Capítulo 55

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Nina

O que fazer quando alguém simplesmente some?

- Você precisa ficar calma. - olhei Léo irritada - Ele está bem.

- Bem? Você não sabe, porque ele não está aqui! - esbravejei.

Arthur simplesmente desapareceu! Sumiu do mapa! Não atende minhas ligações, não responde minhas mensagens. A única vez que vi ele foi hoje de manhã, na escola.

- Nina... ele está bem. - Lucas falou calmo.

- Já procurou ele? - Léo pergunta.

- Já fui na casa dele, na casa da tia dele, na biblioteca, no parque e... - parei de falar quando me lembrei que havia apenas um lugar que não tinha o procurado.

- E...? - Lucas me olhou curioso.

- Preciso ir. - falei já saindo da casa do Léo.

Se Arthur não estiver lá, eu não sei onde procurar mais.

(...)

Respirei fundo, talvez ter vindo correndo não tenha sido a minha melhor ideia. Olhei para a grama torcendo para não ter errado o caminho e me perder em uma floresta qualquer. Andei procurando ele, andei, andei e andei. E adivinha? Nada.

Suspirei frustrada, Arthur não estava aqui.

- Onde aquela peste se meteu? - perguntei para mim mesma olhando o céu.

- Estou aqui. - a voz dele.

Dei um pulo de susto e o procurei com o olhar. Arregalei os olhos o vendo em cima de uma árvore bem alta.

- O que está fazendo aí, Tarzan? - ele riu.

- Apenas pensando.

- Então está me dizendo que eu fiquei super preocupada para saber onde estava e você estava aí "apenas pensando"? - indaguei colocando as mãos na cintura.

- Você está parecendo uma xícara. - o olhei irritada.

- Sabe o que poderia ter acontecido? Você poderia ter sido sequestrado, aí depois de um bom tempo de tortura os sequestradores iriam me ligar pedindo dinheiro para te soltar. E sabe o que eu iria fazer? Iria desligar pensando que era trote e aí você ia morrer! - ele piscou.

- Você pensa demais. - deu de ombros - Não precisava ter ficado assim, eu "sumi" de propósito. - desceu da árvore.

- De propósito?! - idiota!

- É. - me puxou para perto.

- Não acredito que me preocupei atoa! - resmunguei.

- Sabe o que eu estava pensando? - mudou de assunto.

- Claro que não, gênio. - riu baixo.

- Eu quero dar um passo a mais em relação a nós. - segurou meu queixo - Sei que posso estar sendo um pouco rápido, mas eu gosto tanto de você, e tenho certeza disso, então não vejo motivos para não fazer isso. - ficou um pouco mais perto - Só basta você aceitar...

Fiquei estática.

- Nina... não vou negar que ensaiei muito o que dizer agora, mas só de te olhar eu esqueci tudo o que iria dizer. Sei que isso não é tão perfeito como você merece mas... - engoliu em seco - Você aceita namorar comigo?

Abri a boca em choque. Namoro. Arthur. Algo que nunca imaginei que aconteceria, porém é tudo que eu mais quero agora.

- Nina? - percebi que ainda estava em silêncio - Droga! Acho que foi rápido dema... - puxei seu rosto e juntei nossos lábios.

- Óbvio que eu aceito! - sussurrei contra sua boca, ele sorriu grande e me puxou para outro beijo.

Quando nos afastamos ele pega uma caixinha do bolso e abre me fazendo ver duas alianças pratas, ele colocou uma em meu dedo e depois eu coloquei a outra no dedo dele.

- É tão linda! - eu disse sorrindo.

Nos encaramos com sorrisos do tamanho do mundo.

- E agora? O que fazemos? - ele perguntou.

- Eu não sei! - arqueou as sobrancelhas.

- Mas deveria.

- Ué? Por quê? Eu nunca namorei antes. - ele deu de ombros.

- Porque é você que lê livros de romance.

- É, mas é diferente da vida real. - muito diferente.

- Então... somos namorados agora, né? - assenti rindo - Por favor me diga que não estou sonhando.

- Você não está! Quer que eu te belisque?

- Ah não, não preci... AI!!

- Isso foi por ter me preocupado. - ele passou no braço, onde eu havia acabado de beliscar.

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