XVIII- Acabou.

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JÉSSICA

FOI UMA semana péssima, mas conversei com o Eduardo e com a Dri, dizendo que eu e o Pedro estávamos pensando em acabar com o namoro. Perguntaram porquê, Eduardo até queria uma razão pra não procurar o Pedro e tirar satisfações, como se ele fosse o culpado por essa separação momentânea. Mas eu inventei que a questão era o trabalho, dele e o meu... Eduardo queria me dar mais folgas e disse que o Pedro poderia deixar de ser personal... mas no fim, aceitou. Dri, ao contrário do Eduardo, percebeu que havia outra razão.

— Ele que pediu esse tempo ou você? - ela me perguntou quando ficamos a sós.

— Ele.

— Então já sei qual a razão, o Peter, não é?

— Eu não tenho nada com o Peter, eu juro!

— Mas ele, aparentemente, mexe com seu juízo e acho que o Pedro percebeu.

— O que eu faço?

— Olha, eu gosto do Eduardo e já gostava dele quando o Carlos entrou novamente em minha vida. Acha que não fiquei confusa? Carlos é um doce e estava ali, à minha disposição, enquanto o Eduardo teimava comigo. O que eu quero dizer é ... Pedro é o Carlos da história e o Peter é o seu objeto de desejo... mas ao contrário do Eduardo, ele parece não querer fugir de você.

— Mas ele é comprometido, Adriana.

— Então se imponha. Se você o quer... deixe claro o que ele tem que fazer pra ter você.

— Eu quero distância dele.

— Tem certeza?

Fiquei parada pensando.

— Ainda tenho esperanças que o Pedro vai voltar e não vamos terminar.

— Tomara. E tomara que seja o suficiente.

Naquele dia, voltei pra casa, tomei um bom banho demorado, coloquei um pijama bem leve e confortável, apanhei uma garrafa de vinho e uma taça, me sentei pra assistir um filme qualquer na TV.

Acabei o vinho, coloquei a taça na mesinha de centro e me deitei, comecei a cochilar, mas fui acordada com a campainha tocando.

Levantei esfregando o olho e olhando o horário... 23:33. Abri a porta e o Pedro entrou.

— Desculpe vir essa hora. Mas acho que você deixou o celular silencioso, já te liguei inúmeras vezes. Fiquei preocupado de você não atender e vim ver se você estava bem.

Não sei se já havia bebido demais, só sei que me joguei nos braços do Pedro e o beijei.

— Saudade de você!

— Jéssica...

— Não me deixa! Pedro... eu gosto demais de você.

— Jéssica... vem aqui - ele me pegou no colo e me levou até meu quarto - quanto você bebeu, moça?

— Eu não sei...

Ele me colocou na cama e sentou ao meu lado. Eu comecei a chorar, lembrando do fato que ele era um homem incrível e eu estava perdendo ele por ser idiota e ficar balançada pelo cretino do Peter.

— Não chora - ele fez carinho em meu rosto e limpou minhas lágrimas - me dói ver você assim, eu queria muito, de verdade... cuidar de você.

— Então cuida...

— Mas eu preciso pensar em mim também. E eu tô cada dia mais envolvido... preciso me afastar agora, enquanto ainda tenho forças pra isso.

— Não me deixa...

Trilogia: POR QUE NÃO? A Verdadeira Jéssica - Livro 3Where stories live. Discover now