Capítulo 14

4.4K 420 152
                                    

A imagem acima não tem nenhuma relação com o capítulo, eu achei ela fofinha.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Nina

Um, dois, três, quatro, cinco... respira fundo, Nina.

- AI! SUA DOIDA!

Léo grita quando eu praticamente pulo em cima dele. Ele acaba caindo deitado no sofá comigo por cima e eu tento pegar o celular de sua mão. Acabo — sem querer — clicando no botão do viva-voz.

Tudo isso porque ele simplesmente convidou Arthur para vir na minha casa. Na. Minha. Casa.

- Você não pode convidar ele para vir para cá! - falo quando consigo — finalmente — pegar o celular dele e sento-me na poltrona.

- Por que não? - ele cruza os braços.

- É, por que não? - bufo quando Arthur fala. Tenho certeza que esse idiota está sorrindo.

- Como ele já acordou e... bem você também. - ele começa a falar - Não vejo mal algum ele vir para cá, somos amigos não somos?

- Mas é claro que não! - falo exaltada e ele faz um biquinho, escuto a risada dele, porém ignoro.

- Sabe, eu acho uma ótima ideia eu ir para sua casa, baixinha. Tenho certeza que está morrendo de saudades de mim, e, como sou uma pessoa bastante generosa posso fazer esse esforço.

Que ódio!

Reviro os olhos e tento encerrar a chamada, mas Léo o pega rapidamente e eu fico mais irritada ainda. Me levanto, tentando pegar o celular, mas é em vão. Leonardo me empurra levemente e eu caio igual uma fruta madura no sofá.

Léo fala que vai passar o endereço para ele e desliga.

- Prontinho! Daqui uns minutos ele já está aqui, e aí passaremos o dia entre amigos! - ele diz com um sorrisão.

Faço um bico emburrado e ele ri.

- Está um silêncio, né? Cadê os seus pais? - ele pergunta.

- Trabalhando, só chegam de noite. - dou de ombros e um sorriso diabólico surge em seus lábios.

- Ah, é? - ele pergunta com a voz estranha, assinto hesitante - Que bom. - Léo olha para a minha roupa e arqueia a sobrancelha - Você vai ficar assim...?

Olho para a minha roupa. Eu estou com um pijama rosa com várias princesinhas espalhados.

Henrique me deu esse pijama de presente de Natal. Eu acho que ele pensa que eu ainda tenho dez anos, porque o pijama — além de ser infantil — ficou curto em mim.

Porém ele é muito confortável e não vou negar que eu gostei muito dele. Porque — querendo ou não — eu ainda sou só uma pequena criança.

Prenso os lábios e vou para o meu quarto.

Arthur

Minutos depois...

Agora, são exatamente sete horas da manhã. E cá estou eu em um elevador subindo para o décimo terceiro andar.
Não foi difícil passar pela recepção, já que não tinha porteiro, na verdade tinha uma plaquinha dizendo que ele voltava em cinco minutos.

Fiquei surpreso quando soube que ela não morava muito longe da minha casa. Na verdade, a rua dela é bem próxima a minha.

Ainda não acredito que estou indo aonde ela mora, na verdade eu nunca quis isso. Mas eu percebi que ela não queria minha presença lá, então eu aceitei o convite do Léo.

Sinto que ele está tramando alguma coisa, o conheço a muito tempo para saber disso.

O elevador chega ao andar e abre as portas ando calmamente até sua porta branca e toco a campainha. Minhas mãos vão — automaticamente — para o bolso da minha calça enquanto eu espero alguém abrir a porta.

Mordo o lábio inferior tentando evitar o sorriso assim que consigo visualizar a sua expressão insatisfeita por eu estar na sua casa.

Escuto passos e a voz dela falando com Léo, em poucos segundos a porta se abre e ela revira os olhos assim que me vê, sorrio me divertindo.

Ela está com um vestido branco de alças que ia até a metade de suas coxas fartas, seus cabelos loiros estavam soltos e seu rosto estava totalmente natural, mas mesmo assim continuava com o brilho reluzente que ela transmitia. O vestido era um pouquinho largo, mas mesmo assim realçava as curvas do seu corpo. Me reeprendo mentalmente por estar a olhando demais e por a achar bonita. Mesmo que seja praticamente impossível ela estar feia.

- Vai entrar ou vai continuar parado com essa cara de bobo?

Pisco duas vezes e me desperto da pequena hipnose.

- Eu acho você está babando. - Léo aparece do nada e passa o braço em volta dos ombros da Nina.

Reviro os olhos, e entro no apartamento assim que eles me dão espaço. A sala era composta por um sofá grande cinza, duas poltronas e tinha uma porta de vidro que dava para a varanda. Em frente ao sofá tinha uma estante branca com umas plantinhas de decoração, e também tinha uma televisão enorme.

Léo já tinha sumido e acho que está na cozinha, pois estou escutando barulho de panelas. Nina estava com um biquinho — muito fofo — emburrado e sorrio ladino.

- Não precisa ficar com esse mal humor, eu já cheguei. - ela me olha com tédio.

Algo dentro de mim me diz que hoje vai ser um dia um tanto diferente, mas muito, muito bom.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Vai ser um dia beeeem longo.

.....

O Melhor De MimOnde histórias criam vida. Descubra agora