VIII. Everything we have

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Quase um ano se passou.

É. O tempo voa tão rápido quanto um apanhador atrás do pomo de ouro num jogo de quadribol.

O segundo ano letivo dos gêmeos foi levemente conturbado, graças a alguns eventos incomuns em Hogwarts, mas ainda melhor que o primeiro em alguns aspectos.

Os dois entraram para o time de quadribol de sua casa como artilheiros e ganharam vassouras próprias — cortesia da mãe do apanhador da Sonserina, vulgo Draco Malfoy, que comprou as vassouras mais recentes e mais rápidas para todo o time. Remus assistiu ao primeiro jogo deles, contra a Grifinória, e torceu fervorosamente, mesmo que na época de escola fosse da casa adversária — afinal, eram os seus filhos jogando.

Quando estavam anunciando a entrada dos jogadores, Therion e Canopus entraram manobrando nas vassouras e arrancando gritos da arquibancada da Sonserina.

— Exibidos — Malfoy resmungou em seguida.

— O sujo falando do mal lavado — Therion rebateu.

— Se preocupe em pegar o pomo, Malfoy. Não vai querer fracassar com seu papai assistindo — Canopus também retrucou, indicando com a cabeça a arquibancada onde Lucius estava assistindo ao jogo.

— Calados!

Os gêmeos riram. Por muito pouco — muito pouco mesmo — a Sonserina ganhou o jogo. Harry Potter ganhou um braço quebrado e um bando de sonserinos caçoando (exceto os Black, claro) quando Lockhart fez seus ossos sumirem ao falhar em tentar ajudar.

Enquanto Harry era levado a ala hospitalar, Remus cumprimentou e parabenizou aos filhos pelo excelente jogo.

— Vocês foram muito bem — falou com um grande sorriso orgulhoso em seu rosto.

— Eu preciso melhorar meu passe — disse Canis.

— Errar aquele aro foi humilhante. Irei treinar mais.

— Não se preocupe, foi apenas o primeiro jogo de vocês — tranquilizou-os. — Estou orgulhoso de vocês, minhas estrelas.

Lupin abraçou a ambos com força e beijou suas testas. Não permaneceu muito mais tempo e despediu-se antes de ir.

Nesse ano, também houve o infeliz incidente com a abertura da câmara secreta no subterrâneo do castelo, em que um basilisco começou a atacar os nascidos-trouxas, incluindo a melhor amiga dos gêmeos, que foi uma das primeiras. Felizmente, ninguém foi fazer companhia a Murta-Que-Geme na lista de vítimas fatais. Harry derrotou a criatura com uma ajudinha de Canopus, que lhe contou sobre a fatalidade do veneno e disse para em hipótese alguma olhá-la nos olhos.

Alguns alunos de outras casas desconfiaram que os gêmeos tivessem aberto a câmara, por causa do pai. Também desconfiaram de Harry por ser, surpreendentemente, um ofidioglota, mas era óbvio que a maior suspeita cairia para os filhos sonserinos de um assassino.

Houve um certo período que Harry, seus amigos e os Black desconfiaram de Malfoy, e até mesmo os ajudou a entrarem na Comunal disfarçados pela poção polissuco de Crabbe, Goyle e uma das colegas de quarto de Merliah — eles acabaram pegando pelo do Bastet, que era o príncipe daquele dormitório que passava de braço em braço, ao em vez de cabelo da garota sem querer, então a poção não deu muito certo na Hermione — para tentar descobrir algo.

Eles até poderiam ter se disposto a tomar a poção polissuco ou conseguir por si próprios alguma informação, mas a ideia de Harry e Rony disfarçados era muito mais divertida. Além de que fizeram isso nas férias durante as festas de fim de ano, e eles não sacrificariam o feriado com o pai, por melhor que as intenções fossem.

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