XXX- Eu te mato, Peter!

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JÉSSICA

FIQUEI PASMA, não consegui entender. O Peter fez questão de me trazer em casa e não quis subir e nem tentou nenhuma gracinha. E o fato dele dizer que iria "bater uma" pensando em mim, me deu aquele alerta. Eu já estou começando a sentir que aquela fase de querer só sexo está voltando. E saber que ele iria se "aliviar" pensando em mim, me fez pensar nele seminu.

Larguei minha bolsa e chaves em cima do sofá e fui direto para o chuveiro. Tomar uma chuveirada e me tocar até aquele tesão passar.

— Preciso de um homem... essa coisa de usar a mão não dá.

No outro dia, acordei com meu corpo em êxtase... sonhei transando com o cretino do Peter.

— Inferno! Não vou me masturbar outra vez, me nego a isso.

Levantei, tomei um bom banho gelado e fiquei observando meu banheiro e não entendia o porquê havia duas duchas naquele banheiro. Me vesti, tomei um café sem açúcar e fui para a empresa.

Eram 11:23 quando ouvi um pigarro e levantei meu olhar para a porta, vendo o cretino dos meus sonhos, parado nela.

— O que você quer?

— Bom dia, pra você também.

— Não fode! O que você quer?

— Tá de mal humor? - ele entrou, fechando a porta atrás de si e sentou-se em minha frente - não gozou?

Respirei fundo e voltei meu olhar pra tela do computador, tentando ignorá-lo. Peter se ajeitou na cadeira, colocando os pés apoiados em minha mesa, me fazendo olhar pra ele novamente.

— Dá pra tirar os pés? - apontei para os mesmos apoiados na mesa.

— Ah... me senti tão à vontade...

— Você não está na sua casa, nem na sua sala.

— Você realmente está de mau humor, o que me faz pensar duas coisas... - parei de teclar, cruzei os braços e olhei pra ele esperando ele terminar o que dizia - Uma... - ele me mostrou o dedo indicador em sua contagem - você está com fome de sexo e Duas... fome de comida.

Sorri nasalado.

— Posso matar as duas fomes, mas... no momento eu sei que você se satisfaz com sua mãozinha e seus dedinhos delicados... então vou te alimentar. Vem, vamos comer que já é quase meio dia.

Eu resolvi seguir o idiota do Peter até meu carro e entrei, ele entrou logo em seguida.

— Onde você pensa que vai?

— Que feio, vai comer e não vai me levar? Vai me negar um prato de comida? Logo a mim, que já te alimentei algumas vezes.

Respirei pesado e decidi não discutir. Liguei o carro e partimos para uma lanchonete.

— Ah não! Jéssica vamos comer comida de verdade... a não ser que você veio buscar uma vitamina e vai me privilegiar em ver você bebendo ela e ficando com aquele bigodinho, só para eu limpar com a língua.

Nem respondi, dei a volta partindo dali em direção a um restaurante e ele gargalhou ao ver minha reação.

Quando chegamos no restaurante, ele pediu uma mesa bem no fundo. Discreta e afastada, assim poderíamos ter paz, só não lembrei que perto dele isso não existia. Fizemos nossos pedidos e fomos servidos de um bom vinho branco. O garçom saiu nos deixando a sós e logo o cretino começou a falar.

— Tenho certeza que seu mal humor é falta de sexo.

— Como tem tanta certeza?

— Fico igual quando eu não gozo. Mas tem certos momentos em algum período do ano que eu fico... como se diz... no cio?

Trilogia: POR QUE NÃO? A Verdadeira Jéssica - Livro 3Onde as histórias ganham vida. Descobre agora