Capítulo 56

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Esse capítulo...

Arthur

Dois dias se passaram desde que eu e Nina começamos a namorar. Eu ainda não acreditava muito que isso estava mesmo acontecendo.

Hoje, acordei na maior calma do mundo, estava bem calmo. Nada tirou minha paz, nem mesmo o calor infernal que está fazendo hoje. Acho que agora são umas quatro e meia da tarde e eu estava saindo banho. Entrei no meu quarto balançando meu cabelo molhado.

- Arthur? Espero que esteja em casa. - ouvi a voz de Nina, mesmo que ela estivesse longe pude sentir que ela estava irritada. - Ah você está aqui. - entrou no meu quarto e nem me olhou direito. Cruzei os braços. - Hoje meu dia foi péssimo! Acordei tarde e atrasada para sair com minha irmã, quando fui tomar café derramei leite na minha roupa e tive que trocá-la o que me fez ficar mais atrasada ainda. Aí quando eu estava no carro com a Aurora o maldito carro resolveu quebrar, não me pergunte o que aconteceu porque nem eu sei! - sentei na cama percebendo que ela não pararia de falar tão rápido. - Tivemos que andar nesse calor infernal. Não sabia se estava em São Paulo ou no deserto de Saara!

Tentei evitar um sorriso, ela não tinha percebido que eu estava apenas de toalha e tenho certeza que se tivesse percebido ela ficaria vermelha como um pimentão.

- Cheguei em casa suada igual uma porca e com fome, fui tomar banho, só que antes de eu entrar no chuveiro aquele otário do síndico começou a berrar na minha porta. Tentei ignorar, mas aquele idiota não parava de apertar a campainha, então eu fui abrir a porta. Ele nem me olhou direito e começou a falar um monte de coisa... - a mesma coisa que ela está fazendo agora. - Que eu nem prestei atenção, eu só fiquei olhando pra ele com cara de merda e depois fechei a porta na cara dele. Tomei um banho e resolvi vir aqui para a sua casa. - assim que terminou de falar ela respirou fundo. - Então seja um bom namorado e me acalme. - abriu um sorriso angelical.

- Tudo bem... só deixa eu colocar uma roupa primeiro. - ela franziu o cenho e me olhou melhor e como eu previa ela corou.

- Aí, d-desculpa. - ri quando ela saiu correndo do meu quarto.

Coloquei uma bermuda e uma camisa e desci as escadas, vi Nina fazer carinho em Garfield que estava no colo da mesma.

- Parece que já está mais calma... - murmurei.

Ela sorriu dando de ombros, quando direcionou o olhar a mim corou um pouco, deve ter se lembrando de como me viu no quarto.

- Não precisa ficar envergonhada. - eu falei tocando a ponta do seu nariz e fui para a cozinha.

Abri o congelador e peguei um pouco de sorvete colocando-o no pote.

- Uhh, sorvete! - Nina apareceu do nada na cozinha, pegou o pote em minhas mãos e foi para a sala.

Abri a boca chocado e a segui.

- Ei! Isso era pra mim! - ela nem me olhou.

- Sério? Que pena. - riu comendo meu precioso.

- Você é má!

Fui para a cozinha novamente e peguei mais sorvete colocando-o em outro pote. Sentei no lado dela no sofá, Garfield se esfregou em minha perna.

- Ele me disse que você é chato. - ela falou, provavelmente o "ele" é o gato.

- O gato te disse que sou chato? - franzi o cenho, ela falou que sim. - Como isso é possível?

- Bom, as vezes você é muito irritante mesmo e... - a interrompi.

- Não estou falando disso. Como o gato falou isso pra você se ele nem fala?

- Ué, temos uma conexão. - gesticulou com as mãos.

- Louca. - resmunguei.

- É sério! - ela riu. - Quer ver? - assenti. - Garfield, morde ele. - ergui as sobrancelhas vendo o gato vindo quase que automaticamente em minha direção e dando uma leve mordida em minha perna.

- Mas isso não significa nada. - cruzei os braços. - Qualquer um pode fazer isso, olha, Garfield morde ela. - abri a boca quando o gato subiu no sofá e deitou no colo dela.

- "Qualquer um pode fazer isso" - ela repetiu gargalhando e fez carinho no gatinho.

Fiz um bico emburrado como uma verdadeira criança e dei as costas comendo o resto do sorvete.

Nina

Ri baixo vendo o emburrado, coloquei Garfield no sofá e me aproximei de Arthur. O abracei por trás e me entusiasmei quando ele tentou esconder um sorriso.

Ele me olhou por cima do ombro com tédio, dei o sorriso mais angelical possível, Arthur olhou para algo atrás de mim e ficou confuso.

- É sua? - apontou para a mochila que estava no canto da sala.

- É sim, minhas coisas estão nela. - dei de ombros.

- Suas coisas...? - perguntou.

- É, bobo, vou dormir aqui hoje. - ele sorriu de lado.

- Dormir, é? - revirei os olhos.

- Só dormir! Pode tirar esse sorriso ridículo do rosto. - levantou as mãos em forma de rendição.

(...)

- P-para, Arthur! É sério! - falei entre risos.

- Não vou parar. - falou em cima de mim enquanto fazia cócegas na minha barriga.

- Por favooor. - ele riu parando de fazer as cócegas.

Respirei fundo e fechei os olhos por um tempo. Quando os abri, Arthur me observava com intensidade, e como sempre veio aquela sensação de que tudo havia parado.

Ele segurou meu queixo com delicadeza e me beijou com calma. Passei meus braços ao redor do seu pescoço nos aproximando ainda mais, Arthur se sentou no sofá me puxando para o seu colo e apertou minhas coxas. Ele mordeu meu lábio inferior o puxando um pouco e nos encaramos ofegantes.

Arthur beijou minhas bochechas e desceu para meu pescoço, onde distribuiu vários beijinhos molhados, voltou para minha boca deixou um selinho demorado antes de se levantar do sofá. Me segurei mais forte com um leve receio de cair já que eu não sou tão leve, enquanto ele subia as escadas, eu tirava alguns cachinhos da sua testa, o cabelo dele havia crescido bastante. Assim que chegamos no quarto dele, Arthur me deitou delicadamente na cama e beijou minha testa. Sorri pequeno com todo o seu cuidado comigo. Beijei ele com intensidade e senti suas mãos na barra da blusa que eu usava, não demorou muito para que ele tirasse ela.

Senti minhas bochechas queimarem com seu olhar no meu corpo. Suas mão passaram pela minha barriga devagar me fazendo arrepiar com o toque...

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Aí aí KAKAAKKAKAKAKA

Safados eles hein.

Ei, Nina, vc não disse q ia "dormir"?

O Melhor De MimWhere stories live. Discover now