"Só tem uma cama."
"Não estou cego."
No passado Mabel sofreu um acidente de carro com seu namorado, e acabou sofrendo um aborto espontâneo por conta disso, e seu namorado não resiste aos ferimentos e acaba falecendo também. Agora com vinte e quatro...
Levantei do chão e me sentei na cama, olhei em direção às janelas e vi que o sol já estava nascendo. Minha cabeça estava pulsando de dor, olhei para o relógio na mesinha ao lado da cama e ele marcava cinco e vinte da manhã, minha nossa, eu dormi só um pouquinho.
Forcei o meu corpo a se levantar, e parei em frente a um espelho que havia em frente a cama, e adivinha? eu estava um lixo!
Meu cabelo estava todo desgrenhado, minha maquiagem borrada e meu vestido estava acima da minha cintura, ele deve ter subido enquanto eu estava dormindo.
Passei os dedos entre os fios do meu cabelo na intenção de tentar arrumá-los, abaixei meu vestido e joguei uma água no rosto para me tirar dessa sonolência e maquiagem.
Quando me dei por conta percebi que havia várias sacolas em cima da poltrona no canto do quarto, fui até elas, e quando as abri, vi que tinha várias peças de roupas e sapatos nelas, das mais variadas e lindas possíveis. Gucci, Prada, Louis Vuitton e Zara. Aquilo deveria ter custado uma fortuna, merda, eu sabia que tudo isso era para mim.
Vinnie realmente iria me manter aqui por um bom tempo, já que comprou até roupas para mim.
Ele havia entrado no quarto enquanto eu estava dormindo... mas será que realmente foi ele?
Corri até a porta e quase pulei de felicidade quando ela estava aberta, ok, calma Mabel, tenha muita calma.
Abri ela com o maior cuidado possível para não fazer barulho, passei por ela, mas parei no meio daquele enorme corredor, para que lado eu iria? Aquela casa era imensa, e eu não sabia para que lado seguir. Então fui para onde eu e Bryce passamos ontem para chegar até o quarto, quando eu estava quase descendo às escadas, me lembrei que eu estava descalça, merda, eu não vou voltar para pegar meus sapatos, continuei descendo às escadas em silêncio. Mais parei no meio dela quando ouvi a voz de Vinnie no andar debaixo.
- Ele gastou toda a grana, porra! - Vinnie falou.
- Por quê você não matou ele? - Uma voz feminina ecoou pelo local.
- Não, preciso saber primeiro onde Aron colocou as drogas.
Aron? Drogas?
- Quem sabe ele as vendeu.
- Ele disse que não. - Vinnie suspirou. - Merda, eu estou muito cansado.
- Eu posso resolver isso, se você quiser. - A mulher falou, e então tudo ficou quieto por alguns minutos.
- Não estou com cabeça para isso, Delia. - Vinnie falou.
Delia?
- Qual é? Só uma rapidinha. - Ela falou com a voz manhosa.
E tudo ficou em silêncio outra vez, quando me dei por conta que Vinnie subia as escadas com uma mulher em seu colo, as pernas dela estavam em volta da cintura do mesmo, enquanto ela o beijava.
Subi aos tropeços na escada novamente, agradeci aos céus por eu não estar de salto, corri o mais rápido que podia por aquele corredor em direção ao quarto; mas quando uma voz grossa chamou o meu nome, eu simplesmente virei uma estátua. Minhas pernas se firmaram no chão, como se elas estivessem petrificadas, me amaldiçoei por não conseguir me mexer.
- O quê merda ela faz aqui, Vincent?! - A voz da mulher soou irritada.
Só consegui me virar para encará-los, meus olhos logo encontraram os de Vinnie, o olhar intimidador dele estava sobre mim, em mim. Mas me obriguei a não encolher diante dele, ao invés disso, ergui meu queixo e retribui o mesmo olhar que ele me deu.
Agradeça por mim está sendo legal com você, tenho certeza que Vinnie não irá ser se você continuar a bater de frente com ele.
A voz de Bryce soou em minha cabeça.
Meu olhar saiu de Vinnie e recaiu na mulher que estava ao lado dele agora.
E foi então que eu percebi quem era, a mesma mulher de cabelos platinados que me encarava na boate.
- Eu mandei você sair dá porra do quarto? - A voz de Vinnie saiu ríspida.
Ele ignorou completamente o que Delia perguntou.
- Desde quando você precisa mandar em algo para impedir que eu faça? - Minha voz saiu mais ríspida ainda.
O Senhor me ajuda.
Delia arregalou os olhos e olhou para Vinnie, como se esperasse que ele sacasse uma arma da cintura e me matasse, pelo menos era o que eu esperava; mas não foi isso que ele fez.
Às mãos tatuadas dele se fecharam em punhos, Vinnie fervilhou de ódio.
- Saia, Delia. - Ele falou sem tirar seus olhos de mim.
Merda.
- O quê?! - Ela exclamou.
- Vinnie, mais nós...
- Depois resolvemos isso, agora saia.
Delia me lançou um olhar de puro ódio, mas deu meia volta e se foi.
Continua...
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Juro que estou nervosa, sem meme. Até o próximo capítulo, bjss
