Ravenmaster

Encontro

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Meu primeiro mês morando no serviço passou tão rápido que eu só me dei conta quando saí no sábado para receber meus pais em casa. Mau coloquei um pé no quintal e Kurama pulou no meu colo, animado e lambendo meu rosto.

-Hey, Kurama! Você cuidou de tudo direitinho?

Kurama latiu no meu rosto e agitou sua cauda mais ainda, e de alguma forma consegui manter nós dois equilibrados. Afaguei suas orelhas e brinquei com ele até que ele se acalmasse um pouco.

Antes da chegada dos meus pais dei uma organizada na casa, mesmonsendo desnecessário, precisava agradecer ao Gaara por ter mantido tudo limpo.

Pensar em Gaara me fazia lembrar de Itachi, pensamento com o qual não quero lidar, pelo menos hoje.

Ja tive confusão o bastante, precisei me focar na minha decisão de não cometer os mesmos erros. Itachi vem se tornando cada vez mais especial para mim e não quero perder o que temos por ser ganancioso.

Levei o lixo para fora de casa e me sentei no degrau que fica em frente a porta. Meu cachorro se sentou ao meu lado e eu o abracei.

-Por que eu sou tão complicado, Kura-chan?

Quando ouviu meu apelido, ele deu um latido rouco. Kurama odeia que eu o chame assim, é até engraçado. Fiz carinho na sua orelha como forma de me desculpar, agitando seus pêlos curtos e caramelos. Depois de um bom tempo, Kurama voltou a balançar a cauda e tentar lamber o meu rosto. Fiquei ali com ele algum tempo, até que ele ergueu as orelhas e abanou o rabo freneticamente, os olhos escuros focados no portão. Isso só podia significar que meus pais estavam chegando.

Corremos para os receber, eles mal desceram do carro e eu puxei minha mãe para perto enquanto Kurama quase derrubou meu pai. Abraçar minha mãe foi maravilhoso, só agora percebi como senti saudades dela. Um pouco atrapalhado pelo cachorro, meu pai se juntou a nós no abraço e finalmente minhas preocupações cessaram.

-Senti tanta saudades de vocês.

Como se entendesse o que eu falei, Kurama latiu e nós três rimos do seu esforço para entrar no nosso abraço.

-Sentimos sua falta, meu filhote.

Minha mãe ficou na ponta dos pés e beijou minha testa. Eu ri por dois segundos da sua atitude, até ela puxar minha orelha. Meu pai tentou apaziguar nossa pequena discussão e finalmente conseguimos entrar em nossa casa.

O restante do sábado passou depressa, nos reunimos na sala com canecas de chocolate quente fumegante e todos os tipos de salgadinhos que eu encontrei no mercado perto de casa. Meus pais me mostraram cada foto que eles tiraram nesse mês de férias, cada pequena recordação que trouxeram das ilhas onde comemoraram as bodas. 

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No começo da noite de domingo eu desci as escadas para a sala, mal coloquei os pés no piso e minha mãe veio ao meu encontro com os olhos poucos fechados e sorrindo de lado enquanto me analisava.

-Você está bonito.

-Obrigado.

-Vai sair com o Gaara?

-Na verdade não - Falei enquanto ia para o sofá buscando o meu celular.

Pelo barulho na cozinha, acredito que meu pai estava cozinhando alguma coisa. É um dos seus hobbies favoritos, portanto minha mãe acaba escravizando ele em certos dias.