"Só tem uma cama."
"Não estou cego."
No passado Mabel sofreu um acidente de carro com seu namorado, e acabou sofrendo um aborto espontâneo por conta disso, e seu namorado não resiste aos ferimentos e acaba falecendo também. Agora com vinte e quatro...
- Querida, o que você faz aqui também? - Kerrie pergunta. - E por que está com essa peruca esquisita, Mabel?
Merda.
- Mãe, você quer mesmo ir embora daqui custe o que custar? - Pergunto receosa.
- Obviamente, sim. - Minha mãe responde sem hesitar.
Suspiro aliviada.
- Mãe, vem comigo. - Pego sua mão e a conduzo para fora sala, passamos pelo hall do banco e saímos do prédio.
Isso era má idéia? Com certeza, mas era minha mãe, aquela que ficava sem comer e dava a sua própria comida para mim não ficar com fome.
Atravessamos a rua e logo chegamos até o carro de Vinnie, abri a porta de trás para ela e a mesma entrou sem questionar, enquanto eu me sentei no banco da frente.
- O que diabos está acontecendo aqui?! - Vinnie vira horrorizado para mim mãe, e vejo que a mesma também está com a mesma expressão.
- Jesus Cristo! - Minha mãe exclama, e logo vejo duas armas sendo sacadas, uma estava apontada para Kerrie e outra para Vinnie.
De onde minha mãe tirou essa arma?
- Mais que infernos! Abaixem isso! - Protesto.
Minha mãe abaixa, mas Vinnie obviamente não.
- Quem é essa mulher Mabel? - Vinnie pergunta sem tirar os olhos de Kerrie.
- É a minha mãe. - Falo em um tom casual, mas não havia nada de casual nisso.
Vinnie vira para mim de repente.
- Está de brincadeira? - O loiro perguntou sério.
- Pareço estar? - Rebato.
Vinnie trava o maxilar, olha para minha mãe e para mim repetidas vezes, acho que estava tentando achar alguma semelhança entre mim e ela; até que abaixa a arma.
- Bom, devo te chamar de sogrinha? - O loiro pergunta para minha mãe naturalmente.
- Cale essa boca, Hacker! - Esbravejo.
- Mabel, me explique por quê o chefe da máfia italiana cujo o seu pai quer a cabeça em uma bandeja está no mesmo carro que nós?! - Minha mãe parecia pálida.
- Espera um pouco, se essa é sua mãe, então ela está com o seu pai? - Vinnie pergunta.
- Não. - Respondo para ele. - E mãe, não se preocupe, Vinnie não irá fazer nada com você.
- Não é comigo que estou preocupada. - Ela responde seco. - Por quê acha que pedi divórcio para Edgar? Foi para não criar você no meio disso tudo, e agora você me aparece com Vincent Hacker, e eu tenho a sensação que você não está aqui contra sua vontade.
- Meio que ela está sim. - Vinnie diz e minha mãe não deu atenção alguma.
- Vinnie, tenho que contar. - Digo para ele.
- De forma alguma. - Ele retruca.
- Contar o que? - Kerrie pergunta.
- Mabel, não é porque ela é sua mãe que isso significa que vamos contar algo para ela.
Olho para o loiro, ele não está errado, mas não vou falar isso ele.
(...)
Vinnie e eu voltamos para o apartamento, mas dessa vez com minha mãe, conversamos por horas e no fim das contas Vinnie contou algumas coisas à ela, e a mesma resolveu nos ajudar.
Fecho o chuveiro e me enrolo na toalha enquanto saio do banheiro, olho para enorme janela no fim do corredor e vejo que está chovendo, eu amo chuva. Volto para o quarto e vejo Vinnie acordado, não digo nada apenas me visto de costas para ele.
- Algum problema, Hacker? - Pergunto me deitando na cama, consideravelmente afastada dele.
O loiro demora alguns segundos para responder, talvez até um minuto.
- Me sinto estranho. - Ele diz.
- Por qual motivo? - Pergunto.
- Acho que estou fazendo tudo errado, tudo ultimamente que faço depois me arrependo. - Vinnie me encara. - Isso foi depois que conheci você.
Penso por um segundo.
- Está me culpando por se sentir culpado?
- Talvez. - Ele responde.
Era só o que me faltava.
- Vai se fuder, loirinho de farmácia. - Viro pro outro lado ficando de costas para ele.
Ficamos em silêncio por um tempo, até que Vinnie quebra isso.
- Merda. - Ouço o mesmo dizer.
- O que foi? - Pergunto me virando novamente.
- Gosto mesmo de você. - Vinnie diz.
O meu corpo congela e a minha respiração falha.
- Muito engraçado Hacker, tem câmeras aqui gravando para depois você mostrar pros seus amiguinhos?
Vinnie franze o cenho.
- Gosto de você Mabel. - Sua voz saiu mais como uma afirmação.
- Isso é um problema? - Pergunto
É lógico que isso é um problema.
- É, se eu te magoar sim. - Vinnie diz.
- E você vai? - Pergunta idiota.
- Você deveria me odiar. - Ele ignora o que eu disse.
- Não me recordo de falar que não te odeio.
Vinnie dá um sorrisinho, mas era um dos seus sorrisinhos que eu amava, os que mostrava suas covinhas.
- Também não me recordo, mas sei que não me odeia Jones. - Vinnie se aconchega para mais perto de mim.
- Você é muito convencido. - Chego para mais perto dele também.
- E você é muito minha.
Vinnie me beija, um beijo doce e calmo, lento e mágico, e talvez ali tivesse um pouco de amor.
Continua...
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Como eu amo esses dois, mas a paz nunca reina
Vcs querem me matar? sim eu sei q querem, mas estou de férias e vou escrever essa bagaça
como vcs estão? estou amando vcs falando cmg no insta, podem me mandar mensagem!
( _.alijuh ) ttk para vcs me marcarem caso façam algo sobre a fic ( aliju._) Pessoal
