Jujutsu Kaisen - Orbitando um buraco negro

Surgindo das cinzas

Bom dia, boa tarde, boa noite! :D

Jujutsu Kaisen ainda é um dos motivos da minha paixão e ansiedade constante, então acabei revendo alguns rascunhos antigos e encontrei isso daqui na época em que eu estava escrevendo essa fanfic.

Eu me entreti bastante com as quatro mil palavras que estavam lá esquecidas e resolvi continuar. Acabou que virou o capitulo unico virou uma fanfic nova e eu já publiquei isoladamente onde vai haver as atualizações hehe

Estou colocando aqui também porque acredito que quem chegou a esse ponto vai gostar bastante e queria chamar a atenção de vocês >.<

Muito obrigada pelo carinho e boa leitura! 

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Gojo Satoru se tornava o sonho de parceria para qualquer beta ou ômega no instante em que qualquer um colocasse os olhos nele pela primeira vez. Ele poderia ter quem quisesse e o que quisesse, nada o impedia de fazer com que o mundo se deitasse aos seus pés.

Um alfa rico, bem-sucedido e lindo de morrer.

Mas como foi dito, a admiração se limitava a primeira impressão, ele não tinha apego, não sabia se expressar e sua personalidade era um lixo. A idealização de perfeição se desfazia no instante em que conheciam o verdadeiro ser por trás do príncipe encantado.

Não que Satoru se importasse. Ele não se ligava, não se apaixonava e estava muito bem em seu estilo de vida atual. Não entendia a implicância da idealização de relacionamento que a sociedade impunha.

Não era alguém que se considerava solitário, ele vivia em um apartamento luxuoso com pessoas que compartilhavam ideais semelhantes: Suguru Geto e Shoko Ieiri. Um alfa e uma beta que o acompanhavam desde o ensino médio e que foram tão responsáveis quanto ele para estabelecer o império que agora reinavam no ramo econômico.

Suas nuanças, nem sempre exatamente legais, se estendiam de Tokyo para todo o Japão e agora estavam estabelecendo conexões exteriores. Eram um monopólio com ramificações pela maior parte das frentes lucrativas. Então sim, o homem estava muito bem e ninguém o convenceria do contrário.

Porém, não foi sempre que pensou assim, é claro. Havia esse eu mais jovem e estúpido que experimentou o tal do amor.

Sua família possuía uma riqueza antiga e padrões ridículos de expectativas sobre o atual herdeiro. Principalmente considerando o fato de que ele vinha de uma linhagem poderosa e havia marcado sua geração ao se manifestar como um alfa primário, quando tal característica não era vista entre os Gojo a mais de quatrocentos anos.

Tal bênção o colocava no topo da cadeia alimentar e o presenteava com habilidades incomuns, mas, na prática era apenas um enorme abismo entre aqueles que assim se destacavam e o restante do mundo. Poucas coisas hoje em dia chegavam tão perto do divino e do monstruoso quanto tais criaturas.

Satoru nasceu sendo reverenciado como um deus.

Levando isso em consideração, uma amiga de infância estrangeira não era o tipo de par ideal que seus pais esperavam, uma vez que cada mínimo passo de sua vida já havia sido previamente planejado. Entretanto, a relação deles era tida como inofensiva e tudo indicava que não iriam desenvolver um laço prejudicial.

Era de sua opinião até hoje que seus guardiões não possuíam uma inteligência muito aguçada. A garota era um prodígio tão promissor quanto ele, violenta e competitiva, uma alfa óbvia aos olhos de qualquer um aparentemente. Menos aos deles. Os seus olhos sempre foram melhores de qualquer forma.

Sua amiga era claramente sua parceira. Ninguém poderia lhe provar o contrário. Ela cheirava como o paraíso e era quase tão forte quanto o seu alfa interior, o que revelava indícios sobre outra manifestação de ser primário que não deram a devida atenção.