24. Enfermaria lotada

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Após o curandeiro Edward, testar a receita do remédio encontrada por John, ele viu que funcionaria sem erros e que podia ser a melhor chance para curar e acordar os pacientes atingidos pela névoa venenosa.

Edward estava confiante quando pegou um recipiente semelhante a um tubo de ensaio, e pôs dentro de um outro frasco com conta-gotas. Usando o conta-gotas, Edward pingava o remédio na parte superior da cabeça de seus pacientes, um a um, e em alguns minutos, os pacientes, os alunos, exceto Kate, acordavam aos poucos e sentavam-se em suas macas, da mesma forma de Carlos.

—Curandeiro?! —Thais estava confusa.

Todos estavam confusos e sem noção do que havia ocorrido e do por que estavam ali.

—Bem-vindos de volta, pessoal. —Edward dizia enquanto reverenciava com a cabeça a princesa Thais.

—Como assim de volta? Onde eu estive?

—É mesmo, —Marcus se levanta da maca, desequilibra e se apoia na cabeceira da maca —Uma névoa me cobriu quando derrotei a princesinha aí.

—Não é assim que me lembro. —Thais, interrompe Marcus. —E mais! Quem foi a causa de me adormecer por dias?

—Como sabe que foram dias? —Perguntou Henzo levantando-se.

—A pergunta certa é: como vocês não perceberam?

Por ter nascido e se criado no reino da trapaça e dos jogos, Thais era expert em analisar situações.

—Olhem a agenda dele —Thais aponta para o caderno de anotações na mesa —e me digam se não é um grande salto no tempo.

Haviam se passado sete dias após o ocorrido na arena.

—Sim, majestade, se passou uma semana após o ataque de Caio. —o curandeiro, mesmo de onde estava, podia ver e analisar os corpos de seus pacientes, isso graças a sua magia.

—Disse: Caio?

Edward olha para a garota e ela continua.

—Como ele foi capaz de me desacordar com um ataque?

—Segundo o diretor, não posso dar essas informações, vossa majestade.

Thais olhava com "cara de mal" para o curandeiro.

—Fale logo, senão irei te caçar para o resto da vida!

—Cala a boca, sua irritante. Minha cabeça tá pra explodir. —Marcus olhava para baixo enquanto falava.

A garota massageava as veias de seu rosto, ela estava com dores de cabeça também.

Edward pede para que tenham paciência, depois, ele pega o conta-gotas que continha a poção que cura dor de cabeças, e goteja na testa de seus pacientes.

—Isso é bom, doutor.

—Obrigado, Henzo.

Caio levanta, encarando Thais, pega suas roupas e sai correndo da sala.

—Volte aqui, medroso! —Thais fazia o mesmo que seu amigo.

Henzo, olha para Marcus e faz um comentário:

—Você ficou ótimo de vestido. —ele sorria.

—Vou te matar, maldito.

O curandeiro vai até Jack, lhe da sua roupa e pede para que vá atrás de Thais. Ele pede o mesmo para Henzo.

—Enquanto a você, Marcus, —Edward entrega a ele suas roupas também —ajude seu amigo aí do lado. —ele faz um gesto com a cabeça apontando para Theo.

—Ele pode ficar aqui e morrer, não me importo.

—Por favor, senhor Marcus.

Marcus respira fundo, vai até Theo, topando em Edward.

—Vamos, idiota, não me faça perder tempo! —Marcus, apoia Theo em seu ombro.

—Cuidado, cara, estou enjoado. —Theo avisa seu amigo.

Após Marcus e Theo se vestirem, eles saem da sala e encontram John e Carlos sentados no chão próximo a porta da enfermaria.

—O que vocês estão fazendo aqui? —Theo perguntava enquanto sorria com os olhos.

Carlos e John levantam e rapidamente abraçam seus amigos.

—Se isso demorar mais um pouco, juro que esfolo os três. —Marcus dizia o de sempre, mas era possível perceber a felicidade de ele ter grandes amigos que estariam sempre dispostos a esperar por sua recuperação.

O abraço acaba, Carlos se dá conta de que Kate ainda estava na sala.

—Cadê ela?

Os meninos que estavam sorrindo, agora estavam em um tenso silêncio.

Carlos entra na enfermaria, e da porta, ele vê Kate, sentada e se apoiando no braço de Edward.

—Kate?! —Carlos chamava a garota, corria para abraça-la, mas o curandeiro o para com seu outro braço.

—Não a toque, Carlos. Ela ainda está com vários ferimentos em seu corpo.

Os outros garotos entram na sala e avistam o olhar frio de Edward.

—Vamos, Kate, preciso que entre na bolha.

A bolha, como o curandeiro chamava, é uma capsula transparente e de material desconhecido, mas que todos acreditavam que fosse uma das frutas dos deuses, redonda e que ativa ao máximo o aceleramento de cura dos corpos vivos.

Obedecendo os comandos de Edward, Kate entra na bolha e em instantes, suas bandagens caiam no chão, por baixo de sua camisola.

—Você queria que ela não estivesse usando aquilo, né Carlos? —Comentou Marcus.

—Sim. —Carlos percebe o que disse e tremulo reformula sua resposta —D-digo, n-não, Marcus! Claro que não!

—Sei, sei.

Os garotos, incluindo o curandeiro, riam daquela situação que Carlos estava, deixando o garoto desconcertado.

A bolha estoura, derramando um líquido azul que continha dentro, e Kate cai nos braços de Carlos, ainda fraca.

—Você está bem, Kate?

A garota olha para Carlos e o responde que sim.

Depois da cura de Kate, ela vestia suas roupas, enquanto os garotos estavam de costas o tempo inteiro.

—Pronto, podem virar.

Os garotos olham para trás e são surpreendidos com a beleza de Kate. Carlos, estava ainda mais apaixonado.

—Agora, tratem de sair, vou fechar a enfermaria por hoje, preciso procurar alguns ingredientes na floresta Infinita.

Edward empurra todos para fora, cela a porta da enfermaria e vai até a sala de Gaustal, no topo da torre.

Kate, Theo, Carlos, Marcus e John, partem para o refeitório, pois já era hora do almoço.

—É muito bom ter vocês de volta. —diz John, com os braços ao redor da cintura de Kate e Theo.

Eles partem alinhados para o refeitório na seguinte sequência: Marcus, Theo, John, Kate e Carlos.

Feiticeiros GWhere stories live. Discover now