Luz, câmera e ação?

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Me perdoem por qualquer erro.

Lembrete 1: Se cuidem e cuidem dos seus.

Lembrete 2: Rir é um ato de resistência. 🌹


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Seus joelhos viraram manteiga derretida, as pernas ficaram fracas. A respiração parecia desequilibrada. Camila piscou com força, olhando o resultado do exame pela terceira vez. Um bebê. Lauren tinha alguém morando em seu ventre. Um bebê. Ela repetia, intimamente. Muitas imagens se passaram por sua cabeça, fazendo sua mente borbulhar. Lauren tocou os dedos de seus pés, fazendo círculos.

– Um bebê... – Saindo do estado catatônico, largou os papéis ao lado de sua cabeceira, olhando nos olhos de Lauren. Ela sorria com o olhar, com os lábios, com sua alma. – Meu amor. – Chamou-a, fazendo uma careta fofa, já desfeita em lágrimas. – Oh, vida... – Movimentou-se para frente. – Eu estou tão feliz agora. – Pressionava-a. – Meu Deus, eu não consigo acreditar. – Sentou, soltando-a. Os olhinhos castanhos tornaram-se avaliativos. Lauren sorriu entre as lágrimas, pois Camila imitava os traços de Erin. – Tem uma pessoa crescendo dentro de você... Por isso o teu surto... – Ligava uma coisa à outra. Lauren balançou a cabeça, negando. – Nós teremos um bebê.

– Nós teremos! – Removeu as marquinhas das lágrimas no rosto, sentando em postura ereta. – Eu chorei muito com a descoberta. – Camila virou as pernas para o lado da parede, apoiando o queixo em seu joelho. Ela mantinha o olhar fixo na sua blusa de pijama. – Foi muito rápido.

– Eu estou tão surpresa, ansiosa. – Ela estendia a mão, tocando a barriga lisa. Ninguém diria que ela estava grávida. – Olá, lindura! – Sussurrou de pertinho, levantando uma partezinha da blusa. Lauren se espremeu para não chorar, impossível. Ela o fez, mas sem quebrar a conexão de Cabello com sua sementinha. – Me conte tudo. – Virou os lindos olhos castanhos para cima, enxergando a ponta do queixo dela empinado para o alto. – Você está chorando?

– Me desculpe... – Baixou a cabeça, ligando seus olhares. – Você está reagindo como eu desejei. Estou tão assustada. – Apertou-a no rosto. – Descobri ontem que seria mãe, que meu corpo abrigava uma vida tão delicada, uma vida da minha vida... – Camilla meneou a cabeça, dando beijos em uma de suas mãos. – Tudo o que eu tenho feito nessas 24 horas foi chorar de alegria, receio, medo...

– Eu estarei bem aqui, ao lado de vocês. – De repente o rosto dela se iluminou, numa expressão que sempre lhe dava arrepios na espinha. Linda! – Sua mãe já soube?

– Você é a primeira pessoa para quem eu pensei em contar. – Lauren riu, pondo a mão nos lábios dela. – Antes do ataque de tosse, eu tinha acordado com um enjoo insuportável, acreditei que era por conta do vinho que tomei no jantar. Já no hospital foi diferente, Chris me acompanhou até a sala de espera. O médico me fez mil e uma perguntas, queria saber se eu era alérgica a algum tipo de medicação, acredite, foram tantas as questões. Eu queria apenas que ele desse um jeito em minha tosse. – Gesticulou, olhando para os lados. Camila riu do seu jeito. – ''Você fuma? Você tem bebido?'' E eu pensava: Qual é! Eu só preciso parar de tossir.

– Meu Deus, Lo... – Camila levantou, arrumando-se. Seus olhos ainda estavam úmidos. A surpresa ainda palpitava em seu coração. Ela deitou, convidando Lauren que, foi se deitar em seu colo. – Eu posso imaginar direitinho a cena.

Eis que as duas sorriram.

– Continuando... – Passou a mão pela cama, encontrando as botinhas. – Comecei a passar muito mal, minha cabeça parecia que explodiria a qualquer momento, eles precisaram agir com mais eficiência, tiraram uma amostra do meu sangue, me deram algo que eu não sei o que foi, mas ajudou a reduzir a tosse. Meu braço ardeu tanto! Odeio injeções, deixo claro a você. – Camila deu uma risada. – Fiquei naquele hospital até o inicio da noite, estressada, enjoada, queria matar um. Meu irmão me pedindo para ser mais paciente.

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