VII. End is a just begin

5.6K 669 729
                                    

As semanas passaram tão rápido que os alunos mal perceberam. Em um piscar de olhos, já havia chegado a época das provas finais.

Canopus e Therion empenharam-se em estudar muito para conseguirem boas notas. Passavam bastante tempo na biblioteca devorando livros, ou revisando anotações na sala comunal. Também trocaram muitas cartas com o pai, que dizia para não se preocuparem e que tinha certeza que eles iriam se sair bem nos exames.

No momento, os dois estavam no quarto se preparando para a prova de História da Magia. Canopus se encontrava deitado de ponta cabeça na cama, com apenas metade do corpo sobre o colchão e o tronco para fora. Therion estava junto dele na mesma cama, deitado de bruços, apoiado pelos cotovelos e balançando as pernas enquanto tinha um livro à sua frente.

Um de seus colegas de quarto, Blaise Zabini, estava com suas anotações no lado oposto do cômodo, também se preparando para as provas junto deles.

— Quem foi o primeiro Ministro da Magia britânico? — perguntou Therion.

— Ulick Gamp — respondeu Canopus.

— Correto. Blaise — voltou-se para o garoto na cama oposta — Quando Gamp foi nomeado?

— 1707, ano em que também foi formado o Ministério da Magia. Isso é fácil demais.

— É a partir do mais fácil que se aprende o mais difícil, Zabini. Nunca subestime as questões mais simples.

— Manda mais uma, Therry.

— O que antecedeu o Ministério da Magia?

— Conselho dos Bruxos.

Prosseguiram com as perguntas. Logo Theodore Nott entrou no quarto e jogou-se em sua cama, se unindo ao joguinho de perguntas dos gêmeos para estudar o assunto do exame que teriam no dia seguinte.

Canopus permaneceu em sua posição, observando todo o quarto ao contrário e sentindo o sangue descer até a cabeça enquanto respondia todas as perguntas.

— Quando foi instaurado o Estatuto Internacional de Sigilo em Magia?

— Er… Essa me pegou. 1700?

— 1692 — Draco quem corrigiu ao que entrava no quarto com os cabelos molhados após o banho, vestido em seu pijama de seda verde. — Vai acabar quebrando o pescoço desse jeito, Black.

— Dispenso suas preocupações, Malfoy. E a pergunta era pra mim.

— Você errou.

— Não importa.

— Errando coisas tão simples, vai tirar uma péssima nota.

— Ninguém te perguntou nada, Dragãozinho metido. Minha nota vai ser maior que a sua.

— Duvido muito — rebateu presunçoso.  

— Pode duvidar, Malfoy. Terei o imenso prazer de esfregar minha nota máxima nessa sua carinha arrogante antes de poder tirar férias de vocês três e ter paz.

— Ei! — Nott reclamou.

Os gêmeos riram. Quando Draco foi passar para sua cama, Canopus esticou o braço propositalmente, o que o fez tropeçar e cair.

Blaise e Theodore riram, mas logo pararam ao receber um olhar mortal do garoto, que se sentava no chão. Levaram a mão à boca e tentaram conter os risos que queriam escapar, enquanto os Black continuavam rindo.

Canopus riu tanto que acabou escorregando pelo colchão e caiu de cabeça no chão. Os outros quatro não contiveram a risada, e ele fez uma careta de dor e levou a mão ao topo da cabeça, ainda no chão. Aquilo havia doído.

LEGACY Onde as histórias ganham vida. Descobre agora