Monster Among Men - Shingenki no Kyojin

XXXVIII

⚠️ Menção à suicidio. Violência. Possíveis gatilhos.

POV's Kirsten

Eu estava indo de encontro com o detetive que havia contratado para investigar acerca da morte do meu irmão e as ordens do meu pai para o crime. Geralmente nos falamos por telefone sobre coisas menos importantes, mas o que parecia era que o assunto era de extrema importância, e eu estava com um mal pressentimento quanto aquela conversa.

Enquanto dirigia até o bar que havíamos combinado nos encontrar, se passavam mil coisas na minha cabeça. Se meu pai soubesse que eu estava investigando a morte de Jake, se ele tivesse comprado o detetive antes de eu decidir contratar ele, meu pai nunca estava por perto, mas ele sabia de tudo que acontecia aos arredores, ele era quase onipresente.

— Merda, eu estou cavando minha própria cova. — Bati minha mão na lateral do volante e neguei com a cabeça enquanto prestava atenção ao trânsito.

Demorou um pouco até que eu encontrasse uma vaga, o bar era bastante isolado, mas em compensação ele estava extremamente cheio. Alex, o detetive, sempre combinava numa mesma biblioteca para nos encontrar, me surpreendi com a mudança radical do local e chegar aqui não fora diferente.

Caminhei até a entrada e me revistaram antes de me cobrar para entrar. Chequei meu celular e na mensagem do detetive havia o lugar exato onde ele se encontrava. O lugar era bastante espaçoso, a música estava alta e havia inúmeras luzes coloridas, me senti alvo de olhares mas ignorei e procurei a tal área VIP onde estava Alex e vi ele em uma mesa depois de um cordão vermelho, e mais uma vez fui obrigado a esperar para entrar, dei meu nome ao homem que barrava entrada de algumas pessoas e suspirei aliviado por não ter mais tanta gente ao meu redor, me sentia uma sardinha.

— Esse lugar é um inferno, eu sei. — Ele falou antes de me cumprimentar com um aperto de mão e um abraço de lado. Alex é naturalmente latino, o que explica o jeito meio relaxado, mas tinha competência, prova disso era o fato de morar no Japão e ser um dos melhores no serviço.

— Ainda não entendi porque me chamou para um bar. — Falei o encarando ainda em dúvida, então ele colocou uma pasta sobre a mesa.

— Depois de uns dias sem conseguir muita coisa, entrei em contato com um dos homens que seu pai contratou e consegui muita coisa interessante, mas acho que você vai ter motivos para se irritar com seu irmão. — Ele me entregou uma folha com os nomes e fotos de dois homens que tinham uma ficha criminal totalmente perdoada, e haviam várias acusações.

— Não entendi onde entra motivos para me irritar com meu irmão. Isso aqui só mostra que meu pai realmente buscou o pior para acabar com o próprio filho. — Falei jogando os papéis de volta para ele. Eu me sentia irritado, mas por parte do meu pai.

— Eu não quero te dizer nada sem mostrar que tudo foi bem mais planejado do que parecia. Seu pai de fato armou para seu irmão morrer, esses dois eram os caras que deveriam matar seu irmão, mas olha, seu irmão foi mais esperto, ele sabia o que seu pai estava planejando, ele pagou esses caras para mentirem para seu pai, eles não fizeram absolutamente nada com seu irmão, eles disseram para seu pai que fizeram o serviço, de fato encontraram um corpo, mas eles haviam pego no necrotério, e como seu pai quem fez o reconhecimento do corpo, e ele não fez mandou o assistente, e  por dinheiro qualquer um mente, então eu fui atrás dele, e ele confirmou que o seu irmão está escondido desde a suposta morte, e por isso estamos aqui. Se você olhar para trás, vai ver que não estou falando besteira. — Eu escutei atentamente cada palavra, mas ouvir que meu irmão estava vivo me fez sentir um aperto no peito, aquilo não era possível. Conforme ele contava tudo, mostrava fotos e falava tudo com muita certeza, eu me senti traído, me senti um idiota, meu irmão era capaz o suficiente de fazer algo assim.