Capítulo 40

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Nina

Vi Arthur de costas provavelmente indo abrir a porta para irmos atrás deles, fiquei pensando em quem Lucas estava falando.

- Nina... a porta não tá abrindo. - olhei imediatamente para ele com os olhos arregalados.

- Como assim não está abrindo? Deixa eu ver. - o empurrei.

- Ai. - resmungou mas eu ignorei.

Bufei quando não consegui abrir a maldita porta, porém não desisti, continuei tentando. Tentei uma, duas, três, quatro, cinco... sei lá quantas vezes mas mesmo assim não consegui abrir.

Respirei fundo tentando pensar em algo que faça a gente sair daqui.

- Aí, espera - escutei um barulhinho e dei graças a Deus quando vi a porta abrindo - Pronto.

Saímos de lá com sorrisos do tamanho do mundo, porém congelamos quando percebemos uma senhorinha nos olhando com os olhos estreitos.

Arthur me encarou e eu o encarei de volta sem saber o que fazer.

A senhora negou com a cabeça e saiu do provador. Ele começou a gargalhar, puxei ele pelo braço e andamos pela loja, mas a risada exagerada parou subitamente quando ouvimos um estrondo.

Franzi o cenho confusa e olhei em volta, em poucos segundos arregalei os olhos com o que estava acontecendo.

Arthur tinha esbarrado em um manequim, esse manequim caiu para o lado e derrubou o outro, que derrubou o outro manequim e assim foi até todos estiverem no chão.

Encarei Arthur que estava congelado, depois quem congelou foi eu quando vi o segurança da loja vir em nossa direção.

- Arthur! Arthur! - o balancei até ele voltar para a terra - Vem, garoto.

Segurei sua mão ignorando o arrepio em meu corpo e começamos a correr no meio do shopping.

Ainda consegui ver o segurança da loja nos olhando irritado enquanto falava naquele walkie-talkie.

Depois de um tempo consideravelmente longo eu parei de correr cansada e respirei fundo. O destruidor de manequins ainda estava em estado de choque, com os olhos arregalados e a boca entreaberta.

- Por Deus garoto! Você está bem? - perguntei já ficando preocupada.

- Não. Acho que preciso de um beijo para ficar bem. - me olhou fazendo um biquinho fofo.

Estalei a língua dando as costas, mas senti suas mãos puxando minha cintura.

- Eu estou falando sério. - evitei um sorriso, dei um rápido selinho e me afastei.

- Pron... - parei de falar assim que o mesmo me puxou novamente e me beijou intensamente.

Depois de tempinho nos afastamos, ambos com sorrisos no rosto.

(...)

- Então... como foi...? você sabe... - Arthur falava nervoso e um pouco envergonhado.

- Não, eu não sei - respondi.

Estávamos dando voltas e voltas pelo shopping, já que era para eu me encontrar com Lucas só daqui quarenta minutos, então como os dois não tinham o que fazer decidimos ficar andando mesmo.

- Como foi ontem? Com... - levantei as sobrancelhas - Com meu primo.

- Ah... - dei de ombros - Foi normal.

- Normal normal ou normal normaaal? - estreitei os olhos.

- Normal normal. - ele encarou os pés e eu parei para pensar - Espera aí! Está com ciúmes?

Ele olhou para mim com a cara horrorizada e — por incrível que pareça — essa foi a primeira vez que eu vejo Arthur corar.

- E-eu? Com ci-ci-ciúmes? Cla-claro que não! - ele gaguejava, estava tão nervoso que até tropeçou no próprio pé.

- Claro que sim! Mas pode ficar tranquilo, eu não tenho nada com seu primo, somo só amigos. - abri um sorriso perverso - Todos sabem que ele só tem olhos para você, - ri um pouco - Guilherme é todo seu.

- Idiota! - ele me empurrou para o lado e eu gargalhei.

- Aí, não fique bravo. - pedi ainda rindo.

Ele me olhava com tédio. Me aproximei e passei os braços ao redor do seu pescoço, ele relutou mas logo senti seus braços rodearem o meu corpo.

Beijei sua bochecha e consegui ver um pequeno — pequeno mesmo — sorriso.

- Eu te odeio. - disse mordendo o lábio inferior.

- Eu te odeio mais. - Arthur acabou com nossa distância juntando nossos lábios.

Estava indo tudo bem até...

- Aí meu Deus! Grava isso, Leonardo! - nos separamos ouvindo uma voz conhecida.

Olhei assustada mas logo senti vontade de gritar de felicidade vendo as mãos de Lucas e Léo entrelaçadas.

Troquei um olhar rápido com Arthur e percebi que ele também viu o que eu vi.

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Lucas e Léo sentados em uma árvore se beijando.

Gente, minha professora de matemática sofreu um acidente, e tipo, eu tô me sentindo muito mal pq eu já xinguei tanto ela na minha mente. Não que ela seja chata, pelo contrário, mas eu odeio a matéria.

O Melhor De MimWhere stories live. Discover now