Touch It

You say goodbye and I say hello.

Demorei mais voltei trazendo o ultimo capitulo da primeira parte de Touch It. 

Obrigada a quem acompanhou até aqui... Se tiverem interesse na segunda fase, me deixem saber por favor.

O de sempre: Perdoem qualquer erro e aproveitem. =) 

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Camila acordou antes de o previsto. Lauren ainda dormia e Angel balançava as duas mãos no alto, ameaçando abrir a boca para liberar o choro. Rindo de sua impaciência, Camila a colocou no colo e foi dar uma voltinha pelo quarto. O peso do corpo dela em seus braços a fez encher os pulmões de amor. Ela encostou o dedo limpo na boquinha minúscula, a menina logo o sugou, faminta. Os olhinhos foram abrindo de pouquinho. Angie era tão branquinha, as veias dos bracinhos dela se revelavam conforme a mãe puxava devagar a manga de seu minúsculo macacão. Olhou-a dos pés até a cabecinha, namorando-a com os olhos nivelados em ternura. Então era aquela menininha branquinha que levava Lauren a loucura? Era ela quem a chutava durante a noite de sono?! Beijando-a sem parar, sentia-se mais leve, pois segurava o seu coraçãozinho no colo. Ela caminhou até a janela, puxando a cortina. A luz do dia entrou, fazendo com que Angel enrugasse o rosto. Que maldade! Arrependida, Camila virou de costas para a claridade, seu coração doeu ao pensar que aquilo havia chateado a neném.

Os olhinhos se abriram. Ela piscou e bocejou de um modo fofo. Os olhos até então cinzas, fizeram o estomago de Camila vibrar. Angel voltou a bocejar, o fato a irritou, ela choramingou. A latina a balançou, beijando-a na cabeça. O narizinho dela era idêntico ao de Lauren. A boquinha lembrava a de Caio. Como aquela coisinha petitica podia ser tão curiosa? Ela não tinha nem vinte e quatro horas de vida e já era observadora. Piscava com delicadeza olhando o teto. Novamente, outro bocejo. Ela ficou brava e chorou. O chorinho alegrou Camila e despertou Lauren, a mãe coruja, ela sentou na cama de pressa, procurando pela menina.

– Está procurando a baby bunny?

Lauren virou os olhos sonolentos para o lado da janela e viu Camila trazer a neném para os seus braços. Ela a depositou com paciência, deitando a cabecinha no seu antebraço. Então não era um sonho? O seu lindo bebê estava se esperneando em seus braços? Lauren sorriu, emocionada por tê-la. Aninhou-a próxima do pescoço, lhe pedindo calma. O pedido durou uns cinco minutos. Angel acalmou-se, sugando-a no ombro. Lauren riu. A culpada de sua fome descontrolada estava bem ali, devorando seu braço com força.

– Irei descer e preparar o seu café da manhã. – Camila beijou-a na cabeça. – Pedirei a abuela para trocar a fralda dela.

– Por favor. – Lauren deitou a menininha na cama. Ela não gostou, queria ficar em seu colo. Seu choro foi muito potente, ecoando quarto afora. Sem que Camila fosse atrás de sua avó, ela deu duas batidas na porta e a abriu. Atrás dela estava Clara.

– Bom dia. – Clara apertou o robe no corpo e sentou na cama, tocando Angel na cabeça. Ela parou de chorar ao sentir o calor dos dedos da avó. – Ela está faminta.

Camila deixou-as por alguns minutos, buscaria algo para Lauren comer. Na cozinha ela tomou um copo de suco de abacaxi, a espera de que os empregados de seu pai preparassem o café de Lauren. Ela caminhou até a varanda principal, olhando o sol quentinho tocar seus joelhos. Só assim para perceber que dormira de short jeans.

– Caiu da cama, Mila! – Doug Cabello, seu primo e afilhado de Alejandro, apareceu. Ele tinha os olhos esverdeados e uma barba horrível. Camila quase não o via, mas o adorava. Não sabia de sua estadia ali.

– Doug! Mas que surpresa! – Ela pulou em cima dele. – Você veio com a tia Lourdes?

– Mamãe lhe mandou os parabéns pela garotinha. – Ele ficou meio sem graça. Camila e os outros primos tinham mania de pular em cima dele. Isso desde criança. – Ela disse que aguardaria a sua visita, não pôde comparecer.