duas vezes no ombro dele e ouvimos minha mãe chorando de dentro do carro.

-Minato, eu vou chorar de novo…

Nós dois olhamos para o carro e vimos ela enxugando os olhos com o que eu sabíamos ser uma das minhas toalhinhas de criança.

-Melhor eu ir.

-Boa viagem!

Eu me afastei um pouco mas quando eu ouvi ele atrás de mim.

-Naruto, sobre aquele lobo…

Franzi a testa e aguardei, meu pai ficou muito preocupado desde aquilo e eu quase me arrependi de ter contado a ele sobre o que eu vi. Meu pai olhou por cima de mim e eu acompanhei o seu olhar.

RavenmasterWhere stories live. Discover now