XXXVI- James, não gostei dele.

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PETER

NO OUTRO dia, acordei com o Raffael me sacudindo na cama.

— Peter, acorda!

— Não fode, Raffael. Me deixa em paz.

— Peter, são dez horas! E você ainda quer informações sobre o tal do James, não é? Temos que ter essas informações, antes do jantar dessa noite.

— Merda! - sentei na cama e olhei para o Raffa já todo arrumado - onde você foi ou vai?

— Fui tomar café e estava pesquisando na internet sobre esse tal de James Thuncson.

— Achou alguma coisa?

— Nada de interessante. Só fala que ele está recuperando a empresa dele de algum rolo, mas nada específico.

— Liga pra Gabrielly e pede pra ela fazer uma pesquisa. Se ele é de Londres e soube da C&JJ, deve ter algo na JJohnson que fale sobre ele. Meu pai sempre fez pesquisas sobre os empresários com que negociamos. Ele é jovem, mas deve ser como eu, deve estar administrando a empresa do pai ou família. O pai ou a empresa dele, já deve ter feito negócios com a JJohnson no passado pra ele querer expandir os negócios dele para além do pacífico e procurar por nossa empresa. Diga a Gabrielly que se ela precisar, entre em contato com a Margareth.

— Não seria mais fácil ligar para a Margareth diretamente? Ela trabalhou anos com seu pai.

— Sim, seria mais fácil - levantei da cama e fui para a porta, precisava voltar para o meu quarto e estava rezando que a Jéssica estivesse melhor, quem sabe dar uma pela manhã? Seria maravilhoso para começar o meu dia - mas eu quero que você fale com sua secretária gostosa.

— Respeita a garota! Ela é uma mãe de família.

— Espera... - parei na porta e olhei pra ele - Gabrielly tem filhos? - claro que eu sabia que ela tinha uma filha, eu pesquisei a vida dela, mas o Raffa não sabia que eu havia feito isso. Ainda não está pronto meu relatório que estou montando pra ele.

— Sim, ela tem uma menina pequena. Que se chama Melissa e tem quatro anos. Não se faça de besta, pois sei muito bem que você já deve saber disso.

— Que injustiça... em todo caso, ligue pra ela e peça essas informações. Tenho certeza que, com você pedindo, ela fará de tudo pra ter isso o mais rápido possível.

Saí e fui para o meu quarto. Entrei e a minha diabinha não estava na cama. Ouvi o barulho do chuveiro e fiquei tentado em entrar lá e dar um banho nela, desta vez, de verdade e passar não só sabonete naquele corpo, como minhas mãos e minha língua. Mas, me contive e deitei na cama, apanhei o telefone e liguei para recepção perguntando se ainda estavam servindo café. Fiz o pedido para um café para dois e desliguei.

Não demorou para Jéssica sair do banheiro enrolada em uma toalha e não envolta no roupão como eu esperava.

— Peter?

— Bom dia!

— Onde você passou a noite?

— Ciúmes? - ri de lado.

— Deixa de ser idiota! Eu lembro de você saindo do quarto...

— Noite passada eu passei com um homem.

Ela franziu a testa e me olhou confusa.

— Sim, Jéssica. Eu transo com homens também!

— Sério isso? - comecei a gargalhar - imbecil!

— Dormi no quarto do Raffa!

— Coitado do Raffael!

— Ele adora dormir de conchinha comigo, tá! Pra sua informação... é sempre gostoso dormir com aquele loirinho.

Trilogia: POR QUE NÃO? A Verdadeira Jéssica - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora