XVII. High emotions

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As semanas passaram rapidamente. Therion e Canopus já haviam recomeçado o processo de animagia na última lua cheia e estavam apenas aguardando a seguinte, em dezembro, para darem continuidade com a segunda parte dos procedimentos.

Draco revelou seu braço milagrosamente curado no dia seguinte a briga com Canopus, e assim os treinos de quadribol da Sonserina ficaram muito mais intensos. Os dois garotos estavam quase sempre trocando farpas no campo e se encarando com mais ódio que nunca desde aquele dia, embora no dormitório apenas tentem ignorar a existência um do outro.

O jogo deles contra a Corvinal seria no dia seguinte, e eles estavam treinando fervorosamente no campo. A Firebolt de Merliah era com certeza o xodó do time sob a qual colocavam fortes expectativas durante o treino, junto a força surpreendente da garota.

Therion segurava a goles sob o braço e voava em alta velocidade, abaixando a cabeça para desviar de um balaço jogado por Crabbe. Ele passou a bola para Liah, que voou rápida como um raio até às balizas e marcou um gol que Adrien Pucey, o goleiro, não conseguiu defender.

O treino prosseguiu. Canopus quem estava com a posse, voando pronto para marcar quando foi cercado pelos dois batedores, Crabbe e Goyle, que quase o derrubaram da vassoura. Mergulhou para fugir deles, porém quando estava subindo novamente dois balaços o acertaram nas costas e ele deu cambalhotas no ar antes de cair.

Por sorte, não estava tão longe do chão e não se feriu muito. A neve que cobria parte do gramado ajudou a amaciar sua queda. Pôde ouvir Malfoy gargalhar com os amigos, enquanto Merliah descia com a vassoura e estendia a mão para ajudá-lo a se levantar.

Voltou a montar em sua Nimbus enraivecido.

— Querem me matar?

— Precisa melhorar seu equilíbrio, Black — provocou Draco. — Parece que o Estrelinha virou uma estrela cadente.

— E o Dragãozinho vai virar um lagarto se não parar quieto.

Eles voltaram a treinar, praticando passes estratégicos.

Pouco depois de Adrien defender um gol de Therion, Draco surgiu segurando o pomo de ouro em sua mão, tendo o capturado depois de mais de duas horas.

Todos desceram da vassoura em seguida, dando fim ao treino. Estavam suados e ofegantes, mas também determinados.

— Muito bom, muito bom! Excelente! — elogiou Adrien. — Amanhã nós vamos estraçalhar aqueles corvinos no campo. Stuart, continue assim. Aproveite a velocidade da vassoura para surpreender os jogadores e marcar. Black Um, você é bom, mas lembre que não é o único jogador no campo, passe a porra da goles quando dois batedores te cercam — Canopus revirou os olhos, resmungando baixinho. — Black Dois, você está indo bem, por mais incrível que pareça.

— Tenha mais confiança em mim, Adrien — disse Therion com um sorriso ladino.

— Crabbe e Goyle estão bem. Continuem com essa força amanhã. Agora, Draco — o capitão voltou-se para Malfoy, que apoiava a vassoura no ombro com um olhar prepotente. — Pegue. O. Pomo. Rápido! — disse pausadamente.

— Eu vou pegar. Estou ainda melhor que ano passado — disse ele.

— Não tinha como ficar pior — murmurou Canis, recebendo um olhar mortal do loiro em resposta. Ele apoiou a vassoura no ombro e encarou-o fixamente. — Sejamos sinceros, Malfoy, você é o pior apanhador dessa escola.

— Você não não é dos melhores artilheiros, Black — rebateu rispidamente. — Até a sangue-ruim joga melhor que você.

— "Sangue-ruim" é o teu…

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