XVI

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POV's Jaeger

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POV's Jaeger

Passar o dia em casa com meu pai foi muito bom. Não esperava que fosse me divertir tanto apenas com conversas jogadas fora. Eu sempre tive em mente que meu pai poderia não terminar o tratamento e acabar morrendo, mas sempre ignorei. Só agora consigo ver como momentos assim valem, o sorriso dele no rosto, a expressão alegre, guardar isso na mente com certeza vale mais que guardar informações sobre uma empresa. Eu precisava valorizar aquilo, precisava valorizar meu pai enquanto vivo.

O dia foi inteiramente bom, pude brincar com meu pai, ouvir ele contar piadas idiotas e se encantar com Jean. Não estava nos meus planos, mas meu pai acabou ganhando outro rapaz em sua vida, e ele pareceu gostar, aquilo fazia a mentira até valer. A pior parte, com certeza foi saber que eu reprimi um sentimento que era mútuo, eu me senti culpada, boba, cega, mas talvez aquilo precisasse acontecer. Eu saí de casa me sentindo uma completa idiota, pensei que nunca me sentiria assim em relação a Armin, eu sabia que não o teria, mas poderia ter tido, mas se isso acontecesse, talvez eu não acabasse rindo do comentário de Jean e não acabaria beijando ele por pura fragilidade.

Eu percebi o que havia feito só depois de ter feito. Parece bobo, mas eu só senti que deveria fazer e fiz. Eu não vou dizer que me arrependo, mas talvez me arrependa de ter feito isso nesse momento em que eu estou vulnerável, ele pode se sentir usado, ou até mesmo uma segunda opção ou algo do tipo. Jean era tão quebrado quanto eu e agora eu agi sem pensar nele.

— Me perdoe! Eu acabei com a nossa viagem! — falei com as mãos sobre meu rosto e me senti extremamente envergonhada. Eu nunca havia beijado alguém, e mesmo sendo um selinho, provavelmente não deveria ter acontecido.

— Tudo bem. Você fez isso porque ouviu o que precisava, não se preocupe, isso não muda nada entre a gente. — Aquilo era mentira. Mudaria totalmente, o tom de voz dele denunciava como ele estava mal perante a situação. Agora eu passaria uma hora sentada ao lado dele sabendo que o beijei.

— Jean, você está dizendo algo mas eu vejo outra coisa nos seus olhos. Não quero mesmo que as coisas fiquem estranhas! — Falei observando ele ligar o carro e dar partida. Era uma ótima forma de evitar me encarar.

— Emi, você fez isso porque está chateada, está vulnerável e fui o melhor acesso a isso, se fez te sentir melhor, tudo bem, não ligo em ser um consolo! — Ele falou num tom carregado de escárnio e me encarou rapidamente. Ele parecia irritado com a situação.

— Não é como se você morresse de amores por mim, me tratou da mesma forma quando fingiu me beijar na festa, no mínimo deveríamos estar quites, e não brigando. Pelo menos aquele beijo não é mais uma mentira, pode contar a Mikasa quando chegar lá! — Confesso que acabei me deixando levar pela raiva, e me arrependi de colocar minha amiga no meio, eles estavam bem e eu estava colocando tudo na mesa outra vez.

— Você tem que me colocar na mesma posição que você não é. Eu não me importo com essa porcaria de beijo, estou dizendo exatamente isso para não deixar as coisas estranhas. Você quem está deixando isso como se fosse um problema, a um mês você disse que me beijaria, agora você beijou, um selinho mas aconteceu, realizamos sua vontade e tornamos a mentira verdade. — Ele comentou tentando manter a calma e então eu mordi o lábio envergonhada pela situação que criei.

Monster Among Men - Shingenki no Kyojin Where stories live. Discover now