LIII - Tentei, mas não consigo.

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PETER

AS ÚNICAS vezes depois daqueles dias de sexo em que vi minha diabinha, foram em reuniões horríveis. Para meu azar, nesse último mês foram muitos contratos que a empresa recebeu, e você me pergunta

Mas isso não é bom?

Seria se isso não nos mantivesse tão separados como a terra da lua.

Quando eu não estava viajando à negócios, era ela quem viajava. O lado bom disso tudo é que isso mantinha também aquele projeto de James Bond, bem longe dela.

Cheguei de viagem ontem, descansei e no dia seguinte, um sábado, não resisti e fui em busca dela.

Sim, eu já estou totalmente fodido!

Como sempre, adentrei ao seu apartamento e ela não se encontrava na sala ou na cozinha. Eram 8:24 da manhã, imaginei que ela poderia estar já acordada, mas errei. Na verdade eu também poderia imaginar que como ela anda viajando bastante por conta da empresa, deve estar exausta e querendo dormir um pouco mais.

Fui até o quarto, só para ter certeza que ela estava em casa, e me vi sorrindo como um idiota ao notar ela seminua na cama, de bruços. Encostei a porta do seu quarto e fui para a cozinha. Abri sua geladeira e pra minha surpresa, estava cheia.

— Olha só, Afrodite fez compras!

Peguei uma maçã, uma pera, uma banana, uma tangerina, uma laranja, uvas e coloquei tudo dentro da pia. Abri seu armário apanhando o pote escrito café, tirei uma cápsula de dentro, colocando na cafeteira e uma xícara logo abaixo para aparrar o líquido negro.

Abri todas as portas dos armários em busca de uma bandeja, até que encontrei. Coloquei um pires, uma colherinha, um pratinho pequeno, dentro da bandeja voltei até a pia e higienizei as frutas, logo em seguida apanhei uma tigela e fui picando as frutas e colocando dentro. Quando terminei, apanhei uma taça pequena e coloquei um pouco das frutas e espremi a laranja dentro. A cafeteira terminou seu serviço e coloquei também a xícara com o café, no pires já previamente dentro da bandeja. Ao lado da xícara e da colherinha, coloquei um pequeno torrão de açúcar. No pratinho coloquei uma fatia de torrada com creme cheese em cima e uma fatia de presunto de parma. Olhei em volta e achei um vaso com flores sobre a mesa, fui até lá e apanhei uma rosa de cor rosa bebê e coloquei no meio da bandeja. Retirei meus sapatos, os deixando no tapete da sala, apanhei a bandeja que havia deixado sobre o balcão da cozinha e fui para o quarto acordar minha deusa Afrodite.

Empurrei a porta devagar com o meu corpo. Caminho lentamente até a cama, observando ela linda com somente um lençol cobrindo parte de suas pernas e sua bunda. Seus cabelos espalhados pelo travesseiro e colchão e ela ali, serena. A luz do sol entrava suavemente ao quarto, atravessando as cortinas claras com estampa de flores. Olhei para a janela que estava aberta e conforme a brisa suave soprava, a cortina se movia e um ou outro raio solar passava furtivamente, vindo tocar a pele linda dela sobre a cama. Aquilo parecia uma visão do paraíso.

Apoiei a bandeja no puff tipo sofá aos pés da cama, e dei a volta ficando de frente ao rosto dela. Me agachei e devagar fui colocando mecha por mecha que ainda estava no local errado pra mim.

— Não canso de ver o quanto você é linda! - sussurrei pra ela. E assim que tive toda sua beleza revelada pra mim, comecei a acarinhar seu rosto - bom dia, Afrodite!

— Hummm - ela suspirou profundamente e abriu apenas um olho e me sorriu, voltando a fechar o mesmo logo em seguida.

— Ei preguiçosa

— Bom dia Peter? - ela abriu os olhos e se assustou. Eu espalmei as mãos para que ela não se assustasse.

— Calma, sou eu!

Trilogia: POR QUE NÃO? A Verdadeira Jéssica - Livro 3Where stories live. Discover now