"Só tem uma cama."
"Não estou cego."
No passado Mabel sofreu um acidente de carro com seu namorado, e acabou sofrendo um aborto espontâneo por conta disso, e seu namorado não resiste aos ferimentos e acaba falecendo também. Agora com vinte e quatro...
Quando acordei olhei em volta e percebi que estava em um quarto, um quarto de hospital, talvez? Senti coisas em meu corpo, levantei minha mão esquerda e nela havia um acesso, para quê isso? eu estava tomando soro na veia? Passei a mão no rosto e percebi que eu estava usando algum tipo de aparelho respiratório; eu estava doente...?
Quando passei a mão na barriga percebi que ela estava murcha, onde estava o meu bebê? Eu já havia entrado em trabalho de parto? E foi então que eu lembrei, Oliver e eu tínhamos acabado de sair do restaurante, estava de noite e a chuva estava muito forte, a pista estava muito molhada. Oliver que estava dirigindo, ele havia bebido algumas taças de vinho, eu falei para ele não dirigir, mas ele teimoso como sempre insistiu que estava tudo bem e que poderia dirigir. Foi então que quando Oliver virou o carro em uma curva, o carro virou e acertou um poste; e foi quando eu apaguei, será que eu...? Oh, não!
- SOCORRO! SOCORRO! - Gritei, e alguns segundos depois uma médica apareceu no quarto.
- O quê foi? Você está bem? - Ela chegou perto de mim.
- Onde está meu bebê? Onde está Oliver? Eu preciso ver ele agora! - Fiz menção de levantar e sair dali, mas a médica baixinha me impediu.
- Senhora, preciso que você fique calma. - Ela segurou meus braços.
- Eu quero saber onde está meu filho e meu namorado! Me solta sua doida!
- Enfermeiros, preciso de ajuda aqui, alguém trás um sedativo por favor. - A baixinha gritou.
- O quê? Não!
Dois enfermeiros entraram no quarto, um deles estava com uma agulha na mão, cada um ficou de um lado meu, tentei sair do aperto deles mas foi em vão; senti algo ser injetado em mim e alguns minutos após meus olhos ficaram pesados, e então adormeci novamente...
- Mabel? Está escutando o quê eu disse? - Donna me despertou dos meus pensamentos.
- Ah, desculpe, eu não ouvi. O quê estava dizendo? - Perguntei confusa, ultimamente eu só andava assim, no mundo da lua.
- Estava pensando de novo no acidente? - Lizzie perguntou, mas fiquei quieta. - Mabel, tem que superar isso, você tem várias coisas para resolver e se ficar pensando nisso vai perder o foco. - Ela colocou as mãos sobre as minhas.
- Ela está certa Mabel, precisamos focar no trabalho, estamos a um passo de prender Vincent, se você não se concentrar nisso, acabaremos jogando dois anos de trabalho para pegar ele ralo abaixo. - Donna estava séria.
- Eu sei, eu sei ok? Vou parar de pensar nisso.
- Bom, agora eu preciso ir. - Lizzie se levanta da cadeira e pega sua pasta de documentos em cima da mesa do escritório.
- Vai pra onde? - Pergunto.
- Preciso organizar a agenda do preguiçoso do Aron.
Aron é um canalha que é dono e supervisor do nosso departamento.
- Mas por quê? Ele não tem uma secretária para isso? - Pergunto confusa.
- Ela está ocupada demais dando para ele. - Donna disse enquanto remexia o café a sua frente.
- Nossa, nem me fale! Acredita que minha sala está ao lado da dele? Eu tenho que ficar aturando aquela vadia da Selena gemendo igual uma cadela o dia inteiro! - Lizzie apertou mais ainda a pasta em suas mãos.
- Não brinca? Então é assim que ela conseguiu um aumento? - Pergunto.
- Sim. - Donna respondeu. - Lizzie, Aron tem que entender que você é uma agente do FBI, não a secretária dele.
- Concordo com a Donna. - Falo e mordo um grande pedaço do meu sanduíche.
- Vou dar um jeito nisso. Mas então, o quê duas gostosas como vocês vão fazer hoje a noite? - Lizzie perguntou alegre.
- Eu vou terminar de ler meu livro. - Donna disse.
- Mas hoje é sexta-feira e você vai ler?
- Sim. - Donna diz simplesmente.
- Tá bom então, e você Mabel, vai fazer o quê? - Lizzie volta sua atenção para mim.
- Sair para beber um pouco, talvez.
- Que inveja, queria ir com você, mas tenho coisas para fazer.
- Boa sorte. - Diz Donna se levantando e pagando seu café e a bolsa. - Bom, eu já vou indo, tente não beber muito, Mabel.
- Não se preocupe. - Dou uma piscadela para ela.
Donna sorriu e foi embora.
- Acho que já vou indo também, tenha uma boa noitada, Mabel. - Lizzie dá um beijo em minha cabeça. - Vejo você amanhã.
- Boa sorte com Aron. - Digo e ela faz uma cara nojo e vai embora.
Tenho sorte de ter elas duas, nós nos conhecemos desde a adolescência, Donna e a do meio, Lizzie é a mais nova e eu sou a mais velha. Donna é a garota dos livros, Lizzie e a doidinha, e eu sou a mais normal, em modéstia parte.
Continua...
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oii, enfim resolvi voltar com essa fic, espero que gostem! Até o próximo capítulo, bjss
