Under Control

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Antes de tudo, quero que saibam que a o passado da Ruby é o passado da Ruby da fic Unfer control, escrita pela Laura e que deixarei link no final para vocês lerem.
Fiquem atentos, talvez Letalidad e Under control se cruzem mais do que vocês estão vendo aqui.

Emma Swan

Entortei a cabeça para o lado após encarar, mais outro dia, a fachada de Midas, refletindo sobre o significado do seu nome e em como o mesmo se encaixava na história ambiciosa que corria por debaixo dos panos com tanto afinco para ser escondida. O nome da empresa parecia fazer uma referência a mitologia, onde Midas era filho de um rei que antes era camponês, mas, graças a uma profecia foi elevado a patamar de realeza pelo povo, tornando então seu filho herdeiro direto ao trono. O então filho, já no poder, um certo dia foi chamado para observar um senhor beberrão, que o mesmo identificou como o deus Sileno, que ajudou e o cuidou, dando do bom e do melhor para poder levar a Baco, Deus do vinho, e filho adotivo do primeiro deus. Baco, muito compadecido, deu a Midas a capacidade de fazer um pedido, pedido este que foi o de tornar tudo que tocava em ouro. Era um pedido estúpido, mas que o Rei só tomou noção após notar que até a comida e água que tocava se tornava ouro, inclusive tornou sua filha, que o tentou ajudar, em uma grande estátua dourada. Midas, desesperado, orou para Baco, que mais uma vez sendo generoso o aconselhou a se banhar no Rio Pactolo, e assim foi feito, tornando até mesmo a areia do local dourado, e livrando o rei de seu sofrimento escolhido.

Dei um sorriso de lado, ultrapassando as portas da empresa, pensando que ali dentro haveria um Rei burro o suficiente para achar que sua ganância desmedida o levaria a algum lugar incrível, mas a verdade era que o caminho o levaria para atrás das grades e eu teria prazer em ver cada segundo disso.

— Srta. Swan! — Uma voz grave soou ao meu lado direito, fazendo-me virar a tempo para encarar os olhos castanhos afiados de Regina, que agora grudava seu braço no meu, quase me rebocando em direção ao elevador.

Revirei os olhos, quase bufando.

— Bom dia, srta. Mills. — Olhei para o entrelaçar dos nossos braços, erguendo uma sobrancelha e deixando que a mesma entendesse de uma vez que o contato não me era muito agradável, apesar de seu perfume forte e levemente amadeirado preencher todo meu olfato.

A morena ignorou minha expressão, soltando um sorriso afável antes de apertar mais uma vez o botão da caixa metálica, parecendo impaciente.

Assim que ouvimos o som agudo que anunciava a abertura de portas, deixamos que alguns funcionários saíssem do local, para podermos entrar, o que no meu caso se tratou de ser mais uma vez puxada por uma figura confusa.

— Ok, estou começando a acreditar que o seu "não gostar" de mim se transformou em ódio latente — Comecei falando calmamente, após me desvincular do toque quente da sua pele — Afinal sabe muito bem que odeio elevador. É alguma tentativa de me deixar com medo?

Sua risada ecoou dentro do cubículo, eriçando os pelos da minha nuca, ao notar que era um bonito som. Sempre fui amante de boa música, e o que saía de sua boca sempre rubra era arte. Mas nao dei o braço a torcer.

— Swan, por deus... — A mão esquerda livre da bolsa que carregava no outro braço e com alguns anéis em ouro jogaram seus cabelos para trás — Eu não sou tão cruel assim.

– Será? — Questionei, apoiando um ombro na parede espelhada.

— Bom, acredite no que quiser — Repetiu meus movimentos — Mas acho que agora seremos obrigadas a ter uma boa convivência.

— Por que acha isso?

— Minha prima. — Suspirou, mexendo em suas unhas antes de voltar a me encarar de cima a baixo — Zelena apesar de ser apenas uma prima foi criada pela minha mãe, então vive com a gente e por isso está inclusa nos almoço de domingo.

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