Feiticeiros G

11.Treino e aprendizagem

Carlos treinava em frente ao espelho da sala de treinamento físico, junto de Theo e Kate. Estavam treinando novos feitiços e movimentos ensinados pela professora Siena, para o torneio que decidirá os novos membros do maior grupo de feiticeiros.

—Que merda! Estou sempre um passo atrás de Kate, droga!

—Calma aí, Theo! Estamos sempre melhorando aos poucos, até mesmo a Kate. —Carlos invoca sua espada —Estou treinando duro para controlar essa espada, está muito difícil suportar a ideia de que sou um usuário de feitiços de gelo e ser dono de uma espada grande como esta, onde nem posso segurar no alto por muito tempo. E se eu precisar usá-la em combate? Passarei vergonha e ainda serei morto friamente, igual meu poder —brincou Carlos.

—Vocês reclamam demais! —Kate derruba Theo com um movimento de judô. —Que tal se treinassem mais e falassem menos?

—Isso...dói! —Geme Theo com o ombro doendo pelo golpe de Kate.

—Me deixem mostrar uma coisa a vocês. —Kate dá dois passos à frente dos garotos. —Feitiços de rosas: jardim de pétalas.

A sala de treino se transforma num lindo jardim de pétalas.

—Nossa! Isso é muito lindo!

—Você sente que podem matar você, Carlos? —Sorri Kate.

—O que? Desativa isso Kate, não posso morrer antes de participar desse torneio! —Gritou Carlos desviando das pétalas que iam em direção ao seu rosto.

—Essa coisa pode me matar? Está me zoando, deveria ter me dito antes! —Theo levanta e corre para trás.

—A ideia é matar sem que os adversários sintam dor, mas é difícil usar um feitiço tão poderoso assim sem que meu corpo inteiro fique dormente.

—Oras, Kate. Se é difícil para você, imagina para mim que nem consigo usar mais de um feitiço. —diz Carlos ainda desviando.

—Desativa isso, Kate! Pelo amor do rei!

—Ai, Theo. Você é um frouxo! —Kate sorri levemente, se concentra e as pétalas somem. Ela havia desativado o feitiço.

—Theo, por um momento me passou na cabeça que estou a um bom tempo próximo a você, mas nunca o vi usando magia.

—Ooh, querido Carlos! Então me deixe mostrar como ser burro não é sinônimo de força, como John já havia deixado claro! —Theo põe o braço com bracelete para frente e diz —Magia de planta: vinhas correntes. —Do braço de Theo, saem vinhas que se estendiam ao longo do corpo de Carlos, derrubando o garoto.

—Ok! Já entendi, você é forte pra caramba! Me solta!

Theo, Kate e Carlos sorriem continuando os treinos de força física e mágica. Estavam firmes de que iriam fazer um bom trabalho no torneio.

Próximo ao grande pátio do colégio Gaustal, estavam Marcus e John. Eles conversavam sobre o grande evento que estava prestes a ocorrer, mas o colégio inteiro estava ansioso por aquele dia.

—Eu já disse que vou fazer tudo para ser o melhor nesse torneio, melhor até que você, John.

—Não me importo, até por que sei que em questão de força bruta eu perco para qualquer um idiota brutamontes igual você.

Marcus senta no chão se encostando na parede.

—Ei, John. —John olha para Marcus e senta próximo a ele.

—Fala, Marcus.

—Estava pensando. E se nos dois nos ajudássemos? Você sabe que não sou muito bom em combate usando o cérebro, sabe também que você não ganharia de muitos em combate corpo a corpo.

John olha atentamente para o chão.

—Eu topo, mas faremos do meu jeito. —Marcus agora estava olhando para o mesmo ponto que John.

—Só espero que um merdinha como você saiba o que está fazendo.

—Tem outra coisa. Theo, Carlos e Kate estão treinando arduamente na sala de treino, na outra sala estão: Thais, Caio, Henzo e um outro cara que não conheço, mas parece ser do segundo ano. No campo tem muita gente treinando também.

—Eu já conheci esse outro cara que tá andando com a maluca. O nome dele é Jack, parece que não foi com minha cara.

—E quem diabos iria com sua cara? —John fala com soar de alegria.

—Acho que ninguém, mas isso é bom. Isso me deixa empolgado para encher tua cara de porrada. —Marcus sorri.

Para os alunos de Gaustal, aquela era a maior honra de todas. Lutar e ser julgado diretamente pelo maior Grande Mago de todos não tinha preço.