XXVII- O plano

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EDUARDO

PERCEBI O papo entre a Jéssica e o Peter, e após um tempo, ele veio até mim, dizendo que iria levá-la pra casa, pois a mesma estava cansada e não queria me incomodar. Olhei para o Jacob que só assentiu com a cabeça, olhei pra Jéssica e disse ao Peter que não haveria problemas, bastava ela me deixar a chave do carro e eu iria depois.

Quando eles saíram da festa e já havia se passado um tempinho, Peter ligou para a Marisa, avisando da chave do carro que a Jéssica havia esquecido de me dar, ela comentou alto comigo e com o Jacob ao meu lado e disse que mandaria o Harry me levar.

— Diga que o Eduardo dormirá lá em casa - disse Jacob para a esposa, que passou a informação para o filho. Quando a mesma encerrou a chamada se aproximou de nós um pouco mais - Querida, peça para ajeitarem o quarto de hóspedes para o Eduardo.

— Jacob, eu te conheço. O que você está aprontando?

— Você vai saber logo, se tudo correr como penso.

Ela deu de ombros e saiu. Logo o evento acabou e fomos pra mansão deles. Quando chegamos, o Jacob me chamou em seu escritório.

— Sente-se Eduardo! Está muito cansado?

Sentei e fui servido de um copo com uísque.

— Pode não parecer, mas creio que está tudo andando como o planejado. Só temos que ter paciência.

— Jacob, sinceramente, no início achava essa ideia um pouco fora de contexto.

— E agora?

— Ainda acho que seu filho, quer somente se divertir com a Jéssica e eu não concordo com isso.

— Eduardo, esse noivado do meu filho é de fachada! E tenho certeza que ele não vai se casar com a Olga.

— O que te dá tanta certeza?

— Tudo que meu filho faz pra estar perto da Jéssica.

— Você fala de hoje?

— Não! Sabe ano passado, quando tive aquele infarto? - balancei a cabeça confirmando - sabe onde o Peter estava?

— No Brasil. Ele foi tratar de uns documentos com ela...

— No momento exato do acontecido comigo, ele estava na casa dela.

Fiquei admirado.

— Ele não sabe, não faz ideia dos detetives que coloco no encalço dele.

— Falando assim, parece que você não confia no seu filho.

— Como profissional, o Peter é uma sombra minha. Eu mantenho detetives no pé dele, pois antes da merda vir à tona, eu tomo uma atitude. Ele não faz ideia das roubadas das quais eu já livrei ele e consequentemente a JJohnson.

Terminei o meu uísque e ele me perguntou se eu queria outra dose.

— Não, obrigado!

— Conheço meu filho. Aquele tem mesmo sangue Johnson. Eu era bem parecido com ele até encontrar a Marisa. Uma mulher forte, determinada e com caráter. A Jéssica lembra muito a Marisa. Sei que ela mesmo errando, ela daria um jeito no meu filho.

— Tem muitas mulheres como ela... determinadas, com caráter...

— Mas a Jéssica tem uma coisinha que a faz especial.

— O que?

— Ela não vai cair fácil na lábia dele. E se eu conheço meu sangue, isso só fará ele ficar ainda mais envolvido por ela. Até quando ele perceber que não consegue ficar sem ela. No fim, acho que ela é quem vai ditar as regras. Fora que, o Peter pode ser safado, mas ele tem caráter... eu sei por exemplo que ele não ama a noiva, está com ela por conveniência e pra ajudá-la, já que sei que os pais dela queriam casar ela com um tal xeique amigo do pai. E toda a história da Jéssica, faz com que meu filho, se pergunte e não faça ela sofrer.

Trilogia: POR QUE NÃO? A Verdadeira Jéssica - Livro 3Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon