17. Júpiter e Saturno

1.6K 114 719
                                    

— Nada de mais, Harry, eu apenas...

— Sua testa está sangrando, amor – ele interpôs, preocupado. — Isso parece demais para mim.

— Você sabe que há comensais pelo castelo – suspirei. – apenas dei o azar de esbarrar em um deles.

Harry me estudou tempo suficientemente longo para que eu desviasse o olhar para Hermione e Ron, que carregavam objetos nos braços.

— Ah! Conseguiram, então?

— Destruímos uma horcrux – respondeu Ron. – Hermione destruiu.

— Não seja bobo – ela o corrigiu. — A idéia foi sua!

Minha cabeça latejava e a sentia como se fosse um balão em expansão, prestes a explodir. O mínimo ruído fazia-me querer arrancar minha própria pele.

Disfarçar isso ficava trilhões de vezes mais difícil perante o olhar de Harry.

— Está tudo bem? – ele questionou, enquanto Hermione e Ron mantinham uma espécie de discussão de orgulho, tentando convencer o outro de quem se saíra melhor. — Mesmo?

— Estou bem – respondi, e então logo tratei de mudar o rumo da conversa. — E quais são as suas novidades?

Harry não dera uma resposta imediata. Uma explosão fora ouvida neste curto tempo: olhei para a poeira que caía do teto e um grito distante fez Hermione se encolher um pouco.

Harry olhou para baixo, como se procurasse algo nos próprios pés, passou dois dedos pelos lábios enquanto fazia que sim com a cabeça repetidamente e então tornou a me olhar.

— Tudo bem. Sei como é a Diadema e sei onde está. Venham.

Odiava ter de omitir fatos, mas a idéia de estar sem a minha varinha iria deixar todos mais nervosos e esse definitivamente não era o meu objetivo.

Entre paredes que estremeciam, Harry então nos levou de volta a entrada oculta e descemos a escada para a Sala Precisa. Estava vazia, exceto por Gina e Tonks.

— Tonks? Pensei que estivesse com Teddy na casa de sua mãe – perguntei, não conseguindo evitar o pânico ao ver a mulher ali.

— Não aguentei ficar sem saber... – ela parecia aflita. — Minha mãe cuidará dele... você viu Remus?

— Acho que estava planejando levar com um grupo de combatentes para o Jardim – falei, rápido demais. — Escute, Tonks, você precisa voltar para casa e ficar com seu filho. Por favor, Remus ficará bem...

— Desculpe, S/n – ela disse, já dando as costas. — Teddy está bem, não posso...

E então saiu correndo, e o final de sua frase fora com ela.

— Gina – disse Harry. — Desculpe, mas você precisa sair também.

A ruiva pareceu simplesmente encantada em sair dali. Seus cabelos voaram enquanto ela subia as escadas atrás de Tonks.

— Calma aí um instante! – disse Ron, com energia. — Esquecemos alguém!

— Quem? – perguntou Hermione.

— Os elfo domésticos, devem estar lá embaixo na cozinha, não?

— Você quer dizer que devíamos por os elfos pra lutar? – perguntei.

— Não – ele respondeu, sério. —, devíamos dizer a eles para dar o fora. Não podemos mandá-los por nós...

Houve um estrepito quando os dentes de basílisco caíram em cascata dos braços de Hermione.

𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿𝗿𝘆 𝗽𝗼𝘁𝘁𝗲𝗿Onde as histórias ganham vida. Descobre agora