XII. Our biggest fear

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Enfim chegou o dia da primeira aula de Remus para os terceiranistas, e os gêmeos estavam muito ansiosos. No entanto, ela ocorreria apenas à tarde, então precisam esperar.

Os garotos conseguiram dormir bem na última noite, pela primeira vez em muito tempo. Haviam fugido do dormitório depois do toque de recolher e ficaram na Torre de Astronomia. Levaram seus cobertores e duas fotografias que possuíam da mãe, as quais eles sempre levavam consigo no malão. Ficam observando as estrelas e admirando o sorriso que a mulher exibia em ambas as fotos, uma dela patinando em um lago congelado e outra no campo de quadribol vestida com o uniforme de jogadora.

Esta última estava rasgada, e Canopus quem sempre ficava com ela. Ele não fazia questão alguma de restaurá-la.

Eles faziam isso em casa às vezes. Ficavam admirando as estrelas pela janela junto aos retratos da mãe e imaginando que ela estava com eles, procurando constelações no céu. Isso lhes trazia paz, e foi pensando nisso que o fizeram noite passada. Conseguiram um momento de paz para esquecer de todos os problemas e dormir sem pesadelos.

Acordaram ao amanhecer e voltaram para o dormitório, por pouco não sendo pegos pelo zelador, Filtch.

Naquela manhã, tentaram ignorar os olhares de julgamento e comentários maldosos sobre Sirius Black. Queriam pensar apenas na aula que teriam junto do verdadeiro pai deles, Remus Lupin.

A última aula da manhã foi poções. Therion ficou ao lado de Harry para ajudá-lo como havia prometido que faria. Aquela foi a primeira aula que Malfoy deu as caras depois do incidente com Bicuço, quando esta já estava na metade; com seu braço enfaixado e apoiado em uma tipóia, e ele colocou seu caldeirão ao lado do de Canopus.

O garoto se conteve para não pegar aquele caldeirão e jogar na cabeça do garoto por até então não ter desmentido o que Pansy fez muitos colegas sonserinos — e alguns grifinórios que estavam na aula — acreditar: que tudo foi culpa sua, e por tabela também de seu irmão, pois sempre fazerem tudo juntos. E ainda por cima ter a audácia de se aproximar de si com a maior cara de pau por pura provocação.

Ele olhou para o irmão, que estava na mesa logo ao lado com Harry.

— Se eu fizer alguma coisa com o dragão aleijado, vocês vão me apoiar, não é?

— Claro — disse Therion.

— Até ajudo se quiser — completou Harry.

— Eu testemunho a seu favor com prazer — falou Merliah.

— Eu aplaudirei daqui com muito orgulho — Rony falou em seguida, e os outros quatro riram.

— Eu estou ouvindo tudo, Black — disse Draco.

— Não queria que fosse segredo. Então já fique avisado que qualquer gracinha e eu faço um ensopado de dragãozinho platinado nesse caldeirão.

— Tente algo contra mim, e um braço machucado não vai me impedir de te mandar para os ares e você fazer jus ao seu nome, Estrelinha.

— Eu já sou uma estrela, Malfoy.

— Silêncio, Black! — bradou Snape na frente da sala. — Não quer perder mais pontos para sua casa.

— Claro que não, Professor. E sei que o senhor não quer tirar pontos da Sonserina — retrucou Canopus, com um sorriso provocativo no rosto.

O professor olhou-o com desprezo, antes de voltar a atenção para o resto da sala.

— Vocês irão fazer uma poção redutora. Sigam estritamente as instruções na página 236.

— Consigo fazer essa de olhos fechados — comentou Therion enquanto ia buscar ingredientes no armário da sala.

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