XLII

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POV's Kirsten

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POV's Kirsten

Acho que meu maior inimigo sou eu mesmo. Eu me sinto totalmente descartável nesse momento, e minha mente grita fazendo questão de me chamar de "imprestável". Parece que quando em algum momento eu estou feliz, uma merda precisa acontecer, descobrir que meu pai quem mandou matar meu irmão foi como um soco em meu estômago, por mais babaca que meu pai possa ser, eu não imaginei que chegaria a isso.

Meu irmão não parece se importar muito com alguém que não seja o reflexo do espelho, não sei como vou conseguir algo concreto contra meu pai, ameaçar meu irmão é uma opção, mas talvez eu não tenha muito êxito nisso, ele pode acabar decidindo fugir outra vez, aí sim eu estaria perdido.

— Quer mais um, chefe? — O barman me perguntou com a garrafa de Whisky em mãos, apenas aquiesci com a cabeça e virei outro copo sentindo o líquido queimar meu peito e minha cabeça parecer girar.

— Eu sabia que te acharia aqui, você 'tá um lixo. — Ouvi a voz do Marco e quando virei um pouco para o lado vi meu amigo me encarando.

— Parabéns por me achar. Me impressiona que estivesse procurando. — Falei sorrindo divertido. Eu sinto que estou bêbado, mas não defini o tanto, já que estou sentado.

— Mesmo que tenha se afastado, não posso evitar. Emi me contou sobre Jake. No seu lugar eu também estaria enchendo a cara. — Ele falou sorrindo abertamente. Sorri fraco por vir o sentimento de antes quando éramos só nós dois. Ele sempre esteve comigo.

— Marco, eu te amo demais sabia. — Falei segurando o rosto dele e ele pareceu me olhar de forma duvidosa.

— Chega de bebidas para você. Vamos, a Emi vai estar lá te esperando. — Ele entregou meu copo ao rapaz gentil que me servia e pegou o celular digitando alguma coisa muito rápido. Emi, eu expulsei ela do meu quarto, será que ela não ficou brava?

— Ela não 'tá puta comigo? Eu fui meio babaca com ela, quem manda a namorada ir embora depois de ter chamado ela e ter passado a noite juntinhos. Caraca, uma pessoa burra faz isso. Eu fiz. — Falei apenas o que me vinha à mente e cheguei à conclusão de que não estava sóbrio, minha parte consciente não passava de uma vozinha na cabeça, essa mesma que eu 'tô testando.

(...)

Parece que demorou chegar no meu quarto. Marco arrancou minha blusa e me enfiou no banheiro embaixo do chuveiro. No primeiro minuto eu queria pegar ele de porrada, mas eu estava tão cansado e a água tão boa.

— Obrigada por trazer ele aqui e me chamar, quando ele estiver melhor vocês conversam. — Escutei a voz da Emi.

— Não quer ajuda com ele debaixo do chuveiro? — Escutei o Marco. Ele sempre me ajudou quando eu ficava ruim.

— Tudo bem, consigo lidar com aquele bêbado ali dentro. Obrigada pela ajuda, fico feliz em poder ter você com a gente, não é tão fácil ser a única a saber de um problema tão grande quanto esse com o irmão dele, é difícil para ele. — Ela comentou. Abaixei minha cabeça e deduzi que ela estava falando das questões familiares que eu tento lidar agora, mas nada estava muito claro.

Monster Among Men - Shingenki no Kyojin Donde viven las historias. Descúbrelo ahora