XI- Me ajude Nina.

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JÉSSICA

— VOCÊ ESTÁ saindo com o Bruno Toledo? É sério isso?

— Qual o problema?

— Nenhum. E pelo jeito você não conhece o Bruno.

— Não tenho nada sério com ele. E por que você tá dando uma de que está incomodado?

— Não estou incomodado. Você é solteira, pode sair e dar pra quem quiser por quanto tempo quiser. Só esperava um pouquinho mais de você.

— Como assim?

— Eu gostaria de meus pagamentos, mas agora vou repensar a forma de você me pagar.

— Como repensar? Você queria noites de sexo...

— Sim, mas... sendo honesto, não quero pegar nada que venha do Bruno.

— Ei! Eu não sou um objeto! E não tenho nada sério com o Bruno. Só... foi para uma campanha...

— Sério? Acha mesmo que sou criança e vou cair nessa historinha pra boi dormir?

— Pedro... façamos assim. Eu vou levar a Nina pra casa amanhã à tardinha e posso te encontrar...

— Pra que? Você continuar mentindo? Eu gosto de jogar limpo, Jéssica e você está tentando me fazer de besta! Em quantas coisas será que você não me enrolou...

— Tia Jéssica, posso ir no parquinho aqui do lado com a moça? - Nina chegou perguntando com a Rosa e a Talita.

— Olha boneca, a sua tia, já está de saída - disse o Pedro olhando pra Nina. Sério, ele chamou ela de boneca como o cretino do Peter faz?

— Me dê só um minutinho, Nina. Já vamos pra casa.

Peguei no braço do Pedro o afastando delas.

— Acho que realmente precisamos conversar. Então, me dê um voto de confiança e vamos nos ver amanhã?

— Vou pensar e te ligo.

Ele voltou pra onde elas estavam, se despediu da Nina, me cumprimentou somente com um aceno de cabeça e foi embora.

Percebi que a Nina ficou triste por não ter ido no parquinho.

— Nina, façamos assim... eu trago você amanhã à tarde, antes de te levar para casa, está bem?

— Não quero mais.

— Por que não?

— Por que amanhã não vai ter a Rosa pra eu brincar...

— Tá. Olha, o parque e o circo ainda vão ficar um tempinho, então, eu vou perguntar ao Pedro se ele não trás a sobrinha pra vocês poderem brincar, está bem?

— Promete?

— Prometo. Ao menos vou tentar.

— Tá bem - ela segurou a minha mão e fomos para o meu carro.

No outro dia, acordei me sentindo culpada, mesmo não tendo motivos para tal.

— Nina, você quer ir ao supermercado comigo?

— Já tava na hora, né tia Jéssica? Não tem nada nessa sua geladeira! - comecei a rir da bronca e da sinceridade dela. Era a cara dela falar sem filtros.

— Você me ajuda a fazer uma lista?

— Tá.

Entreguei papel e caneta a ela, ela sentou-se na cadeira da mesa da cozinha e eu comecei a ditar o que colocar na lista.

Trilogia: POR QUE NÃO? A Verdadeira Jéssica - Livro 3Where stories live. Discover now