Capítulo sem revisão.
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Nina
- O que vocês estão fazendo aqui? - Júlia pergunta confusa vendo a cena a frente.
Pedro estava com uma careta de dor enquanto Harry e Henrique olhavam seu dedo com curiosidade.
Pelo o que as meninas me falaram, hoje teríamos a enorme casa da Isa e do Harry só para nós.
- Júlia! Amor da minha vida! - Pedro praticamente se joga em cima da esposa - Que bom que você chegou. Esses inúteis não sabem nem cuidar de uma pessoas doente. - ele faz um biquinho triste.
- Ei! - Harry e Henrique resmungam ofendidos.
- Você tá doente? - Júlia pergunta - Mas a pouco tempo você estava bem.
- Ela não tá doente! - Harry fala cruzando os braços.
- Esse dramático só cortou o dedo. - Henrique revira os olhos.
Sorrio pequeno sem conseguir evitar.
- Acabaram com o meu plano infalível! - Pedro exclama bravo.
- Que plano? - minha irmã interroga.
- Plano? Que plano? - Pedro se faz de sonso.
Rio baixinho. Júlia o empurra de leve e ele ri.
- Vocês já podem ir embora. - Aurora diz quando senta no sofá.
- Que? - os três fala ao mesmo tempo.
- É! Hoje essa casa é só nossa. - Isa fala sentando-se ao lado de Aurora.
Biquinhos emburrados aparecem nos lábios de ambos. Depois de muito drama — a maior parte foi de Pedro — elas desistem e os deixam passar a noite conosco.
(...)
Dou um tchauzinho para Harry e Isa e agradeço por me trazerem para a escola. Eles foram os únicos que conseguiram acordar.
Eu sabia que fixar acordada até a madrugada era uma péssima ideia. Eu sabia. Mas foi a noite foi tão divertida que as horas se passaram como um furacão e quando eu percebi já eram duas da manhã.
Tento ajeitar o meu cabelo com as mãos e bufo quando percebo que é em vão. Ando em passos largos em direção a sala e quando chego jogo minha mochila na mesa e sento na cadeira. Lucas vira o rosto e prensa os lábios.
- Uou! Você está...
- Acabada, eu sei.
Sorrio sem mostrar os dentes e meu olhar varre a sala e encontra os olhos dele que já me encarava. Por um momento eu perco o fôlego. Olhar para ele faz me lembrar do beijo que deve ser esquecido.
Isso não era pra ter acontecido.Desvio o olhar e passo a mão no rosto.
- Tenho uma novidade! - Lucas diz animado.
Imediato sua animação me contagia e eu sorrio entusiasmada.
- Qual é?
- Alguns dias eu estava conversando com uma pessoa pela internet e... - ele fica em silêncio.
Mordisquei o lábio inferior ansiosa.
- E...
- E... - faz mais suspense.
- Fala logo!
- Vou ter um encontro na sexta!
Arregalo minimamente os olhos e meu sorriso se alarga mais.
Dava para ver em seus olhos o quanto ele estava feliz e isso me fazia ficar feliz também. Depois de tudo que ele passou, ver ele contente desse jeito é maravilhoso.
- Isso é maravilhoso! - falo animada.
- Eu sei! Eu estou tão ansioso que não estou conseguindo dormir direito. - Rio baixo.
Bato palminhas sorrindo enquanto ele começa a falar o quão ansioso está.
(...)
Entro na biblioteca e deixo a mochila em uma das mesinhas.
A aula tinha acabado à uns minutos e — como de costume — venho nesse lugar de paz para viver o meu próprio mundo longe da realidade.
É claro que eu poderia ir para casa — onde também é um lugar silêncioso — e fugir da realidade, mas eu sou completamente apegada nessa biblioteca.
Meus dedos passam por inúmeros livros enquanto eu vou murmurando baixinho coisas como "título legal" ou "nhe, tem a cara do livro que me fazer chorar por um dia inteiro. Gostei".
Não estava me importando em falar sozinha, já que isso é um hábito e não nem câmeras e nem ninguém aqui comigo. Bem foi isso que eu pensei, mas eu estava errada.
- Falando sozinha?
Dou um salto com o susto, giro meu corpo e encontro Arthur encostado em uma prateleira com os braços cruzados e o típico sorriso de canto.
- O que está fazendo aqui? - pergunto assim que me recupero do susto.
- Ué? Achei que qualquer um poderia vir na biblioteca.
- É claro que podem vir aqui! O estranho é você vir aqui. - ele estala a língua.
- Sabe, eu gostei daqui. Algo me chama atenção. - ele olha em volta.
- E esse algo seria os livros? - pergunto confusa, já que uma vez ouvi ele falar que não era muito fã de ler.
- Não.
- E o que seria então? - ele me encara.
- Não sei.
- Não sabe?
‐ É, não sei.
Ele age como se não tivéssemos nos beijado ontem, é estranho de certa forma mas dou de ombros. Também fingirei que nada aconteceu. Mesmo que minha mente traidora me fazia lembrar a cada segundo que passava.
Volto a observar os livros, enquanto ainda sentia seu olhar em mim.
Prendo a respiração quando escuto seus passos e quando ele parasitas de mim quase colado em meu corpo.
Franzo o cenho mas resolvo ignorar, o que se torna impossível pois Arthur cola seu peito em minhas costas.- O que está fazendo? - pergunto sem encara-lo.
- Só estou pegando um livro. - ele diz e ergue o braço.
Arthur pega um livro e se afasta indo para uma mesinha com um sorriso satifeito.
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O Melhor De Mim
RomanceQuando pensam em Nina e Arthur, logo vem na cabeça o ódio. Eles se odeiam desde da primeira vez que se viram, todos sabem que eles são inimigos. Anos estudando juntos e sempre é a mesma coisa, brigas e mais brigas. Mas um dia em especial pode mudar...