XLVI- Conte a verdade para a Tinkerbell e tire o meu da reta

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PETER

FOI UM grande susto. Meu medo estava ligado ao fato daquele bandido machucar a pequena Mel. Eu adoro criança, e ela é adorável. Como pode uma criança tão doce, ser filha de um idiota como aquele?

Assim que saímos do hospital, convenci o casal que era melhor ficar em minha casa. Além de ser dentro de um condomínio com bastante segurança, o segurança que estava acompanhando a Melissa, também nos acompanhou, ficando de guarda na porta.

A Olga está em Londres e mesmo o Raffa querendo ligar pra ela, pra avisar, eu não deixei. Melhor manter o mínimo de pessoas envolvidas nesse assunto. Meus pais só ficaram sabendo do ocorrido, pois o Raffa deu com a língua nos dentes, como diz minha mãe. Ele justificou dizendo que ficou nervoso. Fiquei muito surpreso ao acordar com aquela vozinha doce da pequena Tinkerbell. Já estou tão acostumado a estar sempre sozinho nessa casa ou só com a companhia da Olga ou da Donna, que pra mim, aquilo foi uma novidade.

— Tio Peter cadê a mamãe?

— Oh Tinkerbell, eu vou levar você até ela, tá bom? - levantei da cama e peguei a pequena no colo e fui para a sala.

De verdade, não esperava encontrar a Afrodite na minha casa. Aquilo foi uma grande surpresa pra mim. Mas mesmo ela disfarçando que não ficou preocupada, não dando o braço a torcer e indo embora, eu senti que aquilo mexeu com ela. O que aconteceu comigo também.

Assim que ela saiu, eu subi a escada de volta para o meu quarto e o Raffa me acompanhou. Entramos no quarto e fui até o closet buscar uma camiseta pra usar, já que estava frio.

— Peter, a Olga já sabe?

— Já disse a você que não é pra incomodar ela com esse assunto!

— Não estou falando do seu atentado - olhei pra ele, passando a camiseta pela cabeça.

— Do que você tá falando então?

— Da Jéssica!

— O que tem ela? - tentei ignorar, voltando ao que eu estava fazendo e evitando olhar para ele.

— Você tá apaixonado por ela!

— Você tá vendo chifre na cabeça de um cavalo!

— Não use esses ditados em português, que eu não entendo!

— Estou dizendo que você está vendo coisas que não existem!

— Então esse cavalo é um unicórnio. Tem chifre e bem aparente. Tá na cara que você tá gostando dela.

— Já disse a você quero somente transar com ela. Só sexo nada mais que uma trepada!

— Isso, continua falando, talvez você se convença disso! Eu vi sua reação quando ela foi embora.

— Raffael, é óbvio que eu queria que ela ficasse. Seria mais uma chance que eu teria de tentar foder com ela!

— Não precisa usar esse linguajar comigo, nem se fazer de cafajeste e idiota. Eu conheço você!

— Eu não vou ficar debatendo isso com você! - passei por ele voltando pra sala, meu intuito era ir pra cozinha comer alguma coisa.

— Olha, se você tá gostando dela, não é melhor falar pra ela?

— Mas eu não estou GOSTANDO dela, Raffael Parker!

— Sei...

— Eu acho que a conversa aqui, deveria ser outra - melhor tirar o foco de mim.

— Como assim?

— Você, e a senhorita Campbell! Não acha que tá na hora de você assumir o seu namoro com ela? - falei chegando até a cozinha.

Trilogia: POR QUE NÃO? A Verdadeira Jéssica - Livro 3Where stories live. Discover now