Capítulo 2

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Nina

Depois de um sermão de quase quinze minutos, que eu achei bem desnecessário vale ressaltar, o professor da a aula entediante dele. Eu quase dormi.

O restante da manhã foi bem entediante, agora que estou em casa só vou tomar um banho e dormir.

Minha casa é silenciosa, já que meus pais trabalham o dia inteiro. Antes minha irmã ficava comigo, mas como ela se casou, ela se mudou para um pouquinho longe.

Depois de um banho quente, eu me jogo na cama e em pouco segundos já estou dormindo profundamente.

(...)

Eu já tinha chegado na escola, ontem não aconteceu nada de interessante. Na verdade eu dormi a tarde inteira e quando acordei já era nove da noite, jantei e fiquei assistindo uns filmes.

Andava distraidamente, a escola está vazia, porque eu cheguei cedo. Como sempre que eu chego na escola eu vou direto para o bebedouro beber água. Me encurvo um pouco e assim que termino de beber escuto me chamarem.

- Nina!

Me viro e encontro um par de olhos verdes me olhando, não demora nem um segundo e eu já reconheço a pessoa.

- Lucas?- pergunto com um sorriso.

Lucas e eu somos amigos desde oito anos, ele tinha mudado de cidade quando eu tinha treze anos e perdemos o contato. Mas agora eu tenho dezesseis e para a minha completa felicidade nos reencontramos novamente.

- Ah, que saudades! - ele me abraça apertado e eu não hesito em retribuir.

- Você continua pequena. - Me afasto e cruzo os braços.

- Você não é tão alto também. - ele sorri.

- Sou mais alto que você. - ele fala com um sorriso orgulhoso.

Ele é apenas uns cinco centímetros mais alto que eu, não tem direito de falar nada!

O olho mais atentamente e concluo que ele está muito bonito, na verdade ele sempre foi bonito, porém ele mudou só um pouquinho. Seu cabelo ruivo está maior, os olhos verdes estão brilhantes e parece ter aparecido mais sardas em seu rosto.

- Amor! - escuto a voz de Léo.

Lucas olha confuso para atrás de mim e nem me dou o trabalho de virar. Em poucos segundos sinto Léo me abraçando por trás e me dando um beijo na bochecha.

- Oi Léo. - rio quando ele faz cócegas em mim.

Lucas nos observa com a sobrancelha arqueada e Léo logo percebe a sua presença.

- Quem é? - Léo pergunta para mim.

- Eu sou o Lucas.

- Sou o Leonardo.

- E aí?

Escuto a voz que eu reconheceria em qualquer lugar, acredito que se tivesse uma multidão gritando eu reconheceria essa voz.

Fecho os olhos com força, como uma voz pode mudar meu humor assim?

- Então, eu tenho que ir, sabe? Preciso ir na biblioteca... - dou uma desculpa qualquer e dou um passo tentando sair.

- Calma aí, baixinha.

Arthur fala e eu fico parada o encarando com os olhos semi cerrados. Ele abre a boca para falar algo, mas percebe Lucas (que até então estava quieto) e fica confuso.

- Quem é você? Não, espera... eu acho que te conheço. - ele cruza os braços - Você não é aquele garoto que era grudado com a baixinha? - reviro os olhos por causa do apelido.

Lucas aperta os lábios em uma linha reta e tomba a cabeça para o lado.

- Acho que sim... - Lucas olha para mim e eu dou de ombros - Eu lembro de você. - ele fala para Arthur.

Olho para Léo que estava totalmente inerte a pequena conversa, ele está mexendo no celular, provavelmente conversando com alguém, e o melhor tem um sorriso bobo estampando no seu rosto.

Tenho dar uma espiada, mas ele desliga o celular bem na hora.

O sinal toca e nós vamos para a sala, como o costume, Léo e Arthur vão para o outro lado da sala. Me sento lá no fundo e Lucas se senta na minha frente.

Lucas se vira para mim e fala:

- Você ainda odeia o Arthur, né? - nem preciso responder, apenas o olho e ele entende - É, qualquer um percebe, Ta estampado na sua testa. - ele sorri.

Nego com a cabeça e ele fala um pouco mais baixo:

- Ele mudou, muito. Acho que ficou mais...mais... - o interrompo.

- Chato, irritante, insuportável - dessa vez ele me interrompe rindo.

- Eu estava falando da aparência. Ele está mais bonito. - olhamos para Arthur que estava conversando com Léo.

Eu nunca admitiria isso em voz alta, mas ele é bonito, muito bonito, isso é um fato, e não uma opinião. Cabelos pretos encaracolados, olhos tão escuros como o cabelo, seus dentes absurdamente brancos e as covinhas. Ah, as covinhas...

Olho para Lucas e com um suspiro falo:

- Eu não acho.

- Não? - eu nego - Não vou discutir com você.

Olho para Arthur mais uma vez antes de embarcamos em uma conversa aleatória.

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Lucas é um amor.

Esse livro não vai ser tão grande igual "O meu clichê". Bem, eu espero, nunca se sabe.

O Melhor De MimWhere stories live. Discover now