Mom's Rules.

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Camila colocou a criança sentada no sofá, após ter certeza de que ela estava em segurança, seguiu para a cozinha, deixando que Lauren interpretasse sua súbita saída como uma ordem para que a seguisse. Jauregui pediu a Caio para ficar perto de Evelyne antes de ir atrás de Camila.

– O que você veio fazer aqui? – Podia muito bem esperar ela sentar, mas não tinha paciência para muito. Lauren parou perto da porta que dava para o jardim e tentou não suspirar.

– Eu vim vê-la, já disse.

A latina riu, em negação.

– Certo. Isso é brincadeira... – com o rosto ruborizado pelo frio, Camila tentou entender a situação. – Fale sério, Lauren.

– Não faz sentido eu estar aqui? – ela inquiriu com ar inocente. Ao menos tentou.

– Você sabe muito bem que não. – Acuou-se ao vê-la caminhar seguramente até ela. Incapaz de ficar quieta, ela tornou a falar: – Você tem me tratado com indiferença esse tempo todo. – O dedo de Lauren pairou sobre os seus lábios. Ela bateu com a mão no braço dela. – Não venha me calar!

– Eu quero te explicar. – Jauregui a segurou pela cintura, erguendo-a até a mesa. – Fique sentada. – Camila pensou em uma forma de afastá-la um pouco, mas Lauren já a conhecia o bastante para adivinhar o que se passava por sua cabeça. E, assim sendo, ela prendeu-a entre as pernas e os braços. – Me desculpe por isso, mas é a única forma de prender a sua atenção.

– Olha eu acho que não precisa disso. Posso escutá-la muito bem. – ela apontou uma cadeira às costas de Lauren. – Por favor, deixe eu me sentar na cadeira.

Lauren abriu um espaço. Afinal das contas, ela parecia ser sincera.

Camila se sentou e encolheu-se dentro da blusa de frio. Lauren permaneceu de pé por um minuto, após, preferiu se acomodar também.

– Me diz logo. Preciso olhar as crianças.

– Elas vão ficar bem. – esfregou as mãos, inquieta. – Eu estive pensando bastante nesses últimos dois dias.

O coração de Camila parecia estar golpeando com um ritmo pirado. E arrepios cursavam sua coluna. Mal conseguia respirar. Por que Lauren demorou tanto?

– Você disse a mim que iria para a Índia...

– Oh, então é isso! – mesmo não querendo, ela ficou agitada a ponto de levantar e andar pela cozinha. Um sorriso tristonho teimou em curvar os lábios dela.

– Eu não consigo raciocinar direito desde então. – Lauren seguia a movimentação dela. – Você me disse algo e eu não gostei.

– E o que foi dessa vez? – Em um gesto irresponsável, Camila tocou os próprios cabelos.

Lauren riu daquilo.

– Sente, um pouco.

– Mas que saco! Eu estou bem assim. – pestanejou.

– Eu discordo... – Camila diria algo rude. Lauren fora rápida. – Você disse que não era mulher o suficiente para mim.

Os nervos de Camila se esticaram. Sentia raiva e emoção. Droga!

– Apenas disse a verdade. Se eu fosse, você não teria me trocado por Wes! – fechou os olhos ao se lembrar da imagem dos dois juntos no almoço. – A confirmação me feriu, Lauren. – Acordar no hospital e não vê-la por lá... – ela encarou a luz do teto da cozinha, para sanar as lágrimas. – Tudo bem. Foda-se.

– Demorou, mas eu entendi Camz! – ela levantou, mas não se aproximou. – Você é a minha perdição. Não posso te deixar... Eu tentei. Mas ninguém é como você. – Um suspiro apavorado escapou dos lábios de Camila. Seus gestos suavizaram. Ela olhava para Lauren com um entusiasmo misturado a decepção. – Buscar você em outra pessoa foi a pior idiotice que eu cometi. – em um piscar de olhos, ela segurou Camila pelo pulso, tornando a prendê-la entre a mesa e seus braços. – Nunca mais diga que não é párea para mim. Eu jamais irei concordar. Você é mais do que eu imaginei. De todas as pessoas que eu conheci; você é a incomparável. Única. Eu quis morrer quando a vi beijar Ariana naquele maldito vídeo...

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