Resgate

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Em sua breve consciência, sentiu toda a sua energia sendo drenada de uma única vez, mesmo o que ia muito além do que ele era e o tornava algo muito mais do que uma divindade. Tudo se foi.

Apenas sentiu cada parte sua vibrar quando uma corrente de força passou por ele conforme ouvia algo como: Ryōiki Tenkai, Yuganda Genjitsu.

A sensação não durou mais do que 0,2 segundos, embora tenha parecido de que foi algo poderoso ao ponto de envolver todo o mundo. Coisa estranha.

Ele também se sentiu fraco, o que era mais bizarro ainda.

Prestou atenção em si mesmo. Porque estava com a própria mão enfiada em seu peito, segurando seu coração?

Satoru se retraiu imediatamente, liberando o órgão e se regenerando.

Assumiu que aquilo estava relacionado com o feiticeiro maligno com cara de estúpido ao lado dele, então destruiu seu corpo com energia amaldiçoada e deixou que ele fosse levado pelo mar.

Prestou atenção aos arredores. Havia essa intuição muito forte de que estava se esquecendo de algo, porém não conseguia dizer o que era.

Seus sentidos então o alertaram de um tsunami atingindo o continente e por mais que se sentisse exausto, moveu-se rapidamente para ajudar no que pudesse. Ao mesmo tempo em que esfregava a própria cabeça, sentindo-a confusa demais.

Quando chegou na costa de Sendai, percebeu uma energia familiar ali perto. Em cima de um pássaro, sobrevoando o local e afastando-se do caos, com o corpo de uma mulher no colo, estava Suguru. Fazia tanto tempo que não tinha noticias sobre o homem que sentiu seu coração apertar, mas o deixou ir, tinha coisas mais importantes a fazer agora.

Além de ajudar a resgatar civis do desastre, o clã Gojo possuía uma base ali perto, mesmo que não possuísse o habito de frequentar as casas mais importantes de sua família a anos, sentiu-se no dever de verifica-los. Eram seus protegidos, afinal.

Porém não se teleportou para lá, fazer isso sem saber se apareceria no mesmo lugar que outra pessoa parecia perigoso.

(...)

Aparentemente, receptáculos descontrolados atacaram seu clã durante uma visita da Segunda, do comando dos xamãs brasileiros. Dois já estavam mortos e ele matou o terceiro. Isso pareceu muito errado, mas não conseguia explicar o porque.

A idosa estava muito ferida, Shoko lhe contou que a única coisa que a manteve viva foi uma maldição que a obrigava a manter seu coração batendo. Sua aluna, uma mulher de cabelos verdes, que se lembrava vagamente de estar envolvida com o clã Inumaki, não sobreviveu. 

Por algum motivo, os estrangeiros procuravam por ajuda para investigar as causas de um massacre que houve em uma de suas principais comunidades.

Não possuía qualquer ligação com eles, não entendia como poderia ajuda-los, mas prometeu que, se soubesse de qualquer coisa sobre o assunto, os informaria.

Estava tentando conhecer mais das ramificações do jujutsu nos outros países, afinal.

(...)

Aquela confusão de antes passou. Era provável que só estivesse atordoado por aquele feiticeiro que causou o epicentro do maremoto que prejudicou tanto das terras que deveria proteger.

Não era algo com que deveria se preocupar.

Ele era o mais forte.

Não havia ninguém que conseguisse chegar perto de alcança-lo.

Satoru encontrou uma venda escura abandonada no chão da casa de Sendai.

Um presente de Geto, sabia. Algo que sempre mantinha por perto, mesmo que não usasse.

Jujutsu Kaisen - Orbitando um buraco negroWhere stories live. Discover now