9.Contos de uma história

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Após a ida para o campo, a turma B foi para uma outra sala de aula. A sala de poções e venenos, do professor Matias, o professor estava usando um manto roxo e com uma tiara de flores em sua cabeça. Ele disse que sempre usava aquele tipo de roupa no primeiro dia de aula para dar sorte ao resto do ano.

—Vamos sentando e pondo suas tiaras de flores —o professor aponta para sua mesa mostrando um monte de coroas de flores —vocês ficarão lindos e com muita sorte!

—Pelo amor do rei, o que diabos esse professor tem na cabeça? —Sussurra Theo no ouvido de Kate.

—Devem ser os cogumelos... ou os mirtilos. —Kate sussurra de volta.

Carlos se mostra incomodado, estava ficando agitado.

—O que está acontecendo, Carlos?

—Kate, pelo amor de Deus, por que ainda não temos nossos mascotes?

—Ah, sobre isso... nossos mascotes só serão herdados no segundo ano, —Kate sorri nervosa —então nem precisa ficar angustiado, só devemos águardar.

Todos os alunos já estavam usando as coroas de flores, estavam fofos e comportados, era uma diversão para o prof.º Matias.

A aula termina quando o professor falava sobre a importância de saberem identificar os diferentes venenos pelo cheiro, aparência e a textura do liquido, vapor ou pó.

Estava próximo do meio dia, os alunos já estavam praticamente esgotados daquele dia, fome e ansiedade, então seguiram para uma última sala antes do almoço e intervalo. A sala de M.F.H. da prof.ª Siena Bombox, onde os alunos vão cada um para seus lugares. Haviam cinco fileiras de cinco carteiras e no canto direto de suas carteiras estavam marcados seus nomes. Carlos senta atrás de Kate que está na primeira carteira da primeira fileira. Theo senta atrás de Carlos, e logo atrás Thais. Na segunda fileira senta John na primeira carteira, logo atrás senta Marcus e na última carteira da fileira senta Caio e em seu lado na terceira fileira de carteiras, senta Henzo.

—Alunos primeiranistas, turma B, bem-vindos a sala de M.F.H. e aqui eu ensinarei tudo sobre essas três formas de conjurar e produzir encantamentos canalizando magia do mundo fantasia. —Siena olha para os alunos e continua —Vamos começar falando sobre a diferença entre as três. Alguém aqui sabe?

Uma aluna que estava na primeira carteira da terceira fileira levanta a mão e reponde.

—Sim professora, Magia é o nome dado a forma bruta da magia que emana dos elementos naturais do nosso planeta. Feitiços são resquícios da magia, sendo também caracterizado de migalhas da magia e Habilidades magicas são os mesmos resquícios porem usados de forma diferente. Os usuários de habilidades magicas utilizam movimentos do corpo como: dança, movimentos mais específicos e únicos com as mãos e pés para ativá-las.

—Uau, não esperava que alguém do primeiro ano fosse tão objetivo e ágil para dar essa resposta. Obrigado, aluna. —A professora anda até o fim da sala. —Segundo a história, disciplina que não me desrespeito, há centenas de anos houve uma guerra no nosso mundo, reinos contra reinos, seres, contra seres. Antes desta guerra ocorrer, somente os humanos de sangue nobre, fadas e outros seres fantásticos podiam usar dessa força chamada de Magia e os outros humanos eram chamados de "normais", tinham esse nome por que eram descriminados e humilhados por não conseguirem usar dessa energia natural. Mas um tempo depois, um dos nobre se enfureceu por isso acontecer, os seres humanos deveriam se juntar e não se odiarem. Então, foi aí que o nobre saiu do castelo de seu pai para um vilarejo, onde foi recebido com muito carinho pelos moradores dali. A história estava prestes a mudar, a espécie humana estava prestes a evoluir. O nobre fundou uma escola para as crianças de todos os vilarejos onde os ensinou a utilizarem dessa energia, mas eles não conseguiam imitá-lo. Um dos garotos dizia que pessoas do tipo deles nunca conseguiriam ser iguais aos nobres, mas o nobre o disse que isso era uma grande mentira, eles só deveriam achar uma maneira de usar aquela energia. Criando um aparato magico que foi habitado por um dos amigos do nobre, foi conhecido mais à frente como Espelho Real, onde eles dois poderiam encontrar uma maneira de utilizar aquela magia de outra forma. Dali em diante o nobre se dedicou a desvendar aquele mistério. O nobre descobriu que toda aquela energia tinha um tipo de ressonância quando usada de formas diferentes, sendo que quando utilizada mais suavemente via seus músculos contraindo radicalmente; usada de maneira voraz seu corpo formigava, mas era distribuída igualmente em todas as maneiras. —Siena anda de volta para sua mesa na frente da turma. —O espelho mostrou para o nobre a localização de uma pedra que transformava partículas dela mesma em ouro e se restaurando após disso sempre, ele foi atrás dela obviamente, escreveu uma configuração em runa para que sempre que pusessem a mão na pedra, fossem feitos braceletes capazes de canalizar daquela mesma energia que ele sempre usou. —Os alunos na sala estavam todos ansiosos pela história, estavam sendo inspirados. —Então, anos depois o nobre chamou novamente os jovens daquela outra vez, mas agora eles já estavam com quatorze anos, seguiram para a pedra que agora era chamada de "Pedra Cristal". Recebeu este nome por que brilhava ao ser tocada, refletindo por toda o local daquela pequena cabana. O nobre ficou encantado pelo resultado, sorrindo e cantarolando. Havia dado certo, mas os mesmos alunos tiveram que adaptar seus corpos para aquela energia. Alguns só conseguiam usar a energia suave, outros a mais voraz, mas todos podiam fazer coisas incríveis! Aquele nobre estava ainda mais empolgado, então deu o nome de Habilidade mágica para a energia suave e Feitiço para a mais voraz.

Depois de uma tremenda batalha entre os reinos do mundo fantasia, aquela guerra horrorosa, —Siena se estremece e senta — os nobres e os demais humanos se uniram, uniram-se também com os outros seres místicos como fadas, sereias e vampiros, mas este último não costumava ser bem visto pela sociedade ainda. Dali em diante todos podiam ter relacionamentos com os das outras espécies e formaram um novo mundo, um mundo de paz, onde seus filhos e demais descendentes pudessem também usufruir daquela energia poderosa. E hoje, centenas de anos depois, estão vocês. Bom, continuemos com a aula. —A prof.ª segue mostrando no quadro as formas de exibir aquela energia mencionada na sua história.

Os alunos permanecem em silencio após aquela história e a professora prossegue sua aula, ensinando-os a utilizar de forma adequada a energia que habita em seus DNA.

A aula termina e os alunos seguem para outra sala, mas Carlos fica para trás.

—Professora Siena, pode me dar um pouco de seu tempo?

—Você é o Carlos, certo? Claro que posso. O que você deseja?

—Bom... é.... não sei como dizer. —Carlos senta na carteira de Kate.

—Se tem alguma dúvida sobre quem é o nobre da história, saiba que a resposta é óbvia! —A professora sorri.

—Não é isso. —Carlos soava ainda mais —É que eu não sei como utilizar a energia dos elementos.

—Isso é novo, costumamos apresentar aptidão ao completarmos um ano de idade. —Ela se aproxima de Carlos. —Mas se não sabe como utilizar, é fácil. Concentre-se em sentir a energia. —Enquanto a professora fala, Carlos repete fazendo o que foi mandado. —Se seu corpo formigar, você é um usuário de feitiços, se seu corpo reagir de maneira densa você é um usuário de Habilidades magicas, mas se você conseguir usar essa energia sem sentir nenhuma dessas sensações você é um usuário de Magia. Agora tente.

Carlos concentra em sua palma da mão, bastante atento o garoto arrepia seus pelos do corpo, seguido por um formigamento nos braços, uma pequena bola de neve surge em sua mão, ele sorri concentrando mais.

—O que você sente? —diz a professora analisando o gelo nas mãos de Carlos.

—Um formigamento, então sou um usuário de feitiços! —Exclama Carlos muito feliz.

—Sim! Agora diga "Feitiço de gelo: rosa fria! "

—Certo. Feitiço de gelo: rosa fria! —Na pequena bola de neve se cria uma aparência agressiva, cada detalhe parecia com cristal lapidado. Carlos sorri sem parar.

—Muito bem garoto. —Aplaude Siena. —Lembre desta sensação sempre!

Após aquele momento, Carlos se despede da professora e vai correndo atrás dos seus amigos.

Depois daquele dia, Carlos estava sempre treinando escondido, aumentando sua capacidade de não sentir aquela dormência em seu braço. Isso não foi um problema e em pouco tempo ele já estava dominando seu poder.

Feiticeiros GWhere stories live. Discover now