XXV- Olá Nova Iorque!

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JÉSSICA

QUANDO DESEMBARQUEI no aeroporto de Nova Iorque, peguei minhas malas e saí, encontrei um cara com um papel escrito "Srta. Gomes". Caminhei com o carrinho com as malas até próximo do cara, ele me olhou de cima a baixo e perguntou:

— Miss Jéssica Gomes? (Senhorita Jéssica Gomes?)

— Yes.

— I'm Harry, Mrs. Johnson's driver. She asked me to accompany her. (Sou Harry, motorista da senhora Johnson. Ela me pediu para acompanhá-la).

— Oh meu Deus, não havia necessidade para isso.

— Sorry, I did not understand. (Perdão, não entendi).

— Is nothing. Excuse me. Can we go then? ( Não é nada. Desculpe. Podemos ir então?)

Ele assentiu com a cabeça e apanhou o meu carrinho com as malas e fomos caminhando para o estacionamento. Não demorou para estarmos rodando pelas ruas movimentadas da grande cidade. Pouco depois, ouvi ele falar algo e perguntei "o que?", ele apontou para seu ouvido e notei um fone no mesmo. Quando encerrou a chamada, ele me disse que era a senhora Marisa ligando para saber se eu já havia chegado. Ele estava chegando ao prédio, quando recebeu nova ligação. Parou o carro no estacionamento subterrâneo, tirou as malas do carro e levou até o elevador, eu ajudei, claro. Porém, quando entrei no elevador ele me avisou que não iria me acompanhar até o meu andar. Fiquei pensando em como eu iria sair do mesmo com quatro malas. Sorte que o elevador era privativo. Eu sairia com uma e tiraria as outras com calma. O som do mesmo me avisando da chegada ao meu andar se fez sentir e quando as portas se abriram, eu coloquei uma mala impedindo que a porta se fechasse e tirei as outras três. Assim que esse trabalho estava concluído, peguei a última mala, deixando as portas se fecharem. Retirei a chave do apartamento da minha bolsa e coloquei na fechadura, abrindo a mesma. Passei pela porta puxando a primeira mala, depois apanhei as outras pra só então observar a linda sala do meu novo lar.

— Seja bem-vinda, Afrodite!

Olhei incrédula para o Peter vindo até mim, com um lindo buquê de flores em mãos.

— Peter? Como você...

— São pra você! - ele me estendeu o buquê - ainda não sei quais são as suas flores preferidas, mas ouvi dizer que rosas, tulipas e copos-de-leite, sempre agradam.

— Obrigada! Mas como você...

— Como entrei? Não importa. Queria estar aqui para lhe receber - ele deixou o buquê em minhas mãos e passou por mim, pegando duas malas e indo em direção à suíte principal da casa.

Fui até a cozinha e coloquei o buquê dentro da pia, voltei à sala e apanhei as outras duas malas e fui para a suíte também.

— Como você entrou e como sabe onde fica a suíte principal?

— Não importa como entrei. E quanto a saber sobre cada cômodo da casa... foi o Raffael quem fez toda a adaptação e reforma de alguns espaços. Eu vim aqui com ele várias vezes, me certificar que estava tudo perfeito - ele olhou pra mim e senti meu estômago queimar - se algo não lhe agradar, pode me dizer e eu falarei diretamente com o Raffa. Você quer ajuda para... - ele apontou para as malas.

— Vai me dizer que você também organiza closets?

— Não. Mas tenho quem faça isso, de modo profissional. Inclusive, ele foi responsável por organizar as suas coisas que chegaram pela transportadora. Mas você sabe que pode dar o seu toque pessoal sempre.

— Eu vou olhar com calma.

— Mas se precisar de ajuda com as malas, eu ajudo. Não sou um imprestável. Tenho os meus dotes... ou se diz dom?- ele sorriu de canto.

Trilogia: POR QUE NÃO? A Verdadeira Jéssica - Livro 3Where stories live. Discover now