Stuffed Mushrooms

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Desembarcando em Los Angeles, Camila a todo custo tentava se esconder dos fotógrafos. Eram em torno de cinco, se colocavam em sua frente disparando os flashes em seu rosto. Paparazzi locais, aquilo lhe deixava completamente irritada. Os seguranças ajudaram-na a chegar ao carro de Alexa, Lauren não estava presente. Precisou fazer um ensaio fotográfico para uma revista de beleza e saúde e só chegaria a sua residência no final da tarde. Alexa não soube o porquê de sua estadia em Los Angeles, Camila ficou tentada a contar, mas preferiu que Lauren o fizesse. A desculpa que usou foi a de que sairiam juntas. 

Jauregui morava muito bem, sua casa era de uma praticidade e conforto sem igual. A área social e a área de lazer caberiam cento e cinquenta pessoas, no corpo da residência, três garagens integradas, o hall de entrada era tão parecido com a dona. Camila puxou a alça da bolsa e reparou com precisão da riqueza dos detalhes, um aparador espelhado com fotos de Lauren e dos amigos em pequenos porta-retratos era o que mais chamava atenção. Aparadores provençais encostados à parede, esta que era totalmente revestida com papel de parede em cores neutras e pedras palitos nas laterais, ao meio dois garden seats, e arandelas ao alto, desfocavam o ambiente com suas luzes quentes. Nos corredores, as cores das paredes eram vibrantes com linhas horizontais, o teto era iluminado, havia também balizadores na parede próximos ao chão. Estava sozinha, respirou fundo e tentou não se sentir um ser invasor. Alexa não pôde ficar, pois estava tão atarefada quanto Lauren.

As sextas-feiras, a morena concedia folga aos seus poucos empregados, a casa ficava sob vigia dos guardas noturnos. Pendurando a bolsa no cabideiro, Camila procurou pela sala, puxando sua mala de rodinhas. Ao entrar no recinto, parou um pouco, memorizando cada detalhe, o toque rústico da escada, com o pendente de cristal no canto juntamente com o pano de vidro e spots de led, fez com que sua boca se abrisse. Os sofás eram tão baixinhos que mais pareciam mini- camas marrons. Ao fundo, uma sala de lazer com mesas de jogos e afins. Soltando a mala no chão, sentou no sofá, receosa, odiava ficar sozinha em lugares tão sofisticados. Ligou o celular e chamou por Lauren no aplicativo, esperou por um bom tempo, porém, a resposta nunca veio. Exausta, fechou os olhos por um tempo prolongado, escutou barulhos no assoalho e trancou a respiração, ao notar que estava mais próximo, agora.

Um cachorro enorme apareceu de repente, Camila se encolheu toda, morria de medo de cachorros daquele tamanho. E aquele ali era tão grande, tão grande, que mais se parecia com um pônei. O cão olhou-a, bufando, pronto para latir, em momento algum ele se aproximou, andava de um lado para o outro, arranhando o carpete e fungando, até as piscadas, a latina controlava para não chamar muito a atenção do bicho. – Droga! – Clamou, em tom de desdenho. Ouvindo sua voz, Dyson chegou mais perto, latindo. – Vá para lá! – espantou-o com uma almofada. – Sua humana me convidou. Seja educado e... Não! – Dyson mordeu a almofada, puxando-a para trás, os dois travavam um cabo de guerra.

Soltando-a, Camila recorreu ao celular, mandando uma mensagem de voz à Jauregui. – Você se esqueceu de dizer que tem um cachorro enorme em sua casa! E por Deus, ele vai me matar! – Encolheu o pé, pois Dyson o morderia. Despistando-o, ela correu pelo corredor e subiu as escadas. Pôde escutar as unhas de o cachorro fazer um ruído, ao correr atrás dela. Entrou em um quarto grande.

Não era o de Lauren, a julgar pela simplicidade marota. A cabeceira enorme, cama na horizontal, deixava o quarto maior e totalmente alongado, as cores eram vibrantes, lindas. No alto, um lustre iluminava todo o ambiente, o cômodo contava com um banheiro simples. Camila lavou o rosto para espantar o critico estado em que estava.

Instantes após, caminhou até a sacada, abrindo as cortinas brancas de voil e deixando o ar puro e fresco entrar. Dali era possível ver o jardim e a piscina. Havia duas bolas imersas, ao canto desta. O aparador de grama estava caído de qualquer jeito, quase se afofando naquele verde imenso. O sol iluminava a metade das espreguiçadeiras, deixando-as mais branquinhas. A sacada da área de lazer estava com as portas de vidros abertas. De fora, estava um estofado branco, o material era próprio para receber sol e chuva, sem danificá-lo. Estreitando os olhos, Camila visualizou a cozinha gourmet com espelhos ao lado da churrasqueira, o espaço contava com a doce bancada americana de madeira, repleta de banquetas brancas. Lauren tinha um gosto muito sofisticado para a decoração. Absorta em sua análise local, não escutou quando a porta do quarto abriu-se. 

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