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POV's Kirsten

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POV's Kirsten

Já era noite, eu havia me arrumado para a festa, eu não poderia faltar nem que quisesse. Eu inerentemente chamei Marco para ir comigo, mas ele bateu o pé dizendo que não iria. Ele não era do tipo que gostava de festas, mas ele sempre me acompanhava e me mantinha sóbrio na medida do possível, não sei o que seria de mim sem o Bodt.

Entrei novamente no quarto do meu amigo e o encarei de forma pidona. Não acredito que justo hoje ele não vai estar comigo. Ele me encarou tedioso e apontou para si mesmo, ele estava de pijama e ainda usava aquela bota ridícula para imobilizar o pé.

— Maldita torção que me roubou você! — Comentei cruzando os braços, roubando uma risada do moreno.

Muitas pessoas acham realmente que sou apaixonado pelo Marco, mas várias vezes eu sonhei com o moreno morto de forma brutal, era um pesadelo recorrente quando tínhamos alguma discussão, eu sempre o encontrava com metade do corpo arrancado, eu realmente temia muito perder ele, os sentimentos daquele sonho eram totalmente palpáveis. Eu já havia perdido meu irmão de sangue, não poderia perder o irmão que ganhei.

— Não seja dramático. Você pode ficar com nossos amigo, e tem a Emi. — Ele arqueou a sobrancelha e me encarou. 

— O que tem ela, ela quer você seu maluco, nem me olha assim! — Falei defensivo. Ele não se esquece do dia em que disse que esqueceria a Mikasa com a primeira garota que me aparecesse, e aí aquela garota apareceu. Ele não fala nada na frente dela, mas vive me enchendo a paciência com isso.

— Você acha que porque me dei bem com uma garota eu tenho que casar com ela, não seja assim. Eu gosto da amizade dela, e assim como eu ela não veio de berço de ouro, eu me sinto mais livre perto dela. — Ele comentou sorrindo. O encarei indignado quanto a fala, o conheço desde que era moleque e ele me vem com essa.

— Garoto, te conheço há mais de uma década e você se sente livre só com ela?! — Cruzei os braços e fiz questão de exibir um pouco de drama. Eu não consigo evitar.

— Jean, ela não é filha do patrão da minha mãe e muito menos fez caridade para mim, eu sou grato a seu pai por tudo, mas fico sem jeito quando estou com vocês, não estou dizendo que não me sinto assim com você, mas com ela eu posso ser eu pelo menos cem por cento do tempo. — Ele admitiu. Sorri fraco com seu comentário e não evitei de concordar. Meu pai poderia ter ajudado ele, mas não gostava muito que eu andasse sempre com o Marco, mas desde que Jake morreu eu passava ainda mais tempo com ele.

— Você tem razão. E sinto muito pelo meu pai às vezes. Eu vou indo, se eu não receber pelo menos os colaboradores meu pai vai me fazer ficar lambendo saco daqueles caras. — Falei caminhando até a porta e mandei um beijo no ar para o moreno que negou com a cabeça gargalhando.

(...)

Devo ter passado pelo menos meia hora com meu pai e alguns colaboradores. Eu não odiava aquelas pessoas, alguns eram pais de amigos, mas outros eram irritantes demais, ao ponto de proporem suas filhas para serem minhas noivas, as vezes eu odeio o fato de ter ficado com a atenção que Jake tinha, mas não podia reclamar, meu irmão merecia que eu assumisse aquilo. Depois de conversar com todos e ouvir coisas agradáveis e desagradáveis eu recebi um aceno do pai, que era o meu sinal de liberdade.

Peguei duas taças de champanhe que vi um dos garçons oferecerem e tomei uma atrás da outra, deixando as taças em outras bandejas. Sai da área restrita aos colaboradores e fui para parte onde estavam as pessoas da instituição. Fui cumprimentando alguns que falavam comigo, e fugindo de outros, pode não parecer, mas eu odeio toda essa atenção, mas não posso ser rude com as pessoas por isso, então tenho que encarar tudo com um sorriso.

— Oh.. olá Jean. — Ouvi a voz de Mikasa e pude sentir meu estômago revirar. Eu ainda gostava dela, não negaria isso, o que tivemos foi rápido, aconteceu muito rápido, e da mesma forma acabou. Ela decidiu que em um momento me queria, e logo em seguida não queria mais.

— Olá. — Sorri sem graça e passei a mão na nuca desconfortável. Ela me tratava como um amigo qualquer, e isso doía muitas das vezes, mas ela parecia não ver aquilo e não deixava de me tratar bem.

— Tudo bem com você? — Ela perguntou num tom cuidadoso. Ela costumava ser uma pessoa séria, mas ela se importava com coisas pequenas, e aquilo me fez ficar apaixonado.

— Estou tentando ficar. — Sorri fraco e encarei a morena que aquiesceu sutilmente, prestes a se afastar. Pouco atrás dela eu pude ver a Emi, e então tive a brilhante ideia de unir o útil ao agradável.

Fui até onde estava Emi e de costas para Mikasa, me aproximei da garota e fiquei a poucos centímetros do seu rosto. Vi ela fechar os olhos rapidamente, e um pouco assustada, eu estava tão próximo a ela que pude sentir nossos lábios roçarem brevemente e senti a respiração quente da menor bater em meu rosto. Me afastei vendo que havia tudo uma péssima ideia é percebi que Mikasa já havia se afastado de nós dois.

— Me desculpe por isso. Eu estava apavorado e achei isso uma boa ideia, não queria te deixar desconfortável! — Falei me afastando totalmente e falei sentindo meu rosto esquentar. Ela também estava corada, mas não parecia brava.

— Bom, você não encostou em mim de fato, acho que tudo bem, mas, quer me explicar o porque disso? — Ela cruzou os braços e me encarou arqueando a sobrancelha. Não evitei analisá-la de baixo para cima e percebi como ela estava bonita vestindo um vestido preto colado, com uma fenda ao lado da perna, junto da maquiagem que ressalta a cor dos seus olhos e um penteado meio preso e meio solto. Ela estava linda.

— Oh.. Mikasa. Ela estava falando comigo e eu surtei. Achei que se ela me visse beijando uma garota que ela não conhece a deixasse com ciúmes, não sei o que realmente se passou na minha cabeça. — Sorri sem jeito. Encarei a morena, e ela apenas sorriu divertida e me deu um tapa na testa.

— Esquece isso, ainda bem que te achei, a Sasha realmente foi atrás do cozinheiro, mas com toda razão, ele é um gato. E Connie sumiu, acho que vamos ter que beber juntos, cara de cavalo. — Ela sorriu divertida e me puxou pelo braço.

— Tem certeza? Eu acabei de tentar beijar você, e não vai ficar brava? — Perguntei estranhando um pouco toda aquela calma. Eu não a conhecia a tanto tempo para perceber que ela era esquentadinho.

— Jean, você não tentou, e não beijou, tudo bem, e eu não estou sóbria o suficiente para te xingar, então relaxa aí, eu falei que ia ajudar você a não fazer besteira, mas se ela acreditou que nos beijamos nem corre o risco de você fazer alguma coisa. — Ela comentou sorrindo fraco. Ela não parecia ter bebido muito, na verdade parecia totalmente sóbria, mas não podia dizer que ela estava mentindo, talvez só estivesse tentando não deixar as coisas estranhas entre nós.

oi meus amores, vocês estão bem?

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oi meus amores, vocês estão bem?

eu gosto muito desse capítulo, a partir daqui a amizade desses dois vai mudar, eles vão ficar bem próximos, ai gente eu tô amando escrever essa fic.

Monster Among Men - Shingenki no Kyojin Where stories live. Discover now