Capítulo Extra: Sequestro

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Kioku Uyara é uma garota anormalmente forte. Ela sabe disso desde que se percebeu como uma pessoa viva.

Ela é como seu melhor amigo, Gojo Satoru, mas não gosta disso como ele o faz.

Uyara têm a constante sensação de que pode quebrar pessoas normais como se fossem uma fina camada de gelo. Isso é horrível, então ela só se envolve com os fortes e os suicidas.

O que faz com se sinta extremamente sozinha na maior parte do tempo.

Ela tem a mãe, que nunca teve um senso de auto preservação muito bom, e o velhote, que perdeu a noção de perigo a muito tempo, bem com sua professora Layla, que gosta de faze-la se sentir fraca. Mas nunca é a mesma coisa de estar com alguém que não precisa teme-la.

Mesmo com a boa intenção de sua família, a usuária de fala amaldiçoada é a única que faz com que se sinta normal. Ela é péssima e terrível, porém nunca negou que seja eficiente.

A questão toda é que, quando não estão refinando suas habilidades até que sinta vontade de desaparecer, é comum que se isole do resto da civilização até que Satoru tenha tempo para entretê-la.

Kioku sabe que Kenny sempre estará disponível se perguntar, porém também sabe que ele faz isso principalmente porque ter um relacionamento próximo com ela é um interesse de sua família. Não que não gostem um do outro, mas ambos acham que estar com alguém por obrigação é uma merda.

Pelo menos o colega não é do tipo que quer usa-la ou mata-la. Esse tipo de gente ela gostar de arruinar.

Mas, voltando ao tópico principal, nesse dia em específico Uyara passou um tempo observando o velhote humilhar seus irmãos nos videogames como um suposto treinamento.

Os mais jovens ainda não entendiam que não venceriam um vidente habilidoso como ele, nem se que o inferno congelasse.

E, para o seu azar, a mãe não gostou de vê-la rindo da frustração deles, assim como da cara inocente do idoso.

Logo, ela foi encarregada de dar utilidade a sua super força e fazer algo para ajudar na comunidade, buscando frutas para o almoço.

Apoema se aproximou quando começou a se afastar. Ignorando as crianças raivosas que o perseguiam, principalmente depois que elas ficaram paradas, xingando-o de longe quando o mais velho entrou em sua zona de alcance com as penas em seu longo cabelo grisalho se movendo graciosamente.

- Se divertindo? - Ela perguntou na língua primária dele. Sua pronúncia com certeza era péssima, mas deixava-o feliz, então nunca parou de tentar melhorar.

- Assim como pretendo continuar. - Apoema sorriu travessamente. - Apenas vim lhe entregar isso. - Ele estendeu uma faca de cozinha. - Seria bom se você fizesse uma parada para aproveitar a doçura das peras dessa safra.

Kioku pegou o objeto com desconfiança. As vezes o velho fazia isso de convence-la de que algo muito importante estava prestes a acontecer dando coisas inúteis e sugestões sem sentido, quando na verdade apenas queria se divertir às suas custas.

Cairia na mesma pegadinha de novo? Claro que sim, porque confiava no maldito, mas não deixava de ser um saco.

Uyara mexeu o rosto com desaprovação e sorriu com o jeito dele, partindo para recolher os ingredientes de uma bela futura salada de frutas.

Era inegável que o pomar de peras estava espetacular esse ano, porém podia admitir que estava mais preocupada com o intercâmbio que faria em alguns meses do que com admirar seus recursos naturais.

Mal podia esperar para surrar a cara de Geto Suguru quando o conhecesse.

Ela parou na frente de uma árvore particularmente bem carregada, apanhando uma pera suculenta porque não tinha motivos para não fazer exatamente isso.

Jujutsu Kaisen - Orbitando um buraco negroWhere stories live. Discover now