Ela perdeu os pais muito nova, por motivos que nunca a foram revelados. Ele passou pelo mesmo, porém, a causa da perda ficara marcada em sua testa para sempre. Seus Destinos se cruzam na escola de magia e bruxaria Hogwarts, onde descobrem quem realm...
⚠️: Este capítulo contém cenas que podem ser desconfortáveis para algumas pessoas.
música ao lado :))
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- Você lançou o Abaffiato sobre nós, certo? - sussurrou Harry.
- Lancei tudo - sussurrei em resposta -, o Abaffiato, o Antitrouxas e o da Desilusão, todos. Sejam quem for, não devem poder nos ver nem ouvir.
Passos atritando no solo, somados ao ruído de gravetos e pedras deslocados, indicavam que várias pessoas desciam a encosta íngreme e arborizada em direção ao estreito barranco do rio, onde nós havíamos montado a barraca.
Nosso medo entretanto foi desnecessário. Eram apenas Ted Tonks na companhia de dois duendes e Dino Thomas. Fiquei feliz em ouvir a voz de algum conhecido depois de tanto tempo. Acabamos por saber que Gina, Neville e Luna tentaram roubar a Espada de Gryffindor, a qual Snape, vendo que não estava segura em Hogwarts mandou para Gringotes. Os duendes debochavam de sua burrice afinal a espada era falsa. A original estava desaparecida.
Também falaram sobre mim e Harry, diziam que não pudiam acreditar em nós, já que segundo eles, haviamos fugido para nos livrarmos. "Quem dera tivéssemos feito isso" pensei com meus próprios botões.
Estávamos sedentos por mais informações mas decidimos esperar um pouco até clarearmos nossas ideias. Fiquei receosa sobre o castigo que Snape devia ter dado a Gina, Neville e Luna mas o desaparecimento da espada também me preocupava.
───※ ·❆· ※───
Ron estava deitado em sua cama, ouvindo o rádio novamente. Ele ouvia aquilo todas as noites desde que viemos para a Floresta.
- Amor, senta aqui - pedi, indicando a cadeira a minha frente. Os cabelos de Harry cresciam, como sempre, muito rápido e ultimamente percebi que os mesmos estavam enormes, principalmente na região próxima a nuca.
O moreno veio em minha direção, e para minha surpresa não se sentou na cadeira, mas sim entre minhas pernas, no próprio sofá que eu ocupava. Me afastei um pouco para trás para ter uma visão mais ampla.
- O que vai fazer? - perguntou.
- Cortar seu cabelo.
Pensei que ele iria se recusar, ou dizer algo como: "você tem certeza de que sabe fazer isso, s/n?", mas ele apenas concordou, sua visão se fixara em um ponto a nossa frente e comecei a aparar seus fios tortos. Enquanto a tesoura corria por seus cabelos negros, minha mente voou para longe, voltando-se para a conversa que ouvimos mais cedo. Algo ali me escapara no momento mas agora voltava, sinalizando que estávamos deixando passar uma informação importante.
- Não acredito! - exclamei, parando de cortar o cabelo de Harry.
- O quê? - questionou ele e eu me levantei. Porém, antes de ir até a cozinha vejo Harry se alarmar, passando a mão pelo cabelo.
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