15. Gringotes

1.4K 98 389
                                    

Tudo estava pronto para a invasão. Estávamos no quartinho mínimo onde o fio de cabelo de Bellatrix se encontrava enrolado em um frasquinho sobre o console da lareira.

— E você estará usando a varinha dela – disse Harry, indicando com a cabeça a varinha de nogueira –, portanto, acho que estará bem convincente.

— A varinha de Bellatrix foi roubada, Harry – falei. – Seria estúpido de nossa parte a usar.

— Droga – ele reclamou se lembrando do fato.

A porta do quarto se abriu e Grampo entrou. Vi Harry levar instintivamente a mão ao punho da espada e a puxar para perto de si, mas, na mesma hora, vendo que se arrependera do gesto pois o duende peecebera, tentei amenizar o momento embaraçoso:

— Estivemos verificando umas coisinhas de última hora, Grampo. Avisamos a Gui e Fleur que estamos partindo amanhã e que não precisam se levantar para se despedir.

Harry pegou minha mão e a apertou uma única vez, em sinal de agradecimento. Como Hermione precisaria se transformar em Bellatrix antes de sairmos, seria de extrema importância que Gui e Fleur não a vissem. Também explicamos que não retornariamos e o ruivo mais velho nos emprestou uma barraca, visto que a velha de Perkins fora perdida.

— Ótimo, ótimo – disse o duende, caminhando até a cama onde dormia.

— Bom – suspirou Hermione. – Acho melhor todos irmos dormir, quanto mais descansados ficarmos, melhor será.

— Você tem razão, Mione – bocejou Ron. – Boa noite para vocês.

— Noite – falei. O ruivo deu um último aperto leve no braço de Hermione e sumiu pela porta, sendo seguido por ela que fez uma mesura antes de sair.

Olhei para Grampo e o duende estava totalmente capotado no sono, roncando. Harry soltou uma risadinha e eu o repreendi negando com a cabeça; este duende não me convencia de que iria realmente nos ajudar e a cada dia que passava, tal sentimento se intensificava um pouco mais.

Ele nos virou de forma desengonçada e saímos pela porta. Harry a fechou e envolveu minha barriga por trás, abraçando-me contra ele. Começamos a andar até o quarto sem nenhum tipo de equilíbrio e quando chegamos no mesmo, o menino se jogou comigo dentro, fechando e trancando a porta mais rápido que meus olhos conseguiram ver.

— Harry!

— Desculpa.

Depois de quase cairmos comecei a rir, retirando a bolsa e alguns conjuntos de toalhas secas e dobradas de cima da cama. Harry deitou na mesma e eu fui escovar os dentes. Após fazê-lo voltei até o quarto e retirei meus anéis, os colocando na mesa de cabeceira ao lado da cama e sendo inesperadamente puxada por ele, que me fez cair no colchão.

Ele me envolveu em uma conchinha e nos acobertou. Sua respiração batia em meu pescoço enquanto os arrepios corriam soltos pelo mesmo.

— Posso falar uma coisa? – perguntei, olhando para a janela a minha frente, onde a lua brilhava grande e redonda no céu.

— Não.

— Não confio nesse duende – me virei para Harry, que não ousou retirar os braços de cima de mim. – zero porcento.

𝗮𝘀 𝗮 𝗳𝗮𝗺𝗶𝗹𝘆 ! 𝗵𝗮𝗿𝗿𝘆 𝗽𝗼𝘁𝘁𝗲𝗿Where stories live. Discover now