IV. Moon for moon

7.8K 794 1.1K
                                    

Tudo começou a dar errado para os gêmeos a partir do momento que colocaram o Chapéu Seletor na cabeça.

Eles ficaram lado a lado na mesa da Sonserina enquanto os outros alunos eram selecionados para suas casas. Ignoraram a maioria das tentativas de puxar conversa, principalmente as que mencionaram o pai. O pai biológico, é claro.

Os membros de famílias ditas puro-sangue deduziram rapidamente que eram filhos de Sirius Black, para a infelicidade dos garotos.

Ouviram o decorrer da Seleção.

Susana Bones foi para Corvinal. Hermione Granger e Neville Longbottom foram para Grifinória. O chapéu mal foi colocado sobre a cabeça de Draco Malfoy antes de selecioná-lo para a Sonserina.

O garoto caminhou orgulhoso para a mesa e encarou os gêmeos com desdém.

— Se ele ficar no nosso dormitório, eu vou lançar um incendius na cama dele — sussurrou Canopus.

— Não rogue praga, Canis! — Therion sussurrou de volta. — Se ele ficar no nosso quarto eu prefiro dormir no meio da sala comunal.

Logo chegou a vez de Harry Potter ser selecionado e mais uma vez o salão implodiu em ofegos, burburios e exclamações, até mesmo entre os sonserinos.

Todos pareciam ansiosos. O próprio Harry estava, enquanto o chapéu deliberava sobre sua casa.

— Sonserina não! Sonserina não! Tudo menos Sonserina! — ele murmurava baixinho com os olhos fechados.

Já os gêmeos, imploravam pelo contrário.

— Sonserina! Por favor, que seja Sonserina! — murmuravam de mãos dadas, rezando aos céus para terem o menino-que-sobreviveu em sua casa.

O Chapéu Seletor decidiu a favor de Potter.

— GRIFINÓRIA!

A mesa da Grifinória gritou e aplaudiu, recebendo o garoto de muito bom grado. Harry olhou por um momento para a mesa da Sonserina antes de sentar-se junto de seus novos colegas de casa.

Os gêmeos suspiraram, desanimados. Apoiaram os cotovelos sobre a mesa e a cabeça em suas mãos em perfeita sincronia, enquanto a seleção prosseguia.

— Merliah Stuart!

A garota sentou-se no banquinho. Therion e Canopus observaram um tanto ansiosos e mais alertas ao ouvirem o nome da amiga que conheceram no trem.

Os garotos sorriram de orelha a orelha quando o Chapéu Seletor anunciou:

— SONSERINA!

Ao menos uma coisa boa.

Eles se levantaram para aplaudir e assobiar alto junto de seus novos colegas sonserinos. Ela correu até a mesa sorrindo e foi puxada para se sentar entre eles na mesa.

Pelo menos uma amiga eles sabiam que tinham ali naquela casa, mesmo que houvessem se conhecido naquele mesmo dia. E após os anúncios do diretor, Albus Dumbledore, o banquete se iniciou e eles comeram e conversaram apenas entre si e com os poucos que foram mais educados em não mencionar assuntos que os gêmeos não queriam debater.

Ao terminarem o jantar, Dumbledore deu mais alguns anúncios e ordenou que todos seguissem para seus dormitórios.

Os primeiroanistas seguiram os monitores de suas respectivas casas. Os sonserinos caminharam por um longo trajeto até às escadas que levavam às masmorras do castelo atrás de uma porta. Desceram os inúmeros degraus até a entrada, em um trecho de pedras.

O monitor disse a senha e a entrada se revelou. Assim que todos adentraram, observaram o local maravilhados.

A Sala Comunal da Sonserina possuía um ar frio e luxuoso, com luzes esverdeadas e enormes janelas com visão para as profundezas do Lago Negro. Poltronas e sofás de couro estavam distribuídas pela sala, e tapeçarias com símbolos de serpente decoravam o local.

LEGACY Onde as histórias ganham vida. Descobre agora