LII. I solemnly swear that I am up to no good

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Aviso: Se esta é a segunda notificação que está recebendo, estou respostando o capítulo depois de apagar porque acabei mudando o título e Wattpad sempre buga os comentários!

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Therion achava muitíssimo injusto que Malfoy tivesse visto uma memória da sua mãe e ele não. Saber que ela ajudou a esfregar na cara dele o quão podre era sua família foi um grande alívio para compensar.

Depois que a irritação e a indignação passaram, ele pôde tentar vê-la por si mesmo. Não foi fácil, nem rápido. Não entendiam as regras para que aquilo funcionasse. Nem mesmo Harry, que mencionou ter visto uma memória do próprio Voldemort no diário dele, conseguia entender exatamente.

Quando Canis chegou na ala hospitalar despejando tantas informações de uma vez, quase não conseguiu acompanhar. O irmão desabou em seus braços, enquanto Harry observava o diário, que diferente do que ocorreu com Malfoy, não fechou-se em suas mãos.

— Só Canis e eu devíamos poder abrir, você não é da família da nossa mãe — Therion disse confuso.

— E-eu... Eu vi ele fechar na mão do Malfoy assim que ele pegou...

— Ela teoricamente era minha madrinha. Será que isso conta? — Harry supôs. — Ela morreu antes de eu nasceu, mas... Bom, a magia as vezes tem regras estranhas e específicas. Apadrinhamento também pode contar como família... Certo?

— Tecnicamente, sim... Conte de novo, Canis. Devagar.

Canopus respirou fundo e relatou tudo mais uma vez, a voz um pouco falha e o rosto molhado. Havia apenas eles na ala hospitalar no momento.

— Eu só estava pensando em mostrar para aquele idiota que a família dele era uma merda e ali estava uma prova, ele tentou ver o diário de novo, seguramos juntos e de repente... Estávamos na Sala de Poções vinte anos atrás.

— O diário de Tom Riddle falava comigo.

— O diário com certeza não falou comigo. Seria ótimo se mamãe pudesse conversar conosco através dele, na verdade, mas... Era só uma lembrança.

— Ele me mostrou a memória sobre a morte da Murta intencionalmente, acho... Pode ter algo nesse sentido. Talvez não para tentar trazer alguém de volta a vida por uma memória, mas... Ah, não sei! Faz sentido na minha cabeça.

Eles voltaram a analisar o diário, os três. Demorou muito, mas eles conseguiram cair na memória. As lágrimas de Therion vieram tão rápido quanto as do irmão. Tudo aconteceu exatamente como antes.

Potter também conseguiu ver a memória, e seus olhos brilharam ao ver o pai mais jovem tão parecido consigo quando estava no segundo ano. Como Canis, ele e Therion tentaram tocar os pais, sem sucesso.

— O Sirius não ia chamá-la mesmo de "sangue-ruim"... Ia? — Harry indagou desconcertado.

— Se afastar dos ideais da família não deve ter sido tão fácil assim — Therion falou com a voz embargada e fungou.

O gêmeo mais novo sorriu bobo em meio as lágrimas ao ver a mãe junto de Remus. Já havia visto muitas fotos do pai quando mais novo, principalmente na casa do avô. Ainda conseguia ver muito dele ali.

E, claro, a semelhança dele e do irmão com o seu tio também era surpreendente.

Após isso, Therion desabou de vez nos braços do irmão ali na ala hospitalar. Eles quase foram pegos por Madame Pomfrey, porém Harry foi rápido em esconder-se debaixo de sua capa de invisibilidade junto de Canis, e ele disse à medibruxa que suas lágrimas eram de dor pelo ombro e por isso ainda estava acordado.

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