14. Envenenado

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Retornamos para Hogwarts. Assim que chegamos na Comunal fomos recebidos com uma carta de Dumbledore nos informando sobre a próxima "aula", que estava marcada para a noite seguinte. Harry contava sobre Snape e Draco para Hermione quando ouvimos um grito.

- UON-UON! - Lilá aparecera de Deus sabe onde e se jogou nos braços de Ron.

Ele e Hermione continuavam sem se falar, Harry tinha esperança dos dois se resolverem após as férias de Natal mas isso evidentemente não aconteceu.

...

O dia amanheceu, e recebemos a notícia de que as aulas de aparatação estavam chegando. Enquanto liamos o panfleto alertando sobre as mesmas Lilá chegou por trás de Ron, tapando seus olhos. Hermione disfarçou, saindo de perto o mais rápido que pode e eu a segui, não tinha a mínima vontade de ver Ron e Lilá se agarrarem, de novo.

- Aparatação! - digo quando alcanço Mione - Espero que seja melhor sozinha, quando eu e Harry aparatamos com Dumbledore... - estremeci lembrando da sensação - digamos que não foi como eu esperava.

- Você já aparatou! - ela exclama em êxtase - Verdade, tinha me esquecido.

- Quando é que podemos fazer o teste real? - pergunto ao mesmo tempo que acenava para Neville, o menino segurava uma plantinha nas mãos, inclinando o torço sobre ela, possivelmente em uma tentativa de protegê-la.

- Quando completarmos dezessete anos - responde Hermione.

- Mas você já tem dezessete, não? - questiono. Lembrei que seu aniversário fora em setembro.

- Já. Em todo caso, você não. Está ansiosa?

- Para meu aniversário? Ou as aulas de aparatação.

Hermione me joga um olhar intrigado.

- Os dois.

- Meu aniversário, sim, muito. Aula de aparatação, não.

Iamos para a aula de Defesa Contra As Artes das Trevas.

- Harry e você fazem aniversário literalmente colados um no outro. Você dia 30 e ele 31. - Hermione fala, por um breve momento trocamos um olhar e sinto que sabia o que a menina pensava, a profecia.

Ron deixara escapar para Dino e Simas que eu e Harry haviamos aparatado uma vez com Dumbledore, então passei a tarde toda respondendo sextanistas curiosos.

As oito horas rumamos para a sala do diretor.

- Sua boca está suja, S/n. - Harry fala; nós estavamos na porta da sala de Dumbledore, minha mão posicionada contra a mesma esperando para bater.

- Quê? Aonde?

- Aqui... - então ele me beija. Beija, beija e beija por segundos que pareceram ter sido congelados. Sua mão entrelaçando meus cabelos e as minhas em seu peitoral.

Ouço um pigarreio e me afasto rapidamente do menino, sinto minhas bochechas queimarem como nunca antes.

- Acredito que queiram ter mais privacidade ao fazerem isso. - Dumbledore diz, embora seu rosto não aparentasse desgosto ou repreensão, tudo o que eu queria agora era sumir.

- Desculpe, professor - falou Harry, envergonhado - eu que...

- Não se desculpe, Harry. Os instintos do homem são naturais, não se sinta ressabiado por ter desejo, eu sou velho mas garanto que já senti as mesmas coisas que um jovem sente.

Eu e Harry trocamos um breve olhar.

- Agora entrem, porfavor, tenho duas lembranças para lhes mostrar hoje e uma delas, acredito ser a mais importante.

𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿𝗿𝘆 𝗽𝗼𝘁𝘁𝗲𝗿Onde as histórias ganham vida. Descobre agora