LXIV- Bem-vindo Joaquim!

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JÉSSICA

NOSSA LUA-de-mel foi maravilhosa. Fomos para Bali e o louco do Peter fechou um hotel só pra nós dois.

E ele, louco como era, passou cinco dos sete dias que passamos lá, completamente pelado. Ele pediu para deixar alimentos e tudo que iríamos precisar por uma semana. Assim, ele cozinhava e ficamos ali, bem à vontade, ele mais que eu.

— Você vai mesmo ficar nu?

— Como vim ao mundo. Me conectar com a natureza e com você, Afrodite.

Foram dias maravilhosos. O sexo então melhor nem comentar. Como ele consegue ser tão gostoso? O Peter me dá prazer de várias formas, até de maneiras inusitadas e que eu nem imaginei que seria capaz.

Quando voltamos para Nova Iorque, além de estarmos bem bronzeados, estávamos revigorados. Sim, confesso que também fique ao natural por uns dois dias, mas já quase no fim de nossa estadia.

Fomos direto para meu apartamento. O Peter vendeu a casa dele, e enquanto a outra não fica pronta, ficaremos aqui.

Escolhemos uma casa no mesmo condomínio em que moram os pais dele. Eu preferia em um local mais afastado, mas o Peter explicou o porque ele não queria ficar muito longe do pai, já que o médico da família disse que o Jacob após ter tido um enfarte e colocado duas pontes de safena, precisava se cuidar. E mesmo eu sempre tendo uma ideia errada sobre o Peter, agora, após conhecer mais ele, descobrir que ele é um ótimo filho.

Até agora, como marido ele está sendo incrível.

— Tô com vontade de comer feijoada. Igual a que a Dri faz.

— Caramba Jéssica, como eu faço pra trazer ela aqui só pra fazer essa bendita feijoada?

— Deixa pra lá foi só um desejo bobo - na verdade eu queria mesmo comer feijoada, não da Dri, qualquer feijoada. Mas eu não poderia não me aproveitar que ele estava fazendo qualquer coisa para me agradar. Resultado? Umas três horas depois, Peter me chega em casa com três marmitas com feijoada e acompanhamentos - onde foi que tu achou?

— Coma primeiro e diga se está do seu agrado.

Ele abriu as marmitas e uma delas tinha feijoada, em outra arroz e couve, e a terceira com farofa, torresmo e laranja em rodelas.

Fiquei muito surpresa, ele colocou uma porção de cada coisa num prato e me entregou. Comecei a comer como se fosse uma desesperada.

— Nossa isso aqui tá muito bom! Não é da Dri com certeza, mas é bem parecida e muito gostosa. Onde achou?

— Tá boa mesmo, meu amor?

— Humrum.

— Eu que fiz.

— Mentira.

— Juro.

— Como assim? Desde quando você sabe fazer feijoada?

— Bom, é pra isso que serve a internet.

— Vai me dizer que foi você quem fez, seguindo algum vídeo no Youtube?

— Não. Minha mãe me ajudou a encontrar os ingredientes e - ele fez uma pausa dramática.

— E? - perguntei de boca cheia.

— Chamada de vídeo com a senhora Linhares. Ela me ensinou passo a passo.

— Eu já disse que eu te amo?

— Tá tão romântica essa cena. Você dizendo que me ama, com a boca cheia, cuspindo farofa e com um pedaço de couve no dente. Você tá tão linda

Trilogia: POR QUE NÃO? A Verdadeira Jéssica - Livro 3Where stories live. Discover now