capítulo 2

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Fui para casa, me troquei rapidinho e vim para o bar, quando entrei nele fui direto pegar uma bebida.

- O quê vai querer? - Uma mulher com cabelos coloridos perguntou.

- Whisky, por favor. - Me sentei em um banquinho ao lado do balcão e me virei para trás para olhar ao redor, hoje o bar até que estava movimentado, a luz fraca iluminava um pouco o local e a música um pouco alta demais animava às pessoas; em um canto um pouco afastado, um grupo de homens estavam jogando sinuca.

- Aqui sua bebida. - Me virei para frente novamente e peguei a bebida.

- Obrigada. - Sorri fraco e dei um gole, o líquido desceu queimando em minha garganta.

- Acho melhor você maneirar no whisky, esse está forte.

Me virei para o lado para ver quem era, e um homem alto com cabelos loiros e olhos esverdeados que era o dono da voz, ele estava recostado no balcão com uma garrafa de cerveja em uma das mãos; seus cabelos estavam levemente bagunçados, às mangas de sua camisa branca estavam levantadas até os cotovelos e um pouco aberta, dava para ver seu peito. Foi então que percebi quem era, Vincent, o chefe da máfia italiana, o quê ele faz aqui? Como o chefe da máfia simplesmente sai para beber enquanto tem um país inteiro e o FBI atrás dele? Eu poderia muito bem pegar minha arma que estava presa em minha coxa e dar um tiro em seu braço; mas melhor não, não tenho reforços aqui, não vou travar uma briga com o bandido mais procurado da Itália, tem pessoas inocentes aqui. Então apenas agi naturalmente e respondi:

- Ah, isso aqui? - Levantei o copo. - Isso aqui não é nada. - Sorri fraco, sério? eu sorri para um bandido? - Já tomei bebidas piores.

- Nossa, uma mulher como você não parece que gosta de encher a cara. - Ele se sentou ao meu lado, e consegui sentir seu perfume, humm, acho que é polo blue, ou o gold? não, com certeza é o blue.

- Eu não gosto de encher a cara! - Bebi outro gole, um mais demorado dessa vez. - Só tive um dia estressante no trabalho, uma mulher tem o direito de relaxar um pouco depois de um dia estressante. - Coloquei o copo no balcão.

- Claro que tem, mais... - Ele se virou mais um pouco para mim e senti suas pernas tocaram as minhas. - O quê uma mulher tão linda como você faz aqui sozinha? - Sua voz ficou mais baixa e sexy, pera, sexy? É sério Mabel? - Não deveria estar acompanhada por alguém?

- Não estou sozinha, estou com você aqui. - Sorri de lado. MABEL?

- Entendi. - Ele olhou para baixo, subiu seu olhar novamente e sorriu, puta merda. - E a gatinha tem nome?

Merda, eu não vou falar meu verdadeiro nome para ele.

- Shelley, meu nome é Shelley. - Peguei o copo e dei o último gole, como acabou tão rápido? - Moça. - me virei para o balcão. - Me desce mais uma rodada, por favor. - Virei novamente. - E então, qual é o seu nome? Eu já falei o meu.

- Meu nome é Vincent Hacker. - Seus olhos estavam vidrados em mim.

- Humm - Mordisquei o lábio e me animei quando ele acompanhou atentamente o movimento, isso, vamos lá Vinnie, brinque comigo, assim eu posso te levar para trás das grades. - Vincent Hacker. - Pronunciei o nome devagar. - Já ouvi esse nome em algum lugar.

- É mesmo? - Ele arqueou as sobrancelhas e sorriu. - Aonde foi que ouviu? - O tom de sua voz foi provocador e cauteloso, um completo mafioso mesmo.

- Acho que nos noticiários. - Falei com o mesmo tom de voz.

Vincent jogou a cabeça para o lado e me olhou atentamente, sua expressão ficou séria, mas por incrível que pareça ficou mais sexy ainda. Eu estava achando ele bonito? É sério?

- O sobrenome Hacker é bem comum aqui na Itália, não fico surpreso por estar nos noticiários. - Todo mundo sabia o nome do chefe da máfia, mas não sabia a aparência dele, apenas o FBI, nós precisamos ser cautelosos em relação a identidade dele, se Vincent soubesse que o FBI sabia como ele é, ele com certeza iria fugir. Ninguém poderia saber que nós estávamos investigando ele. - Fiquei sabendo que Hacker é o sobrenome de um mafioso, não é? - Ele semicerrou seus olhos para mim. Malandro.

- É, fiquei sabendo também. - A moça chegou com a bebida e me entregou. - Obrigada. - Sorri para ela, mais a mulher nem me deu atenção, ela direcionou seu olhar para Vincent, e ele deu um sorriso safado para ela e depois voltou a olhar para mim; canalha. - E você Vincent, trabalha em que? - Vamos ver o quê ele vai inventar.

- Sou sócio de uma grande empresa no mercado de valores.

É o mercado das drogas, né?

- Ah, entendi. - Apoiei meu queixo em uma das mãos que estavam em cima do balcão, e mais uma vez Vincent acompanhou meu movimento com atenção.

- Vinnie, cara, você não vai jogar? É a sua vez. - Um dos homens que estavam em volta da mesa de sinuca gritou atrás de nós, Vincent olhou para eles depois voltou seu olhar para mim.

- Sabe jogar sinuca? - Perguntou com um sorriso tentador.

- Claro.

Continua...

Até o próximo capítulo, bjss

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Até o próximo capítulo, bjss

Na Cama Do Inimigo| VINNIE HACKER | Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora