Feiticeiros G

8.Pedra cristal e arsenal de armas

No outro dia, Carlos é acordado pelo som dos pássaros que estavam próximos a janela de seu dormitório. Carlos vai até a janela e vê que as horas naquele "mundo", realmente estavam em um fuso horário diferente do "mundo" de onde veio. Ele vê também que está ao lado de uma das grandes torres do castelo Gaustal. Haviam quatro grandes torres cuboides, estas que ficavam uma em cada canto externo do castelo. Todos os cem dormitórios ficavam entre uma torre e outra, formando os quatro lados que eram ligados pelos quartos e um corredor, onde haviam vinte e cinco dormitórios em cada lado. Carlos observa o horizonte imenso a sua frente. Várias árvores formavam uma grande floresta a mais ou menos três quilômetros de Gaustal.

O sino toca suas quatro badaladas, isso significava que eles deviam acordar e iniciar o dia.

—Boom Diiaa, Carlos! —diz Theo bocejando. —Estou muito empolgado! —boceja novamente.

—Também estou, Theo. Acho melhor nos apressarmos então.

Os outros do quarto também acordam, e se arrumam para começarem o primeiro dia de aula. Uma das curiosidades é que no quarto havia uma parede "falsa" que ao atravessá-la, magicamente se transformava em um banheiro com quatro chuveiros separados por grandes placas de metal. La também tinham três cabines com privadas para as demais necessidades.

Carlos já estava pronto para sair do quarto, abre a porta e ver que tem um grande corredor que liga as quatro torres e no meio de cada um dos quatros lados tinham uma escada circular, que levava ao andar debaixo, onde localizavam-se os demais cômodos do castelo Gaustal. Os alunos já estavam agitados e conversando por todos os lados do castelo.

—Você está aí, Carlos. Então, vamos para baixo? —Theo empurra Carlos que estava atrapalhando a passagem.

Marcus, Theo, John e Carlos vão em direção as escadas, mas têm a visão atraída por uma garota de uniforme branco, mas sem as mangas da jaqueta, que andava demonstrando poder a cada passo. Parecia uma menina problemática, com o cabelo liso em "rabo de cavalo", com duas mechas soltas enroladas por dedos na parte da frente de seu rosto, uma em cada lado, olhos castanho-claros e com tatuagens dos naipes de baralho pelo corpo; do naipe de paus uma tatuagem pequena embaixo do olho direto; de copas ficava localizada no ombro direito; de ouros estava localizada em sua coxa esquerda; de espadas estava no meio dos seios. A garota usava uma meia-calça arrastão preta e com um short do mesmo material que a calça, era couro puro. Ela vinha na direção deles, acompanhada por dois garotos com o mesmo uniforme —exceto a meia-calça— e um deles usava boina branca com listras pretas de formatos semelhantes a calça da garota, ele também tem o rosto fino, com a pele mais escura e cabelo crespo no corte undercut. Já o outro tinha um sobretudo cardigã que ia até seu joelho e com capuz, um olhar penetrante e o corte de cabelo asa delta.

A garota para em frente a Carlos. Põe as mãos na cintura e então fala:

—O que estão olhando? Perderam algo?

—Vamos logo, odeio perder tempo. —Disse o garoto usando capuz.

—Não se mete, Caio. Preciso manter a fama, senão pessoas como você tomam de mim.

—Como se isso me importasse, Thais.

Carlos continua andando em direção a escada e é acompanhado por Marcus e os outros.

—Epa, epa! Não saiam sem me responder. —Disse Thais puxando o braço de Carlos.

—Não estávamos com intenção alguma, moça. —Carlos puxa o braço de volta e continua. —Me desculpe se pareceu constrangedor.

A garota estava furiosa, mas decide ouvir Caio.

—Então resolvemos isso depois, bebezinho. —Thais rir e sai andando com os garotos que a seguiam.